Usando Linux - Vida nova para um velho Itautec Infoway

Este artigo descreve métodos para usar GNU/Linux para ressuscitar e dar vida nova a um velho Notebook Philco-Itautec Infoway de 32 Bits. Tudo isso, sem remover o Windows original dele.

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Por: Alberto Federman Neto. em 09/08/2016 | Blog: https://ciencialivre.blog/


Outros métodos



Usando um Pendrive de Boot, Persistente

Eu já havia feito pendrives de boot persistentes por esse método. Se não souber como faz, basicamente, "finja" que seu pendrive é um pequeno disco rígido, e faça as partições nele e não no HDD.

Então, instale o Linux nas partições que fez, por meio de um live-CD/DVD ou DVD de instalação.

Para detalhes desse método, veja meus artigos. Eu havia feito com Sabayon:
Primeiro, tentei com o próprio openSUSE Tumbleweed (o mesmo DVD de instalação da Página 3), mas ele é muito grande para o pendrive de 16 Giga e aborta a instalação, porque não há espaço para os arquivos temporários.

Além de usar Sabayon e openSUSE, eu também gosto de outras RPM (como Mageia). Eu gostava e usei muito Mandriva, por isso resolvi testar primeiro com o OpenMandriva, só que agora, instalada em um pendrive de boot persistente.

Vamos fazer com o OpenMandriva. Baixei o OpenMandriva menos antigo, o 2014, de 32 Bits, do espelho brasileiro:
Sim, é KDE! Um pouco pesado, mas eu queria testar. Usando o próprio openSUSE (sessão aberta em Xfce) do Notebook (Página 4), queimei a ISO do OpenMandriva como imagem, em velocidade 4x e usando o XFBurn.

Dei boot com o DVD e escolhi para o instalador as opções de "Gráfico Simples", pois com interface gráfica completa era muito lento (lembre, apenas 1 Giga de RAM).

Rodei o instalador do OpenMandriva. Gostei, porém não consegui gravar o Bootloader. Ele não gravava na partição de boot, e se gravava o Grub no pendrive, na Raiz, o pendrive resultante não era bootável.

Resumo, não consegui colocar o OpenMandriva de forma bootável e persistente no pendrive. Por isso, passei ao Sabayon de 32 Bits, o último que existiu, de 2014.

Eu havia guardado as ISOs (MATE, Xfce, GNOME e KDE) dos últimos Sabayon de 32 Bits, na minha área do DropBox, porque eu sabia que os Sabayon Linux de 32 Bits iam acabar:
Baixei a versão MATE:
Obs.: se alguém quiser Sabayons 14.08 de 32 Bits e não conseguirem baixar (porque gera muito tráfego e de tempos em tempos, o DropBox corta os downloads públicos deles), me mande email em albfneto@fcfrp.usp.br, que eu queimo e envio o live-disco para você, ou coloco a ISO em algum lugar onde você possa baixar.

Queimei a ISO em um DVD, usando o XFBurn do openSUSE. Dei boot com ele. Instalei no pendrive, persistente (veja acima). Desejando ver uma revisão completa e excelente dessa versão 14.08 de Sabayon, inclusive ilustrando todo o processo de instalação e pós-instalação, graficamente, veja este artigo:
Rodei o instalador, escolhi o particionamento personalizado: uma partição "/boot" de 150 Mega, uma Swap de 2 Giga e os restante (cerca de 14 Giga) para uma Raiz, uma / (lembre, fazer as partições no pendrive e não no HD). Mas fiz sem LVM, sem btrfs e sem partição "/home" separada (porque o pendrive só tem 16 Giga).

Quando a instalação acabou, quando ele ia "verificar os espelhos", desconectei o cabo da Rede, visto que os Sabayons de 32 Bits não existem mais, portanto não atualizam. Não ser deve deixar acessar os repositórios.

Pode-se instalar pacotes nesses Sabayons muito antigos mas com o Portage (como no Gentoo), mas deve-se tomar cuidado com as dependências.

Dando Boot com meu live-Pendrive persistente, de Sabayon, eis ele aqui! É o "Último dos Moicanos", ou seja é o último Sabayon Linux de 32 Bits que existiu: Versão 14.08, de 2014, ambiente gráfico MATE.

Está aqui ele. Tela do Sabayon Linux, sessão aberta em MATE. O Papel de Parede foi trocado para o "Sabayon-Squares", da pasta "/usr/share/backgrounds". Aumentei um pouco o tamanho dos paineis (porque gosto) e troquei o tema do MATE. Esse Tema Roxo é o MATE "Squid", baseado no antigo Tema "Crux" do GNOME2.
Obs.: pequenos problemas com as senhas de Usuário e Root, su e sudo, que foram resolvidas e a solução, publicada como uma dica, no Blog do nosso amigo aqui do VOL, Edps:
Com Sabayon, ainda há outro método para fazer um pendrive de boot persistente, veja no Wiki do Sabayon, o Método não é meu, é do time Sabayon:

Métodos usando live-Discos

Claro, ao instalar o openSUSE no disco rígido do Notebook (Página 4), testar com o OpenMandriva, instalar o Sabayon no pendrive persistente (esta página, acima), isso mostrou que, obviamente, os live-CDs/DVDs dão Boot.

Isso gera mais um jeito de usar Linux nesse pendrive. É rodando Linux usando os próprios live-Discos.

Descobri que vários live-CDs/DVDs dão boot no Notebook Itautec Infoway de 32 Bits.

Por exemplo, o OpenMandriva, os openSUSE 13.1, 13.2 e Tumbleweed, e o próprio Sabayon 14.08 32 Bits, MATE, citado acima. Também consegui dar Boot com vários Sabayons que eu tinha: versões 9, 10 e 11, bem como nos live-DVDs do Gentoo 32 Bits.

Na Figura, o Boot do Live DVD do Sabayon 14.08, MATE. O papel de parede foi trocado para o bonito "Sabayon Linux Dark Forest' do diretório "/user/share/backgrounds".
Este é o live-DVD que foi usado como disco de instalação para colocar o Sabayon no pendrive persistente (acima).

Métodos que não testei

Não usei os live-Pendrives de instalação, tipo os feitos com Unetbootin e outros processos. Porque prefiro os pendrives persistentes. Mas em teoria, também daria, pois são pendrives bootáveis.

Também não testei as máquinas virtuais. Isso porque 1 Giga de RAM no Notebook, seria difícil trabalhar com máquinas virtuais, tendo tão pouca RAM acessível.

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Páginas do artigo
   1. Introdução
   2. Método principal: openSUSE no disco rígido / Testes Iniciais - Versão 13.2
   3. Método principal: openSUSE Tumbleweed no disco rígido
   4. Pós-instalação do openSUSE
   5. Outros métodos
   6. Testes / Conclusão
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Comentários
[1] Comentário enviado por wadilson em 09/08/2016 - 06:46h

Parabéns
Que aventura, grande tour de force.

[2] Comentário enviado por removido em 10/08/2016 - 16:46h

Alberto, poder instalar o bootloader de qualquer sistema Linux na raiz, não é novidade meu caro. :)

Quando usava o Ubuntu eu só queria ele para gerenciar o Grub, fazia isso sempre, é muito mais fácil. Iniciava o Ubuntu e atualizava o Grub, inserindo na inicialização o bootloader de qualquer Linux que eu instalava numa partição separada. E somente com um "update-grub".

Fiz isso com todas as distros que já experimentei, e não são poucas! :)
Fico feliz pelo sucesso do experimento. Parabéns!

Como sempre, ótimos artigos e recheados de referências.

[3] Comentário enviado por clodoaldops em 12/08/2016 - 09:42h

Tinha um netBook Acer 32bits que travava com w7 e foi ressuscitado com xubuntu-32bits. Pena que meu brinquedinho queimou e ficava inviável recuperar.

[4] Comentário enviado por removido em 24/08/2016 - 12:47h

OpenSuse não é muito recomendável para computadores antigos ou modestos.
Quanto de RAM está consumindo?

[5] Comentário enviado por mcnd2 em 26/08/2016 - 18:59h

Muito bom o Artigo.

Esses procedimentos lembra o meu velhinho desktop que no momento roda Debian que já faz uns 5 a 6 anos desde a instalação mais o Xubuntu desde a versão 14.04 (lançamento) e FreeBSD 10.3. Até uns 2 meses atrás tinha ainda o Windos Server 2008, logo como o sistema era inviável o uso por ficar muito lento, exterminei com ele.

Parabéns pelo Artigo.
__________________
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Linux User #606334

[i]User of systems:
Debian (Xfce)
Xubuntu
Fedora (Gnome)
Mageia (KDE)
FreeBSD (Xfce).[/i]

[b]Open your mind![/b]


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