Eu já ensinei como virtualizar o GNU/Linux e usá-lo no Windows. Agora, tendo em conta a facilidade do procedimento e o baixo preço de um pendrive, sugiro um GNU/Linux de bolso, capaz de "guardar" alterações ("persistência") e que pode ser usado como uma solução computacional completa. E para essa tarefa escolhi a última versão do Ubuntu, com o novo ambiente Unity.
Após o primeiro boot do seu recém criado GNU/Linux de bolso, você verá o Desktop Unity ou a já conhecida interface do Gnome 2 (por conta da falta de suporte a openGL). Então, caso estejam disponíveis drivers proprietários para wireless ou vídeo (e aqui pode estar a solução para ter o Unity), instale-os mesmo sem conexão (funciona se os arquivos estiverem na mídia de instalação) ou plugando seu notebook a um cabo de rede e fazendo as configurações que se fizerem necessárias. Após instalados os drivers, reinicie.
Agora vamos cuidar do teclado e do idioma padrão do sistema, o que é feito de acordo com as imagens abaixo. Basicamente, acessamos o menu do canto superior esquerdo para encontrar os programas de configuração e usá-los para adicionar uma nova disposição de teclado e um novo idioma, sendo aqui necessário segurar e arrastar para o topo da lista o nosso. Vejamos:
Encontrando e selecionando o aplicativo de configuração.
Utilizando o aplicativo de configuração.
Encontrando e selecionando o aplicativo de configuração.
Segurando e arrastando o nosso idioma para o topo da lista (não esquecer de depois clicar em "Apply System-Wide").
Configurando os "Formatos Regionais" (não esquecer de depois clicar em "Apply System-Wide").
Após configurar teclado e idioma, reinicie mais uma vez.
Repositórios adicionais precisam ser habilitados, bastando para isso abrir o Gerenciador de Pacotes Synaptic e pelo respectivo menu fazer o trabalho, tudo de acordo com as seguintes imagens:
Encontrando e abrindo o Synaptic.
Usando o respectivo menu.
Marcando os repositórios (deixe igual à figura).
Finalmente, programas necessários e codecs podem e devem ser também instalados, o que pode ser feito quase de uma só vez com a instalação do pacote "ubuntu-restricted-extras". Portanto, abra um Terminal (use o mesmo método pelo qual você encontrou os aplicativos para configurar idioma e teclado) e emita o comando:
sudo apt-get install ubuntu-restricted-extras
Caso você, como eu, tenha optado por instalar no seu Pendrive um Ubuntu de 64 bits, evite o pacote acima e procure por dicas de como instalar o Flashplayer 64 bits, baixando-o diretamente ou por meio de repositórios de terceiros. E quanto aos demais codecs, você pode simplesmente mandar reproduzir seus arquivos de mídia e deixar que o próprio sistema se encarregue de instalar o que for necessário (a opção de buscar e instalar será oferecida).
Conclusão
Você agora tem um sistema operacional completo e de bolso, que pode ser usado em qualquer computador capaz de inicializar um dispositivo USB.
Seu "Live USB Persistente" pode ser usado para navegar na internet sem medo de infecções por malware, para recuperar seu sistema instalado (pode ser um Windows "infectado", pois há ferramentas antivírus disponíveis para GNU/Linux) ou para que você tenha sempre à mão os arquivos nos quais está trabalhando e também os programas usados para realizar seu trabalho.
O limite para a utilização dessa ferramenta está agora na sua imaginação.
[4] Comentário enviado por tiekookeit em 07/06/2011 - 17:55h
maravilha, agora a dica para quem não utiliza mais windows de forma alguma é possível fazer a mesma coisa com o unetbootin no linux, ou seja, você grava a iso num pendrive como se fosse um cd.
[7] Comentário enviado por evandrocapelao em 07/06/2011 - 21:11h
Com aptosid no pendrive configurado como persistent, dá para instalar os aplicativos, configurações, temas, etc... que foi instalado no modo persistent para o HD, a instalação do HD fica igual do pendrive persistent. O crunchbang testei não deu certo, o ubuntu não lembro.
[13] Comentário enviado por albfneto em 08/06/2011 - 13:27h
Julio, vc viu um Linux numa xerox?
hoje em dia há empresas que usam. Em Sampa, perto da casa de minha mãe, tem uma boa lan house.
eu fui usar e ví um "Iniciar", parecia um seven,mas um pouquinho diferente as telas.
depois que usei e fechei, eu conversei com o rapaz da lan, e perguntei, é Linux, não é?
ele disse, sim é! você conhece?, eu disse sim, eu uso Linux!
ele falou, aqui na lan, a galera usa na boa, muitos nem percebem que não é windows, pensam
que é um XP ou seven "personalizado" pela Lan house!
e depois que migramos, mais em conta, agora é gartuito,a gente não se preucupa com licenças e
a firma vem e dá suporte, o linux é grátis e a empresa cobra um pouco pela manutenção,
aí perguntei, que linux é? ele disse Red-Hat!
em Itapira, um amigo meu tem empresa química, usa Red-Hat tb, inclusive para controle de processos, caldeiras etc...
e tem lojas quu estão usando linux, Carrefour, Banco do Brasil, Lojas Colombo etc...
a USP. usa os dois, muita genteusa windows, secretárias, administrativos,professores, mas muitos usam Linux tb, Eu uso
e principalmente nas Exatas, Química, Física, Matemática, Computação de alto desempenho, a Galera usa muito Linux.
Me disseram, os servidores da USP, no começo da Internet, no começo dos anos 90, eram Workstations Sun com UNIX,
mas agora é tudo Linux!
Porisso tenho visto, usuário comum do computador de casa, gamer , overclocker, te usado Seven, XP... mas Galera "Profí", que quer
aprender, se desenvolver, ou usar um computador ao nível de desempenho máximo, tirar o possível do comp, tá usando Linux.
[14] Comentário enviado por pinduvoz em 08/06/2011 - 15:07h
Obrigado pelos gentis comentários.
Como foi algo que eu fiz para mim e achei que funcionou muito bem (usei em quatro notebooks e um desktop sem problemas) , resolvi transformar em artigo e postar aqui, esperando ajudar muita gente a testar o Linux.
[17] Comentário enviado por julio_hoffimann em 08/06/2011 - 19:54h
Oi Alberto,
Muito bom! Também venho percebendo um aumento expressivo do Linux na universidade (UFPE), principalmente nessa nossa área de exatas. Todos os computadores do laboratório de informática do prédio de engenharia já tem o Ubuntu 11.04 em dual boot. As pessoas sabem da existência do S.O. e estão começando a testar, isso é que é melhor!
Falei da Xerox porque, essa em particular, é constituída de funcionários com menos acesso a informação. Fiquei impressionado ao ver o papel de parede roxo do Ubuntu no computador com as impressoras. A funcionária estava desbravando o sistema com um olhar curioso bem na hora que cheguei. \o/
Perguntei: Quem instalou o Ubuntu?
Ela respondeu: Ah, foi o dono. (e voltou a fixar o olhar na tela)
[20] Comentário enviado por prsaid em 23/06/2011 - 03:28h
Deu certo que legal, mas o Ubuntu 11.04 no pen drive a instalação está em ingles e aparência de 9.04. Sendo que, instalei no meu notebook normalmente e sem problemas. O que será que houve?
[21] Comentário enviado por pinduvoz em 23/06/2011 - 21:13h
O idioma e a aparência vc conserta lendo o artigo. Tem dicas para as duas coisas (mudar o idioma e instalar driver de vídeo, se necessário) que devem estar erradas na sua instalação.
recebi em meu e-mail pessoal, e tinha um link referenciando seu artigo! sinal que muita gente gostou e o pessoal da linux university resolveu torna-lo referencia! parabéns
[27] Comentário enviado por pinduvoz em 30/07/2011 - 02:11h
Não necessariamente, pois há gerenciadores de boot que conseguem bootar o pendrive usando um disquete, ou um CD.
Quer saber se serve para outras distros? Sim e não, pois a "persistência" pode funcionar apenas no Ubuntu pelo método de criação que eu citei, mas há outros. Como exemplo, cito o OpenSuse, que possui um programa próprio e um script, servindo ambos para criar um OpenSuse "persistente".
Saiba que é viável até mesmo fazer uma instalação "real" num pendrive, desde que ele tenha 8 GB ou mais.
[30] Comentário enviado por JoseRenan em 04/09/2012 - 11:34h
Olá Pinduvoz, vlw pelo artigo! Ontem instalei o Ubuntu 12.04 usando esse aplicativo mas ele não salva as alterações, o chato é que eu tava até atualizando o SO e acho que perdi tempo baixando os updates.
Você pode me ajudar? Fiz o processo como descrito no artigo deixei a persistência no máximo esperei o processo e depois nada!
[31] Comentário enviado por pinduvoz em 06/09/2012 - 14:45h
[30] Comentário enviado por JoseRenan em 04/09/2012 - 11:34h:
Olá Pinduvoz, vlw pelo artigo! Ontem instalei o Ubuntu 12.04 usando esse aplicativo mas ele não salva as alterações, o chato é que eu tava até atualizando o SO e acho que perdi tempo baixando os updates.
Você pode me ajudar? Fiz o processo como descrito no artigo deixei a persistência no máximo esperei o processo e depois nada!
grato
Não recomendo fazer atualizações na instalação do pendrive, pois deixa o sistema muito lento.
Para testar a persistência, mude o papel de parede e reinicie. Se o seu papel estiver na tela, a persistência está OK.
Mais um detalhe: a persistência só funciona com pendrives formatados em FAT (16 ou 32).
[32] Comentário enviado por JoseRenan em 10/09/2012 - 11:54h
Obrigado pela resposta, acho que não funcionou porque o pendrive tá formatado como NTFS, 'cho perguntar, eu posso instalar os programas como o G++, normalmente sem afetar muito o desempenho? Meu pendrive tem 8Gb, tem como eu particioná-lo em duas partições FAT e fazer uma delas ser a /home do sistema? Assim posso acessar os arquivos se eu não quiser bootar o pendrive. vlw!
[33] Comentário enviado por manoli em 02/12/2013 - 20:15h
Olá André, boa noite!
Desculpe, sei que o post é antigo mas se você ainda estiver visitando-o tente me ajudar:
Migrei para o linux mas ainda meio capenga... Estou usando o Mint 15 64 bits, gostei muito desta versão linux.
Fiz um pendrive de bolso com esta versão em um pendrive de 4GB mas não consigo atualizá-la. Dá erros na atualização do idioma para pt-br,,, ou seja não consegui atualizar nada nesse live pendrive. Já fiz uma boa busca no google e o único que encontrei foi você.... poiretranto se vc puder me ajudar, ficaria muito grato.
Parabéns pela disposição e paciência em ajudar aos iniciantes no mundo linux.