Fui avisado pelo meu amigo
Slacker sobre o lançamento da versão 14.1 do
Slackware. Ele ficou sabendo devido a uma postagem de
Patrick Volkerding no Facebook.
Fazia tempo que eu não usava Slackware. Mas, por algum motivo, comecei a sentir vontade de usar novamente.
Adicionei Patrick como amigo no Facebook, e me senti muito feliz (e besta) ao enviar uma mensagem para ele e receber uma resposta. Afinal, ele é "O Cara!". =P
Comprei o DVD do Slackware e o abridor de garrafa em
store.slackware.com e depois comecei a baixar a distro. Fui dormir empolgado com a ideia de formatar o Notebook para instalar Slackware no dia seguinte - algo que não aconteceu devido à minha rotina.
Mesmo assim, aproveitei minha renovada vontade de voltar a usar Slackware como incentivo para criação de um novo artigo sobre instalação e configuração do mesmo.
Sendo assim, este artigo é apenas mais um tutorial sobre como instalar e configurar o Slackware
GNU/Linux. Usei o DVD do
Slackware 14.1 64-bit e ambiente
KDE.
Antes colocar a mão na massa, recomendo uma leitura calma deste artigo, para que você saiba realmente o que quer aproveitar dele. E, para quem curte, recomendo que faça isso ao som de Lost Sailors da banda Greatful Dead, uma versão por Patrick Volkerding, disponível em:
O Conservadorismo do Slackware
Slackware é um sistema conservador. O que isso significa? Bem, significa que o sistema não receberá mudanças ou inovações desnecessárias, apenas para estar na moda ou para parecer legal.
Se o sistema de inicialização de scripts está funcionando, não é necessário alterá-lo. Se o servidor gráfico está funcionando, também não há motivos para trocá-lo por outro. Se o instalador do sistema (embora, bem elementar) funciona, não precisa ser modificado! De fato, um dos lemas do Slackware é: "
if it ain’t broken, don’t fix it!".
Sendo assim, em um sistema conservador, apenas mudanças realmente necessárias são realizadas. O foco não é a novidade, e sim o bom funcionamento.
Dentre as consequências de ter um sistema conservador, uma delas é que, mesmo após várias versões, as diferenças entre as versões são bem pequenas, fazendo o usuário se sentir sempre em casa.
Outra vantagem de um sistema conservador é o impacto que esse modelo tem sobre a estabilidade do mesmo. Quanto mais conservador, teoricamente, mais seguro e confiável o sistema será. Isso se dá devido ao uso daquilo que comprovadamente funciona, o invés de testar novas soluções para o mesmo problema, como se o sistema fosse um laboratório ou uma eterna versão Beta, aumentando o risco de problemas para o usuário.
Usuários de sistemas modernos, como
Arch Linux, sabem bem disso. Muitas mudanças no sistema podem criar problemas, gerando assim um sistema menos estável.
Mas atenção, sistema conservador não é um sistema que deixa de usar softwares atualizados! Isso seria uma falha de segurança, pois atualizações, normalmente corrigem falhas. O sistema Slackware acompanha bem as atualizações dos softwares, apenas não recebe modificações desnecessárias em sua estrutura, nem realiza modificações para seguir uma determinada tendência (moda) ou para parecer legal.
Patrick Volkerding e seu time, esforçam-se para garantir a inclusão apenas de softwares estáveis, bem testados e comprovadamente eficazes, ao Slackware, com o mínimo de modificações possíveis. Isso faz do Slackware um sistema conservador, sólido e apreciado. Esse é o trunfo do Slackware, e é por isso que muitos usuários o adoram.
Por que "O Guia"?
Este artigo é voltado para usuários iniciantes no Slackware, não para iniciantes e leigos em informática. Pode servir também como material de consulta para usuários que já instalaram Slackware antes. Sendo, portanto, uma espécie de guia introdutório.
Teoricamente, o artigo aborda tanto a instalação passo a passo, como a configuração posterior à instalação, usando ambiente KDE. Sendo que, ao longo do artigo, o usuário irá aprender a instalar plugins
Flashplayer e
Java (para acessar Banco do Brasil), Openoffice Apache, Google Chrome, o player VLC, e outros.
Pensei em artigos separados (instalação, configuração), mas já fiz isso uma vez com o
Mamãe, quero Slack! (parte 1, 2 e 3) e vi que não é bom. Fica difícil consultar. Por isso, dessa vez, optei por um artigo mais direto ao ponto, resumido, sem muitas informações extras, mas ao mesmo tempo, contemplando instalação e configuração básica.