Definição:
A segunda liberdade, a liberdade #1, assegura ao usuário do software o direito de estudá-lo e modificá-lo para que este atenda plenamente à suas necessidades. A liberdade de aprender só é possível se código fonte do software for disponibilizado. Um erro comum é confundir software livre com software grátis, pois o requisito de acesso ao código fonte os descredenciam como tal.
Importância:
Para o usuário de software comum, a liberdade de estudar pode não significar muito, no entanto, para profissionais e empresas de TI pode ser a diferença entre fazer parte do processo produtivo de software e a dependência perpétua de tecnologia estrangeira.
A liberdade de aprender favorece diretamente o desenvolvimento da industria nacional, seja pela possibilidade de estudar software de alta tecnologia como de adaptá-los para as necessidades nacionais.
Do ponto de vista acadêmico, tem-se uma oportunidade ímpar, inédita em qualquer área do conhecimento humano. Para a Computação, o livre acesso ao código fonte de sistemas como o
Linux, Apache, Postgresql ou OpenOffice.org equivale na Eletrônica ao acesso a tecnologia de fabricação de microships de empresas como AMD e Intel ou anida na Engenharia Mecânica ao acesso a projetos e tecnologias da fabricação de motores Honda, Ford, dentre outros.
Outra possibilidade favorecida liberdade #1 é a facilidade de traduzir o software para diversos idiomas. Algumas empresas de software não disponibilizam seus produtos em alguns idiomas devido a inviabilidade econômica, isso pode favorecer o desaparecimento de dialetos locais e até mesmo de culturas inteiras. Um exemplo de software largamente traduzido é o Linux, disponível em idiomas como vasco, zulu, esperanto, dentre inúmeros outros.
Por fim, um aspecto relevante diz respeito a segurança dos sistemas de informação, a liberdade #1 permite que o software seja auditado e que se conheça o que e como ele faz seu trabalho. Esta é uma das razões que levaram entidades como o Exército dos Estados Unidos, NASA e Governos como Alemanha, EUA e China a optarem por software livre.
Conclusão:
Se a
liberdade #0 prega o compartilhamento material, a liberdade #1 permite o compartilhamento intelectual. A liberdade de aprender descentraliza a tecnologia, permite a emancipação pelo conhecimento de regiões mais pobres do globo e contribui para a preservação de culturas locais. Considerando que muitas empresas elegem a informação como seu mais valioso ativo, a segurança obtida com liberdade #1 torna o software livre estratégico no tocante a segurança corporativa e até mesmo segurança nacional.
Em breve:
A liberdade de compartilhar.