Biblioteca Linux - Mais além do desktop

Esse artigo contém uma boa parte dos comandos do Linux e suas opções, recomendado para usuários iniciantes no sistema, pode-se chamar de biblioteca de comandos.

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Por: Perfil removido em 19/10/2007


Um pouco mais avançado 02



find

O find (procurar, em inglês) é uma ferramenta que utilizamos para localizar arquivos ou diretórios no sistema de arquivos.

Sintaxe:

find [opções] [caminho] [expressão] [ações]

Opções:
  • -amin [n]: Procura arquivos que foram acessados há [n] minutos atrás;
  • -anewer [arquivo]: Procura arquivos que foram acessados depois do [arquivo];
  • -atime [n]: Procura arquivos que foram acessados há [n] dias atrás;
  • -cmin [n]: Procura arquivos que tiveram seu status alterado há [n] minutos atrás;
  • -cnewer [arquivo]: Procura arquivos que tiveram seu status alterado depois do [arquivo];
  • -empty: Procura arquivos vazios e que sejam como arquivos regulares ou diretórios;
  • -fstype [tipo]: Procura apenas arquivos que estejam gravados em sistemas de arquivos do tipo especificado;
  • -gid [n]: Procura por arquivos cujo GID seja [n];
  • -group [grupo]: Procura por arquivos que pertençam ao grupo informado;
  • -inum [n]: Procura o arquivo cujo I-node seja [n];
  • -mmin [n]: Procura arquivos que foram modificados a [n] minutos atrás;
  • -mtime [n]: Procura arquivos que foram modificados a [n] dias atrás;
  • -name [expressão]: Procura arquivos cujo nome coincida com a expressão digitada;
  • -newer [arquivo]: Procura arquivos que foram modificados depois do [arquivo];
  • -nouser: Procura arquivos cuja UID não esteja registrada no sistema;
  • -nogroup: Procura arquivos cuja GID não esteja registrada no sistema;
  • -path [expressão]: Realiza a busca nos diretórios que coincidam com a expressão informada;
  • -perm [permissões]: Procura arquivos que contenham as permissões informadas, no modo octal ou literal;
  • -perm [-/+][permissões]: Aplica as permissões informadas para os arquivos encontrados;
  • -regex [expressão]: Localiza os arquivos que coincidirem com a expressão regular informada. Lembre-se que expressões simples são diferentes de expressões regulares;
  • -size [n][b/c/k/w]: Localiza os arquivos cujo tamanho seja [n] múltiplos de:
    b: 512 bytes;
    c: 1 byte;
    k: 1 kilobyte;
    w: 2 bytes.

  • -type [tipo]: Procura por arquivos que sejam de um tipo específico:
    b: dispositivo de bloco;
    c: dispositivo de caracter;
    d: diretório;
    p: duto nomeado (FIFO);
    f: arquivo regular;
    l: link simbólico;
    s: soquete.

  • -uid [número]: Procura por arquivos cuja UID seja igual ao [número];
  • -used [n]: Procura por arquivos que tenham sido acessados [n] dias após seu status ter sido modificado;
  • -user [usuário]: Procura por arquivos cujo dono seja o [usuário].

O caminho é o diretório dentro do qual se vai realizar a busca. Para buscar em todo o sistema de arquivos, deve-se colocar /. Se a busca for feita no diretório atual, pode-se ignorar esse parâmetro.

A expressão deve ser o nome do arquivo que se está procurando, com ou sem curingas. Essa expressão pode ser omitida dependendo da opção de pesquisa que se esteja utilizando.

Ações:

É possível realizar ações com os arquivos encontrados. Isso é muito útil quando é necessário realizar uma determinada operação com todos os arquivos do sistema que tenham determinadas características.

As principais ações que podem ser executados são:
  • -exec [comando] [prefixo]{}[sufixo] \;: Executa o comando nos arquivos encontrados. O comando pode ser qualquer programa do sistema. Os caracteres {} são substituídos pelo nome do arquivo encontrado. [prefixo] e [sufixo] são opcionais;
  • -ok [comando] [prefixo]{}[sufixo] \;: O mesmo que -exec, mas pergunta para o usuário antes de executar o comando em cada arquivo.

whereis

Localiza o executável, arquivo/diretório de configuração, diretórios de bibliotecas, arquivos compartilhados, código-fonte e caminho da página de manual do programa especificado.

Sintaxe:

whereis [opções] [programa]

Opções:
  • -b: Procura apenas pelo executável do programa;
  • -m: Procura apenas pela páginas de manual;
  • -s: Procura apenas pelo diretório do código-fonte;
  • -u: Procura no diretório atual por arquivos que não possuam alguma das entradas informadas.

Exemplos de uso:

Para ver a localização dos arquivos e diretórios do GIMP, utilizamos o whereis da seguinte forma:

$ whereis gimp
gimp: /usr/bin/gimp /etc/gimp /usr/lib/gimp /usr/share/gimp /usr/share/man/man1/gimp.1.gz

Onde:
  • /usr/bin/gimp: Executável;
  • /etc/gimp: Diretório contendo os arquivos de configuração;
  • /usr/lib/gimp: Diretório contendo as bibliotecas;
  • /usr/share/gimp: Diretório contendo os arquivos compartilhados;
  • /usr/share/man/man1/gimp.1.gz: Localização da página de manual.

Para saber apenas a localização da página de manual, utilizamos a opção -m:

$ whereis -m gimp
gimp: /usr/share/man/man1/gimp.1.gz

which

Exibe o caminho completo para o comando selecionado.

Sintaxe:

which [comando]

Exemplos de uso:

Para sabermos o caminho completo para comando grep, usamos:

$ which grep
/bin/grep

uname

Mostra o nome e a versão do kernel em uso.

Sintaxe:

uname [opções]

Opções:
  • -a: Exibe todas as informações;
  • -s: Exibe apenas o nome do kernel;
  • -n: Exibe apenas o nome da máquina na rede;
  • -r: Exibe apenas a série do kernel;
  • -v: Exibe apenas a versão do kernel;
  • -m: Exibe apenas a arquitetura de hardware;
  • -o: Exibe apenas o nome do sistema operacional.

Exemplos de uso:

$ uname -a
Linux bozo-athlon 2.6.8-2-k7 #1 Mon Jan 24 03:29:52 EST 2005 i686 GNU/Linux

user

Esse programa é utilizado para descobrir quais processos estão utilizando determinados arquivos ou soquetes.

Sintaxe:

fuser [-a/-s/-c] [-4/-6] [-n [espaço]] [-k [-i] [-[sinal]] ] [-muvf]

Parâmetros:
  • -a: Mostra todos os arquivos especificados na linha de comando. Por padrão, somente os arquivos que estão sendo usados por pelo menos um processo são mostrados;
  • -s: Modo silencioso;
  • -c: O mesmo que -m, usado para compatibilidade com o padrão POSIX;
  • -4: Procura apenas por sockets de IPv4;
  • -6: Procura apenas por sockets de IPv6;
  • -n [espaço]: Especifica o espaço de nomes a usar. Pode ser:
    file: o modo padrão, procura por arquivos;
    udp: procura por portas UDP;
    tcp: Procura por portas TCP:

  • -k: Matar os processos que estão acessando o arquivo;
  • -i: Pergunta antes de matar o processo;
  • -[sinal]: Informa qual o sinal deve ser usado para matar os processos. Só pode ser usado junto com o parâmetro -k;
  • -m: Utilize quando estiver se referindo ao um sistema de arquivos montado ou a um dispositivo de blocos montado;
  • -u: Exibe o nome do usuário que iniciou o processo que está utilizando o arquivo;
  • -v: Modo detalhado, com diversas informações sobre os processos.

Exemplos de uso:

Uma utilidade grande desse programa é a seguinte: suponhamos que você queria desmontar o disquete, e seja surpreendido por uma mensagem de erro, dizendo que o dispositivo de disquete está ocupado:

$ umount /dev/fd0
umount: /media/floppy0: device is busy
umount: /media/floppy0: device is busy

Se você não conseguir descobrir qual o processo que está "travando" o disquete, você pode fazer isso utilizando o fuser. Você precisará ser o administrador do sistema.

# fuser -m /dev/fd0
/dev/fd0: 2877

Agora, você pode matar o processo:

# kill 2877

Ou, se quiser, pode matar o comando automaticamente com o fuser:

# fuser -m -k /dev/fd0

Se o processo não for encerrado, utilize o sinal -9 para destruí-lo:

# fuser -m -k -9 /dev/fd0

Repare que, nesse caso, utilizamos -m porque se trata de um dispositivo de blocos, /dev/fd0. Se fosse um arquivo comum, esse parâmetro não seria usado.

Outro uso que pode ser usado por administrador de rede é procurar por processos que estejam utilizando determinadas portas. Por exemplo, pra saber qual o processo que está utilizando a porta TCP 445, utilizamos:

# fuser -n tcp 445
445/tcp: 2674

df

Mostra o espaço utilizado de cada partição.

Sintaxe:

df [opção] [partição]

Opções:
  • -a: Inclui na verificação os sistemas de arquivos com 0 blocos;
  • -B [tamanho]: Usa blocos do tamanho especificado;
  • -h: Exibe os tamanhos num formato de fácil compreensão (1K, 23M, 2G);
  • -H: Igual ao -h, mas usa múltiplos de 1000 ao invés de 1024;
  • -i: Mostra as informações dos inodes;
  • -k: O mesmo que -B 1K;
  • -l: Só exibe informações dos sistemas de arquivos locais;
  • -P: Usa o formato de saída POSIX;
  • --sync: Executa o sync antes de obter as informações;
  • -t [tipo]: Só mostra informações dos sistemas de arquivos do tipo especificado;
  • -T: Mostra qual o tipo do sistema de arquivos de cada partição exibida;
  • -x [tipo]: Mostra todos os tipos de sistemas de arquivos exceto o tipo especificado aqui.

Exemplos de uso:

Um exemplo simples:

$ df -h
Sist. Arq.     Tam     Usad    Disp    Uso%     Montado em
/dev/hda2      4,9G    3,1G    1,9G    63%      /
tmpfs          59M     0       59M     0%       /dev/shm
/dev           4,9G    3,1G    1,9G    63%      /.dev
none           5,0M    744K    4,3M    15%      /dev
/dev/hda1      32G     5,4G    27G     17%      /mnt/windows 

du

Esse comando, sigla de disk usage (uso de disco), é usado para estimar o espaço em disco usado pelos arquivos. Em outras palavras, usamos o du para saber o tamanho dos arquivos.

Sintaxe:

du [opções] [arquivo]

Opções:
  • -a: Exibe o tamanho de todos os arquivos dentro dos subdiretórios do diretório especificado, e não somente dos arquivos imediatamente dentro do diretório;
  • --aparent-size: Exibe o tamanho aparente, que pode ser maior ou menor que o tamanho real, dependendo de fatores com fragmentação, blocos indiretos e similares;
  • -B [tamanho]: Exibe o tamanho dos arquivos em blocos do tamanho especificado;
  • -b: Igual a -B 1;
  • -c: Exibe uma linha com o tamanho total de todos os arquivos contabilizados;
  • -D: Quando usado para links simbólicos, considera o local para onde o link aponta e não o link em si. Só considera arquivos;
  • -h: Mostra os tamanhos de forma compreensível (2K, 32M, 1G);
  • -H: O mesmo que -h, mas usa blocos de 1000 ao invés de 1024;
  • -k: O mesmo que -B 1K;
  • -L: O mesmo que -D, mas considera qualquer tipo de arquivo;
  • -S: Não mostra o tamanho dos subdiretórios;
  • -s: Mostra apenas o tamanho total de cada item (arquivo ou diretório);
  • -x: Ignora arquivos que estejam em outro sistema de arquivos;
  • -X [padrão]: Não contabiliza os arquivos que correspondam ao padrão informado;
  • -m: O mesmo que -B 1M.

Suponha que você esteja no diretório /home/davidson/, que contenha os seguintes arquivos e diretórios:

$ ls
arquivo de teste  Desktop  exe  iso           src    tmp
deb               doc      img  playlist.m3u  teste 

Se quisermos ver o tamanho do arquivo playlist.m3u:

$ du playlist.m3u
8       playlist.m3u

O tamanho é exibido em KB. No caso, o arquivo tem 8 KB.

Se quisermos ver o tamanho do diretório img/:

$ du img
0       img/davidson
0       img/wallpapers
592     img/diagramacao
484     img/partition_magic
461     img/qtparted
1132    img/programacao_visual
4018    img 

Veja que o tamanho em KB não é muito confortável. Usamos o parâmetro -h para que os valores sejam exibidos de uma forma compreensível:

$ du -h img
0       img/davidson
0       img/wallpapers
592K    img/diagramacao
484K    img/partition_magic
461K    img/qtparted
1,2M    img/programacao_visual
4,0M    img 

Podemos também querer que sejam contabilizados os arquivos dos subdiretórios img/davidson/ e img/wallpapers/. Nesse caso, usamo o parâmetros -a:

$ du -h -a img
673K    img/bozo.bmp
44K     img/bozo.zip
0       img/davidson
0       img/wallpapers
16K     img/davidson_80x60.png
52K     img/davidson_cabeludo.jpg
172K    img/diagramacao/linux_magazine_distribuicoes.pdf
136K    img/diagramacao/linux_magazine_segurando_desktop.pdf
284K    img/diagramacao/linux_magazine_jogos.pdf
592K    img/diagramacao
28K     img/partition_magic/Thumbs.db
84K     img/partition_magic/pqmagic001.jpg
92K     img/partition_magic/pqmagic002.jpg
28K     img/partition_magic/pqmagic003.jpg
96K     img/partition_magic/pqmagic004.jpg
28K     img/partition_magic/pqmagic005.jpg
100K    img/partition_magic/pqmagic006.jpg
28K     img/partition_magic/pqmagic007.jpg
484K    img/partition_magic
565K    img/kacique01 .jpg
16K     img/qtparted/snapshot01.png
20K     img/qtparted/snapshot04.png
16K     img/qtparted/snapshot10.png
12K     img/qtparted/snapshot11.png
12K     img/qtparted/snapshot12.png
12K     img/qtparted/snapshot13.png
32K     img/qtparted/qtparted001.jpg
40K     img/qtparted/qtparted002.jpg
32K     img/qtparted/qtparted003.jpg
24K     img/qtparted/qtparted004.jpg
28K     img/qtparted/qtparted005.jpg
48K     img/qtparted/snapshot1.png
16K     img/qtparted/snapshot2.png
16K     img/qtparted/snapshot3.png
52K     img/qtparted/snapshot4.png
16K     img/qtparted/snapshot5.png
16K     img/qtparted/snapshot6.png
20K     img/qtparted/snapshot7.png
16K     img/qtparted/snapshot8.png
16K     img/qtparted/snapshot9.png
461K    img/qtparted
280K    img/programacao_visual/ferrari001.png
284K    img/programacao_visual/ferrari002.png
272K    img/programacao_visual/ferrari003.png
28K     img/programacao_visual/Thumbs.db
268K    img/programacao_visual/tux.png
1,2M    img/programacao_visual
4,0M    img 

Essa lista ficou bem extensa. Se quisermos exibir somente o tamanho total de cada diretório, retiramos o parâmetro -a, acrescentamos o parâmetro -s, e nos referenciamos a img/* ao invés de img:

$ du -h -s img/*
673K    img/bozo.bmp
44K     img/bozo.zip
0       img/davidson
16K     img/davidson_80x60.png
52K     img/davidson_cabeludo.jpg
592K    img/diagramacao
565K    img/kacique01 .jpg
484K    img/partition_magic
1,2M    img/programacao_visual
461K    img/qtparted
0       img/wallpapers 

Dessa última forma, porém, o tamanho total do diretório não foi informado. Para isso, basta acrescentar o parâmetro -c:

$ du -h -s -c img/*
673K    img/bozo.bmp
44K     img/bozo.zip
0       img/davidson
16K     img/davidson_80x60.png
52K     img/davidson_cabeludo.jpg
592K    img/diagramacao
565K    img/kacique01 .jpg
484K    img/partition_magic
1,2M    img/programacao_visual
461K    img/qtparted
0       img/wallpapers
4,0M    total 

free

Comando muito utilizado para análise do desempenho do sistema, o free exibe informações sobre o uso de memória pelo computador.

Sintaxe:

free [-b / -k / -m] [-o] [-s delay ] [-t]

Parâmetros:
  • -b: Exibe as quantidades em bytes;
  • -k: Exibe as quantidades em kilobytes;
  • -m: Exibe as quantidades em megabytes;
  • -o: Não exibe a linha -/+ buffers/cache;
  • -s [tempo]: Especifica o intervalo de tempo, em segundos, entre as atualizações das informações. Se esse parâmetro não for usado, é exibida apenas uma informação. Se usado, vai exibindo as informações indefinidamente no intervalo de tempo definido, até que o usuário pressione CTRL + C;
  • -t: Exibe uma linha com os valores totais;

Vejamos o uso mais comum do free:

$ free
             total       used       free     shared    buffers     cached
Mem:        118880     116508       2372          0       2432      38216
-/+ buffers/cache:      75860      43020
Swap:       514040     127604     386436 

Aqui temos as seguintes informações:
  • Memória RAM total: 118880 KB
  • Memória RAM usada: 116508 KB
  • Memória RAM livre: 43020 KB
  • Informações em buffer: 2432 KB
  • Informações em cache: 38216 KB
  • Memória swap total: 514040 KB
  • Memória swap usada: 127604 KB
  • Memória swap livre: 386436 KB
  • Buffers/Cache usados: 75860 KB
  • Buffers/Cache livres: 43020 KB

A exibição em KB pode não ser muito confortável. Se quiser que os tamanhos sejam exibidos em MB, utilize o parâmetro -m:

$ free -m
             total       used       free     shared    buffers     cached
Mem:           116        114          1          0          2         40
-/+ buffers/cache:         71         44
Swap:          501        124        377 

time

Esse é um comando muito útil para medir o desempenho do sistema. Com o time podemos medir o tempo, em segundos, necessários para executar um processo ou programa.

Sintaxe:

time [opções] [comando]

Opções:
  • -o [arquivo]: Grava as estatísticas coletadas durante a execução do comando para o arquivo especificado, para análise posterior;
  • -a: Quando usado junto com o parâmetro -o, não apaga o conteúdo do arquivo ao gravar as estatísticas;
  • -v: Exibe os detalhes da execução do comando.

Assim, suponha que você tenha um script de backup, e queira saber quanto tempo ele demora para ser executado:

$ time backup
real    0m39.054s
user    0m28.560s
sys     0m0.689s 

O campo real nos mostra quanto tempo o processo demorou para ser executado. No caso, 39,054 segundos. O campo user informa quanto tempo a CPU gastou processando apenas os dados do comando. Nesse exemplo, 28,560 segundos. O campo sys informa qual o intervalo média de espera da CPU entre cada ciclo de processamento dos dados do comando. Aqui, o tempo foi de 0,689 segundos.

uptime

Mostra o período em que o sistema permaneceu em processamento desde que foi ligado.

Uso:

$ uptime

O uptime não possui parâmetros. Basta digitar uptime no terminal. Veja um exemplo:

$ uptime
16:40:18 up 7:48, 3 users, load average: 0.43, 0.29, 0.26

Aqui, vemos que o computador esteve ligado por 16:40 horas, mas só esteve em processamento durante 7:48 horas. Durante esse período, 3 usuários acessaram o sistema, e a carga média do sistema, que vai de 0 a 1, foi de 0,43 no último 1 minuto, 0,29 nos últimos 5 minutos e 0,26 nos últimos 15 minutos.

dmesg

Esse comando é utilizado para ver as mensagens de inicialização do sistema. Útil para analisar eventuais mensagens de erro exibidas devido a qualquer problema que esteja ocorrendo durante a inicialização.

Como as mensagens são muito extensas, utilize o more ou o less para visualizar as informações:

$ dmesg | more
$ dmesg | less


echo

Exibe mensagens na tela. Esse comando é utilizado principalmente para a construção de scripts de sistema.

Sintaxe:

echo [opções] [cadeia de caracteres]

Opções:
  • -n: Não insere uma nova linha;
  • -e: Ativa a interpretação de caracteres de escape, listados a seguir:
  • \NNN: Código ASCII octal do caracter;
  • \\: Barra invertida (\);
  • \a: Alerta sonoro (beep);
  • \b: Backspace;
  • \c: Não exibe a linha de final de arquivo;
  • \f: Alimentação de formulário (form feed);
  • \n: Nova linha;
  • \r: Retorno de carro (carriage return);
  • \t: Tabulação horizontal;
  • \v: Tabulação vertical.

Exemplos de uso:

$ echo "Projeto Bozolinux"
Projeto Bozolinux

$ echo -e "Primeira linha\nSegunda linha\n\tTerceira linha com tabulação horizontal"
Primeira linha
Segunda linha
        Terceira linha com tabulação horizontal

Com o uso de direcionadores, pode-se usar o echo para inserir texto em arquivos, com a seguinte sintaxe:

echo [mensagem] [> / >>] [arquivo]

Onde > apaga o conteúdo o arquivo, se existir, e >> adiciona o texto no final do arquivo.

Exemplos de uso:

$ echo -n > /etc/modules

Apaga o conteúdo do arquivo /etc/modules.

$ echo -e "192.168.0.35\tdavidson.bozolinux.org\tdavidson" >> /etc/hosts

Adiciona a seguinte linha no arquivo /etc/hosts:

192.168.0.35       davidson.bozolinux.org davidson

su

Esse comando é utilizado para um usuário assumir os privilégios de outro usuário do sistema.

Sintaxe:

su [opções] [usuário]

Ao digitar o comando é necessário digitar a senha do usuário selecionado. Se nenhum usuário for especificado, o sistema entende que o usuário quer assumir os privilégios de administrador do sistema (root).

Uma opção muito útil é o parâmetro -c, que permite executar um comando específico com os privilégios do usuário selecionado, e ao término da execução perder esses privilégios.

Exemplos de uso:

Um exemplo é a compilação de um pacote. O comando make install, que faz a instalação propriamente dita do pacote, só pode ser executado pelo usuário root. Assim, temos que fazer o seguinte:

$ su
password:
# make install
# exit


Ao invés disso, podemos simplesmente digitar:

$ su -c "make install"
password:

O comando será executado e, ao seu término, perdemos os privilégios de administrador de sistema.

sync

Esse comando é utilizado para gravar os dados armazenados em cache nos locais apropriados. O uso mais comum é para gravar os dados em unidades de disco removível, geralmente disquete.

Uso:

O sync não possui parâmetros. Para usá-lo, execute:

$ sync

reboot

Reinicia o computador. Por padrão, somente o root pode executar esse comando.

Sintaxe:

# reboot

shutdown

Usado para desligar o sistema. Por padrão, somente o root pode executar o shutdown.

Sintaxe:

shutdown [opções] [hora] [mensagem de alerta]

Opções:
  • -t [tempo]: Espera o tempo especificado (em segundos) entre matar os processos e mudar de nível de execução;
  • -k: Não desliga o sistema, apenas envia a mensagem de alerta a todos os usuários que estão conectados;
  • -r: Reinicia o sistema após o desligamento;
  • -h: Desliga o computador;
  • -f: Não roda o utilitário fsck no caso de reiniciar o sistema;
  • -F: Força o uso do fsck no reinício do sistema;
  • -c: Cancela um processo de desligamento que esteja sendo executado no momento.

Em [hora] você pode especificar o horário exato para o sistema desligar, como 12:34, por exemplo, ou então utilizar +[n], para desligar o sistema daqui a [n] minutos. Para desligar o sistema imediatamente, use +0 ou a palavra now.

A mensagem de alerta será enviada a todos os usuários conectados ao sistema, para que eles tenham tempo de salvar seus arquivos e se desconectarem.

Exemplos de uso:

O uso mais comum do shutdown é para desligar o sistema o computador imediatamente:

# shutdown -h now

history

O comando history (histórico) mostra a lista dos últimos comandos executados pelo usuário corrente. Isso é útil quando há a necessidade de executar um comando extenso, com muitos parâmetros, do qual não consigamos nos lembrar, ou para fazer auditoria.

Sintaxe:

history [opções]

Exemplos de uso:

$ history
  462  su
  463  cd tmp
  464  cd giFT
  465  clear
  466  ls
  467  mv creed_-_inside_us_all.ogg /home/audio
  468  xmms -e /home/audio/creed_-_inside_us_all.ogg 
  469  clear
  470  ls
  471  mv 04\ -\ Say\ I.ogg creed_-_say_i.ogg
  472  clear
  473  ls
  474  mv Creed\ -\ Weathered.mp3 creed_-_weathered.mp3
  475  clear
  476  ls
  477  mv Luciana\ Mello\ -\ Assim\ Que\ Se\ Faz.mp3 luciana_mello_-_assim_
que_se_faz.mp3
  478  clear
  479  ls
  480  normalize-ogg --bitrate 192 creed_-_say_i.ogg 
  481  mv creed_-_say_i.ogg /home/audio/
  482  xmms -e /home/audio/creed_-_say_i.ogg 
  483  clear
  484  ls
  485  normalize-mp3 --ogg --bitrate 192 creed_-_weathered.mp3 
  486  mv creed_-_weathered.ogg /home/audio
  487  xmms -e /home/audio/creed_-_weathered.ogg 
  488  clear
  489  ls
  490  mv avalon\ -\ the\ creed\ -\ renew\ me.mp3 avalon_-_the_creed.mp3
  491  clear
  492  ls
  493  normalize-mp3 --ogg --bitrate 192 luciana_mello_-_assim_que_se_faz.m
p3 
  494  clear
  495  ls
  496  mv luciana_mello_-_assim_que_se_faz.ogg /home/audio
  497  xmms -e /home/audio/luciana_mello_-_assim_que_se_faz.ogg 
  498  su
  499  giftd -d
  500  giFTcurs
  501  cd
  502  clera
  503  ls
  504  clear
  505  ls
  506  apt-cache search java | more
  507  su
  508  giftd -d
  509  ls dire || echo "O diretório não existe"
  510  ls dire &> /dev/null || echo "O diretório não existe"
  511  clear
  512  ls
  513  mv deb exe iso src download/
  514  clear
  515  ls
  516  su
  517  clear
  518  history
  519  history | more
  520  cd /tmp
  521  clear
  522  history | tee log 

Para executar novamente o comando apt-cache search java | more, basta anotar o seu número, e dar o comando:

$ !506

Para procurar um determinado comando, use o history em conjunto com o grep. Vamos, por exemplo, procurar pelo comando normalize, pra ver quais parâmetros devemos usar:

$ history | grep normalize
  480  normalize-ogg --bitrate 192 creed_-_say_i.ogg 
  485  normalize-mp3 --ogg --bitrate 192 creed_-_weathered.mp3 
  493  normalize-mp3 --ogg --bitrate 192 luciana_mello_-_assim_que_se_faz.m
p3 
  503  history | grep normalize 

Agora, podemos ver os parâmetros que usamos anteriormente.

Existem outros métodos de utilização do history, que podem ser vistos na sua página de manual:

$ man history

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Páginas do artigo
   1. Para que introdução? Vamos ao que interessa!
   2. Um pouco mais avançado 01
   3. Um pouco mais avançado 02
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Comentários
[1] Comentário enviado por maran em 19/10/2007 - 19:55h

a uma boa iniciativa cara...

[2] Comentário enviado por edirlf em 19/10/2007 - 20:42h

eu achei show de bola esse artigo!! bem objetivo.
parabéns cara

[3] Comentário enviado por VonNaturAustreVe em 19/10/2007 - 23:41h

ficou muito bom,pratico e rapido,vai ajudar muita gente.

[]'s

[4] Comentário enviado por Teixeira em 20/10/2007 - 19:40h

Muito bom, andreiipiuco!
Já copiei para consulta offline.
Gostaria de colaborar, esclarecendo que "find" em inlgês não é propriamente "procurar" (que seria "search"), mas sim "localizar", "encontrar", embora no frigir dos ovos seja quase a mesma coisa.
Os termos ingleses utilizados em informática nem sempre são sinônimos perfeitos.
Outros exemplos que me lembro agora são "sort" e "merge" que significam genericamente "ordenar".
A diferença é que "sort" é "classificar" ou "colocar em ordem", enquanto "merge" é simplesmente incluir no meio, como se faz com uma carta no baralho.

[5] Comentário enviado por mrazec em 22/10/2007 - 13:24h

Muito bom artigo, de uma olhada no ótimo guia de referencia para Slackware em Portugês http://www.linuxhome.eti.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=573&Itemid=1

[]'s
Razec

[6] Comentário enviado por cirocolares em 23/10/2007 - 12:58h

Gostei desse artigo, muito direto e claro...
Parabéns!

[7] Comentário enviado por thiagoreis3p em 23/10/2007 - 19:33h

Excelente.. to iniciando e sei que vai quebrar varias...
abraço...

[8] Comentário enviado por andrade.ti em 23/10/2007 - 21:27h

Carinha, seu artigo ficou simplesmente NOTA 10! Esta me ajudando a estudar para as provas da LPI. Valeu...

[9] Comentário enviado por davidsonpaulo em 06/11/2007 - 10:52h

Faltou citar a fonte:

http://www.vivaolinux.com.br/artigos/verArtigo.php?codigo=5024

[10] Comentário enviado por cvs em 06/11/2007 - 11:54h

heuehueheue...
ja era malandro...

[11] Comentário enviado por removido em 08/11/2007 - 20:12h

quero deixar claro que peguei algumas informacoes de outros artigos, porque cada um falava um pouco de cada coisa, intao resolvi reescrever em um so.

[12] Comentário enviado por Teixeira em 31/03/2008 - 13:19h

Mas é isso mesmo!

Nenhum desses comandos é "novo".

O que o amigo fez foi colecionar as informações já existentes e enriquecê-las segundo o seu próprio "feeling" e passá-las adiante.

Nem sempre as primeiras informações sobre um determinado assunto são objetivas ou realmente esclarecedoras.

Se algo pode ser melhorado, isso certamente deve ser feito.

E se já era bom, deve ser divulgado.

Acho que seu trabalho não desmerece em nada aos demais artigos e dicas já publicados no VOL ou em outros sites.

Sempre que possível, em especial em nossa comunidade, será importante citar as fontes.




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