5. Software livre, uma realidade nacional
O Governo brasileiro também em diversas áreas, adota o Software Livre como uma alternativa interessante tanto no aspecto econômico como também no aspecto social.
O Software Livre já vem sendo usado e aprovado por diversas áreas na sociedade brasileira, como em empresas privadas, em empresas estatais, ONGs, Ministérios, Governos Estaduais e municipais, tanto no regime administrativo como também na educação.
Para o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), o Brasil se beneficiará muito com o Software Livre, economizando com o pagamento de Licenças e atualizações do uso do Software, desenvolvimento tecnológico e reduzindo a exclusão digital na país.
Porque construir um projeto de Sociedade da Informação baseado exclusivamente no software proprietário seria economicamente inviável para o Brasil. Temos de investir na inclusão digital de uma massa imensa de pessoas. Por isso, é preciso buscar soluções mais baratas e que tragam a possibilidade de desenvolvimento tecnológico. Os softwares livres são vantajosos neste aspecto porque deixam você sair da situação de operador de "caixa preta". Como ele não tem o código fechado, você pode interferir no processo colaborar com o desenvolvimento do sistema e compartilhar conhecimento. (Arthur Pereira Nunes, Secretário-Adjunto de Política de Informática e Tecnologia do Ministério da Ciência e Tecnologia, 2004).
Ministérios, como o das Comunicações, do Planejamento e do Previdência Social, adotam a migração e a utilização do Software Livre como um processo de reestruturação tecnológica.
O Serviço Nacional de Processamento de Dados (Serpro), empresa vinculada ao Ministério da Fazenda, já começaram a migrar os sistemas proprietários para sistemas livres.
"A empresa já conseguiu migrar do Windows para o
Linux as 3.577 estações de trabalho das sete mil existentes em todo país. "No Recife, nós temos 318 máquinas e todas usam Linux, mas ainda contamos com dual boot, que usam dois sistemas operacionais, por causa da necessidade de nossos clientes", afirma. Do total de computadores, 110 são exclusivamente Linux, aqueles usados como estações administrativas e para o suporte técnico. "No entanto, adotamos o OpenOffice como padrão de gravação de documentos, todos os funcionários do Serpro trabalham com o programa" (Paulo Arruda, chefe da área de tecnologia da informação da regional Recife do Serpro, 2005).