A Casa caiu !

73. Re: A Casa caiu !

Perfil removido
removido

(usa Nenhuma)

Enviado em 22/05/2017 - 05:16h

Giovanni_Menezes escreveu:

(...) o que poderia ser feito é a Carmem Lucia invocar as forças armadas (...)


Só não concordo com essa parte.
E se os militares também tiverem merda até o pescoço?

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Nem direita, nem esquerda. Quando se trata de corrupção o Brasil é ambidestro.
(anônimo)

Encryption works. Properly implemented strong crypto systems are one of the few things that you can rely on. Unfortunately, endpoint security is so terrifically weak that NSA can frequently find ways around it. — Edward Snowden



  


74. Re: A Casa caiu !

Luiz Santos
luiztux

(usa Gentoo)

Enviado em 22/05/2017 - 10:08h

Giovanni_Menezes escreveu:

Só rindo, Folha contrato pericia TABAJARA, a qual o presidente tenta desesperadamente usar como argumento para anular tudo. pqp..


Pior é que um dos softwares usados foi o Audacity... mas o perito é meia-boca mesmo, não o software.

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Somente o Software Livre lhe garante as 4 liberdades.
Open Source =/= Free Software.
https://goo.gl/mRzpg3
http://www.anahuac.eu/contrarrevolucao-osi/[/quote]




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Larry, The Cow, uses Gentoo GNU/Linux

^__^
(oo)
(__)

"If it moves, compile it."




75. Re: A Casa caiu !

Giovanni  M
Giovanni_Menezes

(usa Devuan)

Enviado em 22/05/2017 - 10:28h

listeiro_037 escreveu:

Giovanni_Menezes escreveu:

(...) o que poderia ser feito é a Carmem Lucia invocar as forças armadas (...)


Só não concordo com essa parte.
E se os militares também tiverem merda até o pescoço?

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Nem direita, nem esquerda. Quando se trata de corrupção o Brasil é ambidestro.
(anônimo)

Encryption works. Properly implemented strong crypto systems are one of the few things that you can rely on. Unfortunately, endpoint security is so terrifically weak that NSA can frequently find ways around it. — Edward Snowden



Ai é xeque mate na nação, só resta fazer o que o Ruan disse lá atrás, pegar as malas e sumir daqui, de fato as forças armadas também não é nenhuma maravilha.



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76. Re: A Casa caiu !

Giovanni  M
Giovanni_Menezes

(usa Devuan)

Enviado em 22/05/2017 - 10:32h

luiztux escreveu:

Pior é que um dos softwares usados foi o Audacity... mas o perito é meia-boca mesmo, não o software.



O Audacity é um bom software, nada contra, mas o conjunto da obra no caso me fez rir quando ví a noticia do perito metido a caça fantasmas rs

E o Temer ein, um cara do meio juridico deveria ser mais esperto, quanto mais abre a boca, mais se complica, ta ai o porque o lula sempre prefere dizer, "eu não sabia", é justamente para não entregar o ouro, faça um cursinho com o Lula, ta precisando tio temer!

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/05/1886163-se-quiserem-me-derrubem-afirma-temer-ao-negar-de-...
http://blogdomariomagalhaes.blogosfera.uol.com.br/2017/05/22/entrevista-temer-confirma-teor-de-grava...


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77. Re: A Casa caiu !

Jean-Jacques Rousseau
Rousseau

(usa Manjaro Linux)

Enviado em 22/05/2017 - 11:00h

luiztux escreveu:

Giovanni_Menezes escreveu:

Só rindo, Folha contrato pericia TABAJARA, a qual o presidente tenta desesperadamente usar como argumento para anular tudo. pqp..


Pior é que um dos softwares usados foi o Audacity... mas o perito é meia-boca mesmo, não o software.

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Isso é coisa muito seria. Mas eu ri muito quando vi a reportagem. O dito "especialista" não passa de um espertão com contatos que, vira e mexe, descolam um trampo para ele com coisas de áudio.

Só fico muito triste que no Brasil a democracia seja estado de exceção. E, quando o povo vai para rua, como em 2013, seja algo tão espontâneo e sem sentido, tanto a longo prazo, como de uma proposta de melhoria e modificação.

Agora, uns 80-90% dessa corrupção é para financiar, o ridículo, esquema de campanha eleitoral que a gente tem. É impressionante quanto dinheiro do povo vai para o ralo em campanhas bilionárias e que, ao final, não agregam nada de quem foi eleito ou não ao país. Esse, para mim, é um ponto fundamental que quase ninguém fala. Tem que existir alguma coisa para mudar isso!


78. Re: A Casa caiu !

Giovanni  M
Giovanni_Menezes

(usa Devuan)

Enviado em 22/05/2017 - 17:06h

Temer desiste de pedido de suspender o indiciamento e vai fazer pericia "independente".

https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/05/22/temer-contrata-pericia-independente...



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79. Re: A Casa caiu !

Paulo
paulo1205

(usa Ubuntu)

Enviado em 23/05/2017 - 14:55h

Esse episódio revela alguns milagres tipicamente brasileiros. Por exemplo: de repente, a Globo virou fonte de informações confiável, e tudo o que ela diz a respeito do tema é gratuito, e pelo bem do Brasil.

As soluções propostas também são milagrosamente simples. Claro, já que “não tem nenhum que preste no Congresso”, o melhor mesmo é fechar logo aquela droga, né? Esse negócio de muita gente opinando, inclusive gente fora do eixo Sul-Sudeste — que absurdo! —, é pura perda de tempo e de dinheiro. E esse fechamento do Congresso se dará por meio das forças armadas, que obedecerão a magnífica presidente do STF, cuja indicação para o cargo, apesar de política (e com possível tráfico de influência, já que ela é prima de um ex-ministro, e foi nomeada por Lula a pedido dele), não cola nela nenhuma suspeita de alinhamento com interesses escusos (nem o faz o fato de a Rede Globo a estar empurrando goela abaixo dos brasileiros como próxima presidente, seja ela eleita direta ou indiretamente).

A simplíssima e genialíssima solução prossegue misturando as competências do STJ com as do STF para resolver de uma vez por todas a situação política, com toda a isenção. Fica evidente a assunção, de outro modo implícita na sugestão, de que todos os membros de ambas as cortes serão muito isentos, politicamente falando, mesmo tendo TODOS ELES sido indicados politicamente por algum dos réus a serem julgados. Barroso e Lewandovski que o digam! Ah! e o TSE, cujos membros são, em grande parte, também membros de uma das outras duas cortes?

Mas, por falar em TSE, a verdadeira beleza, a cereja do bolo, a pérola máxima da solução genial é sua apoteose: todo o processo sanitário vai terminar com plebiscitos e eleições. Só falta saber quando (em 1964, os militares juraram que seria “logo”), e sob o controle de qual instituição, depois de todas elas terem sido esmagadas pelo rolo compressor dos passos anteriores.

Ah!, falta também ter clareza sobre como garantir que as mazelas de hoje não vão voltar a acontecer. O dono da sugestão parece assumir que o simples fato de afastar todos os atuais representantes do povo seria suficiente para garantir que representantes futuros do mesmo povo serão radicalmente diferentes, e que terão aprendido com o exemplo.

Confesso -- agora sem sarcasmo, mas um bocado desolado -- que não tenho a mesma esperança. Já hoje os representantes do povo são exatamente isso: uma representação do povo, significativamente fiel em cada desejo, vontade, motivação e ação. A sociedade não é desonesta por causa do político, mas este reflete a corrupção que naquela já existia. Aqui mesmo, neste fórum e neste tópico, de que participam pessoas que se querem esclarecidas, houve gente que defendesse o atropelo da Lei para fazer valer sua vontade imediata, sem se dar conta que, no fim das contas, é exatamente isso que ele condena no político que ele quer ver deposto.

Isso mostra, ainda, que instrução técnica formal não significa coisa alguma em outras áreas da vida. Um Ph.D. pode ter todos os títulos que puder, e continuar sendo uma pessoa amoral (ou imoral), um ignorante ou escravo de ideologias políticas, étnico-raciais, religiosas, incapaz de perceber e lidar com sentimentos alheios, desajeitado para falar em público, etc. Por isso mesmo, quando alguém diz que “a solução é a educação”, e a referida educação é estritamente acadêmica, nem nisso eu acredito.


80. Re: A Casa caiu !

Giovanni  M
Giovanni_Menezes

(usa Devuan)

Enviado em 24/05/2017 - 01:21h

Caro Paulo1205

Já que se empenho tanto em criticar a sugestão dos colegas desse tópico, que apesar de não ver motivos porque são apenas sugestões, mas enfim, ninguém esta livre de criticas e você tem toda a liberdade para tal, poderia também dar uma ideia, já que criticar o que foi proposto e ao mesmo tempo não propor nada fica estranho não concorda ?

Ou será receio de acabar propondo a continuidade do que ai esta, pode ficar tranquilo, pelo menos da minha parte respeitarei o direito de qualquer um pensar diferente de mim, apesar de as vezes defender meu ponto de vista de modo mais "enérgicos". Continuando, já que pelo que foi escrito acima, você não é a favor de fechar o congresso, de uma intervenção miliar e não confia no STF, ao mencionar TSE desdenho de plebiscito e eleição, gostaria de ver da sua parte uma sugestão para resolver o atual, eu disse atual momento do país, sem usar:

Sem STF
Sem Forças armadas
Sem TSE
Sem Plebiscito e Eleição


Uma observação, sobre STF E STJ, o que eu disse era para o STJ continuar com os casos normais do dia dia, Crime, processos, coisas que envolve o dia dia da nação para os meros mortais brazucas que não tem foro privilegiado e vai trabalhar de ônibus, enquanto o STF, paralisa temporariamente seus trabalhos para se dedicar a resolver de uma vez por todas a Lava Jato, porque do jeito que ta, ninguém sabe nem se um possível sucessor do Temer sobrevive politicamente até 2018, pq no cenário atual ta sobrando até para jornalista.
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81. Re: A Casa caiu !

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(usa Nenhuma)

Enviado em 24/05/2017 - 02:17h

A ideia de sair do país continua de longe a melhor. Principalmente antes de voltar ditadura.

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82. Re: A Casa caiu !

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(usa Nenhuma)

Enviado em 24/05/2017 - 04:46h

https://pt.wikipedia.org/wiki/Agendamento

A Hipótese do Agendamento ou Agenda-setting theory, no original, em inglês, foi formulada por Maxwell McCombs e Donald Shaw na década de 1970.

Essa hipótese propõe a ideia de que os consumidores de notícias tendem a considerar mais importantes os assuntos que são veiculados com maior destaque na cobertura jornalística (incluindo tanto meios impressos quanto eletrônicos). Assim, no Agenda-setting, as notícias veiculadas na imprensa, se não necessariamente determinam o que as pessoas pensam sobre determinado assunto, são bem-sucedidas em fazer com que o público pense e fale sobre um determinado assunto, e não sobre outros.

A teoria é uma metáfora utilizando a ideia simbólica de agenda. E se preocupa com a agenda dos meios de notícia e a agenda da sociedade, e como são colocadas as notícias em termos de idéias e opiniões que tentam persuadir o público. Desde a primeira publicação, em 1972 , esta hipótese foi sendo continuamente testada em diversos experimentos e pesquisas. A profusão dessas pesquisas foi estimulada por diversos ramos teóricos que se propuseram a complementar ou a refutar as bases teóricas da hipótese do agendamento.



83. Re: A Casa caiu !

Paulo
paulo1205

(usa Ubuntu)

Enviado em 24/05/2017 - 16:32h

Giovanni_Menezes escreveu:

Caro Paulo1205

Já que se empenho tanto em criticar a sugestão dos colegas desse tópico, que apesar de não ver motivos porque são apenas sugestões, mas enfim, ninguém esta livre de criticas e você tem toda a liberdade para tal, poderia também dar uma ideia, já que criticar o que foi proposto e ao mesmo tempo não propor nada fica estranho não concorda ?


Não, não concordo.

Se eu não gosto de um quadro, sou obrigado a pintar outro melhor? Se eu não gosto de uma aula de Filosofia, sou obrigado a dar uma aula melhor? Se eu não gosto da atuação de um deputado, sou obrigado a me tornar político e a ser eleito? Se eu não gosto de uma ideia, porque ela terá impacto sobre a minha vida, sou obrigado a parar de fazer o que de mim se espera, a fim de gastar tempo com a elaboração e proposição de uma ideia melhor?

Minha repulsa pela proposta que você fez não é por causa de nenhuma agenda secreta da minha parte. Ela se baseia nos seguintes pontos:

1) A proposta é simplista demais: um punhado de ações tomadas por um punhado de pessoas supostamente legítimas resolveria tudo.

2) As ações propostas são violam as leis vigentes. Curiosamente, não se propôs a ação de mudar tais leis (exceto quando se falou, genericamente de realizar “alguns plebiscitos”, mas eles me pareceram vinculados apenas a escolhas quanto ao sistema de governo, no fim do processo).

3) Cassa justamente o Poder da República que teoricamente é o mais próximo do povo, que é o Legislativo.

4) É internamente incoerente: ao mesmo tempo em que presume culpa (uma aberração ao Direito, por sinal) em todos os políticos do Executivo e do Legislativo, a ponto de justificar a quartelada e o fechamento do Congresso, presume a inocência e idoneidade de ministros do STF e STJ, indicados por esses mesmos políticos.

5) O papel fundamental do STF não é julgar políticos, mas sim o de julgar casos em que o objeto de análise digam respeito diretamente a interpretação da Constituição, inclusive para anular projetos de lei ou mesmo leis já promulgadas que se choquem com a Constituição. O foro especial por prerrogativa de função (que, graças à Lava-Jato, caminha para a extinção sumária — e de modo irresponsável, para não variar) é uma atribuição secundária, cuja finalidade é garantir um mínimo de governabilidade e representatividade, sem que o presidente, ministros de Estado e Parlamentares tenham de ficar toda hora se ausentando de Brasília, caso venham a ser processados por qualquer pessoa em um foro em qualquer canto obscuro do país, ou em múltiplos foros ao mesmo tempo (coisa que membros da IURD costumam fazer contra cidadãos comuns a cada vez que o sr. Edir Macedo é criticado).

6) Não dá a entender quais seriam os “casos do dia a dia” que ficariam com o STJ, mas como o contexto da frase em que essa proposta está inserida é o de enquanto o STF fica dedicado a julgar políticos, parece que o STJ absorveria atribuições do STF. Essa transferência de responsabilidades é inconstitucional (mas isso acaba sendo mero detalhe, pois nada do que se propôs ligou para a Lei). Vale lembrar que o STJ, assim como o STF, tem seus membros nomeados pelo Presidente da República.

7) Institui penas perpétuas, imperdoáveis e impagáveis.

8) Assume-se que o processo de depuração será relativamente rápido e justo. Justiça sumária raramente é justa, pois a o preço da celeridade costuma acontecer às expensas do direito de defesa. Mas se se der o devido direito de defesa a CADA acusado, a coisa não será rápida, e corre-se o risco de que a operação precária dos tribunais superiores acabe prejudicando a população que deveria estar sendo por eles redimida.

9) A História mostra que revoluções salvadoras, que prometem ser breves na restauração da ordem, são sempre mentirosas a respeito da brevidade (vide a Espanha franquista e a nossa revolução de 1964) ou mesmo sobre a própria restauração da ordem (dependendo de como se entende “ordem”, nosso golpe de 1964 mentiu também nisso).

10) Plebiscitos soam como coisa muito democrática, mas são mais problemáticos do que a democracia representativa. O Congresso tem comissões como as de Ética, de Constituição e Justiça, de Direitos Humanos, de Relações Exteriores, entre outras, tem consultores, tem mecanismos de relacionamento com os demais Poderes. O povo tem a paixão, não raro imediatista e quase sempre autoindulgente, paixão essa que frequentemente, em pequena escala (ou nem tão pequena assim), produz eventos tais como linchamentos, vandalismos e saques. Além disso, sabemos o quanto a opinião pública é manipulável (inclusive, o listeiro_037 falou sobre o efeito de Agenda Setting).

11) Mais ainda: leis votadas num parlamento podem ser vetadas pelo Executivo (podendo o Congresso derrubar o veto) ou ser suspensas e anuladas pelo Judiciário, caso entrem em choque com a Constituição. Será que o Executivo e o Judiciário teriam coragem para ir contra uma eventual matéria aclamada em plebiscito, mas contrárias a Constituição ou a outras leis ou acordos de que o Brasil seja signatário?

12) Caso a consulta popular fosse apenas para dizer “sim” ou “não” para determinadas ideias concebidas em outros foros (a chefia do governo interino, ou mesmo o Congresso, depois de reaberto), o que se teria não seriam plebiscitos, mas referendos.

Tenho outras pequenas críticas ainda, mas já me alonguei demais.

Ou será receio de acabar propondo a continuidade do que ai esta, pode ficar tranquilo, pelo menos da minha parte respeitarei o direito de qualquer um pensar diferente de mim, apesar de as vezes defender meu ponto de vista de modo mais "enérgicos".


Ninguém aqui quer cassar esse seu direito. A crítica é coisa radicalmente diferente da censura.

Quanto a ser enérgico, não me incomoda. Eu também apelei pesadamente a uma forma dura de falar (e nem sempre muito fácil de compreender), quando usei sarcasmo e ironia.

Continuando, já que pelo que foi escrito acima, você não é a favor de fechar o congresso, de uma intervenção miliar e não confia no STF, ao mencionar TSE desdenho de plebiscito e eleição, gostaria de ver da sua parte uma sugestão para resolver o atual, eu disse atual momento do país, sem usar:

Sem STF
Sem Forças armadas
Sem TSE
Sem Plebiscito e Eleição


Por que eu deveria fazer isso? Eu não me coloquei contra nenhuma dessas instituições. Oponho-me é a seu uso contra a ordem legal.

Permita-me voltar um pouco no tempo.

Embora tenha havido algumas irregularidades que contribuíram para a adesão popular contra ela (como a revelação de gravações entre ela e Lula, obtidas sem qualquer tipo de autorização judicial, nem mesmo de primeira instância), Dilma II não caiu por golpe. Dilma II caiu porque deu margem para a abertura de um processo contra ela dentro da ordem legal _E_ porque perdeu apoio político no Congresso, que é quem podia julgá-la, também de acordo com a lei. Novas ilegalidades foram cometidas como consequência da queda (por exemplo: Lewandovski dispensando-a da pena prescrita na Constituição), mas o processo, em si, foi legal.

Eu estava entre os que foram às ruas nos protestos recordistas de participação em março de 2015. Muita gente foi à rua nesse dia. Havia quem defendesse intervenção militar, havia quem defendesse as “Dez Medidas contra a Corrupção”, havia os devotos de Moro, Dallagnol e da “Lava-Jato Doa-a-Quem-Doer” em geral, e gente que queria apenas o fim do desgoverno de Dilma II, sem prejuízo das Leis. Sempre que um dos grupos (cor)ruptores da ordem legal se aproximava, eu me afastava, e não emprestei minha voz a nenhum deles.

A possível queda de Temer não tem, até o momento, nenhuma justificativa legal, ainda que tenha diversas justificativas políticas. Por mais ou por menos que eu goste do Temer (e pode crer que está mais para por menos do que por mais), não vejo motivo legal para destituí-lo. Se houvesse, contudo, existem caminhos legais para o fazer.

Aliás, há potencialmente um caminho legal: a eventual cassação da chapa que elegeu, ao mesmo tempo, Dilma II e Temer. Com relação a esse caminho, como eu me posiciono? O julgamento não cabe a mim fazer (quando coube, em 2014, eu votei em outra chapa, que saiu derrotada). O que eu posso fazer é torcer para que se faça justiça e que se cumpra integralmente a lei. Posso também ter expectativas. E a minha expectativa é de que as coisas tendem a ser piores com um governo interino de Rodrigo Maia e com o pega-pra-capar de uma eleição indireta do que com a manutenção de Temer. Mas eu continuo torcendo pelo triunfo da lei.

Tal triunfo não deve se limitar ao Executivo, no entanto. A lei tem de ser seguida e cumprida entre os congressistas e entre cada servidor de Estado. Inclusive entre membros da PF, do MPF e da PGR.

Quando PF, MPF e PGR violam garantias fundamentais, inclusive constitucionais, há diversos tipos de perigos diferentes. Um que é óbvio, até porque já se manifestou recentemente em casos como a Satiagraha, é que a violação de garantias legais provoque o prejuízo de todo o processo. Daniel Dantas está solto, e Protógenes Queirós, por causa do seu afã de fazer justiça a qualquer preço, é réu, por cauda das irregularidades que cometeu. Eu odiaria que alguém sabidamente culpado saísse livre por causa de tecnicalidades em que os agentes a cargo da investigação tenham metido os pés pelas mãos.

Entretanto, existe um perigo ainda maior, que é o de se assumir que erros técnicos são irrelevantes, e se partir, institucionalmente e moralmente falando, para um fervor punitivo que viole o direito de defesa. Por que eu tenho simpatia pelos bandidos? Não!, mas porque o direito de defesa que o bandido tem é o mesmo direito que qualquer um de nós tem. Se esse direito é desrespeitado com ele, eventualmente com súmula vinculante (se for no STF), pode deixar de valer também para você e para mim.

Uma observação, sobre STF E STJ, o que eu disse era para o STJ continuar com os casos normais do dia dia, Crime, processos, coisas que envolve o dia dia da nação para os meros mortais brazucas que não tem foro privilegiado e vai trabalhar de ônibus, enquanto o STF, paralisa temporariamente seus trabalhos para se dedicar a resolver de uma vez por todas a Lava Jato, porque do jeito que ta, ninguém sabe nem se um possível sucessor do Temer sobrevive politicamente até 2018, pq no cenário atual ta sobrando até para jornalista.


Foi exatamente o que eu entendi. E por isso mesmo apontei como um problema na sua proposta, uma vez que STJ e STF têm papéis distintos, prescritos na Constituição.

Mas note uma coisa: não está sobrando para qualquer jornalista. Eu não soube de nenhum morista, lava-jatista ou mesmo petista e lulista fanático que tenha caído em desgraça (pode ser que tenha havido; se você souber, me diga). Perseguido mesmo, que eu saiba, só quem ousou apontar abusos cometidos pelo MPF e PGR.


84. Re: A Casa caiu !

Giovanni  M
Giovanni_Menezes

(usa Devuan)

Enviado em 24/05/2017 - 17:18h


Não, não concordo.

Se eu não gosto de um quadro, sou obrigado a pintar outro melhor? Se eu não gosto de uma aula de Filosofia, sou obrigado a dar uma aula melhor? Se eu não gosto da atuação de um deputado, sou obrigado a me tornar político e a ser eleito? Se eu não gosto de uma ideia, porque ela terá impacto sobre a minha vida, sou obrigado a parar de fazer o que de mim se espera, a fim de gastar tempo com a elaboração e proposição de uma ideia melhor?

Não é, mas criticar uma sugestão de melhora, com deboche, quando não se deu nenhuma, não pega bem.

Minha repulsa pela proposta que você fez não é por causa de nenhuma agenda secreta da minha parte. Ela se baseia nos seguintes pontos:

1) A proposta é simplista demais: um punhado de ações tomadas por um punhado de pessoas supostamente legítimas resolveria tudo.


Não é simplista, é o que da para fazer!!!!

2) As ações propostas são violam as leis vigentes. Curiosamente, não se propôs a ação de mudar tais leis (exceto quando se falou, genericamente de realizar “alguns plebiscitos”, mas eles me pareceram vinculados apenas a escolhas quanto ao sistema de governo, no fim do processo).


É logico que violam a lei, pq eu não defendo o atual sistema, eu sou do ponto de vista de jogar o atual sistema NO LIXO e criar um novo, e sua colocação não faz sentido, primeiro temos que definir o que se fara pós republica, depois que tiver ordem na casa e um novo sistema implantado, ai vamos nos preocupar com novas leis e também sou a favor de uma nova constituição, mas isso a longo prazo com o país em ordem.

3) Cassa justamente o Poder da República que teoricamente é o mais próximo do povo, que é o Legislativo.


Não, não é possível que no atual momento você acredite que existe algum poder proximo do povo..

4) É internamente incoerente: ao mesmo tempo em que presume culpa (uma aberração ao Direito, por sinal) em todos os políticos do Executivo e do Legislativo, a ponto de justificar a quartelada e o fechamento do Congresso, presume a inocência e idoneidade de ministros do STF e STJ, indicados por esses mesmos políticos.


Se justifica sim, quantos ali não são réu ? você ainda não viu que todos os partidos estão envolvidos, é caso de corrupção generalizada!
réu no meu conceito deveria ser automaticamente removido do cargo, coisa que não é permitida, e por exatamente isso que eu defendo jogar o atual sistema no lixo e fazer outro, ESSE PROVO QUE NÃO FUNCIONA, a lei hoje que você tanto defende é ferramenta hoje para proteger corruptos, Joesley e seus passeios por NY que o diga..

5) O papel fundamental do STF não é julgar políticos, mas sim o de julgar casos em que o objeto de análise digam respeito diretamente a interpretação da Constituição, inclusive para anular projetos de lei ou mesmo leis já promulgadas que se choquem com a Constituição. O foro especial por prerrogativa de função (que, graças à Lava-Jato, caminha para a extinção sumária — e de modo irresponsável, para não variar) é uma atribuição secundária, cuja finalidade é garantir um mínimo de governabilidade e representatividade, sem que o presidente, ministros de Estado e Parlamentares tenham de ficar toda hora se ausentando de Brasília, caso venham a ser processados por qualquer pessoa em um foro em qualquer canto obscuro do país, ou em múltiplos foros ao mesmo tempo (coisa que membros da IURD costumam fazer contra cidadãos comuns a cada vez que o sr. Edir Macedo é criticado).


Não entendi a crítica, seja como for, só podem ser julgados no atual momento pelo STF, que se faça isso logo.

6) Não dá a entender quais seriam os “casos do dia a dia” que ficariam com o STJ, mas como o contexto da frase em que essa proposta está inserida é o de enquanto o STF fica dedicado a julgar políticos, parece que o STJ absorveria atribuições do STF. Essa transferência de responsabilidades é inconstitucional (mas isso acaba sendo mero detalhe, pois nada do que se propôs ligou para a Lei). Vale lembrar que o STJ, assim como o STF, tem seus membros nomeados pelo Presidente da República.


Já deixei bem claro no post passado, cuidar dos casos do dia dia de quem não tem foro privilegiado, redundância.

7) Institui penas perpétuas, imperdoáveis e impagáveis.


É claro, o dano desses vagabundos é irreversível, quanta gente já não morreu porque dinheiro que poderia ir para saude ou segurança foi gasto na copa, em desvios para caixa 2 de partidos e etc etc etc..., no minimo uma perpetua para alguns políticos sem vergonha.


8) Assume-se que o processo de depuração será relativamente rápido e justo. Justiça sumária raramente é justa, pois a o preço da celeridade costuma acontecer às expensas do direito de defesa. Mas se se der o devido direito de defesa a CADA acusado, a coisa não será rápida, e corre-se o risco de que a operação precária dos tribunais superiores acabe prejudicando a população que deveria estar sendo por eles redimida.


E faz o que ? não julga ninguém porque pode não se justo o julgamento ?? obs: ninguém falo em recusar direito de cada um se defender.

9) A História mostra que revoluções salvadoras, que prometem ser breves na restauração da ordem, são sempre mentirosas a respeito da brevidade (vide a Espanha franquista e a nossa revolução de 1964) ou mesmo sobre a própria restauração da ordem (dependendo de como se entende “ordem”, nosso golpe de 1964 mentiu também nisso).


De novo, e vai fazer o que com o país ? sentar olhar e chorar ?


10) Plebiscitos soam como coisa muito democrática, mas são mais problemáticos do que a democracia representativa. O Congresso tem comissões como as de Ética, de Constituição e Justiça, de Direitos Humanos, de Relações Exteriores, entre outras, tem consultores, tem mecanismos de relacionamento com os demais Poderes. O povo tem a paixão, não raro imediatista e quase sempre autoindulgente, paixão essa que frequentemente, em pequena escala (ou nem tão pequena assim), produz eventos tais como linchamentos, vandalismos e saques. Além disso, sabemos o quanto a opinião pública é manipulável (inclusive, o listeiro_037 falou sobre o efeito de Agenda Setting).


Você prefere deixar nas mão do Temer, Maia, Renan ?


11) Mais ainda: leis votadas num parlamento podem ser vetadas pelo Executivo (podendo o Congresso derrubar o veto) ou ser suspensas e anuladas pelo Judiciário, caso entrem em choque com a Constituição. Será que o Executivo e o Judiciário teriam coragem para ir contra uma eventual matéria aclamada em plebiscito, mas contrárias a Constituição ou a outras leis ou acordos de que o Brasil seja signatário?

Não me interessa a constituição, o que interessa e a vontade da maioria, o principio da democracia é fazer valer a vontade da maioria, se a vontade da maioria não prevalece então estamos em um estado totalitário, o que é mais importante, a vontade da maioria da nação ou uma norma constitucional criada a 30 anos ? eu fico com a vontade da nação e eu vou repetir com outras palavras para ver se me faço entender, EU NÃO DEFENDO CONCERTAR O QUE AI ESTA, EU DEFENDO JOGAR NO LIXO E FAZER ALGO NOVO, O QUE ESTA AI, FALIU!!!!

12) Caso a consulta popular fosse apenas para dizer “sim” ou “não” para determinadas ideias concebidas em outros foros (a chefia do governo interino, ou mesmo o Congresso, depois de reaberto), o que se teria não seriam plebiscitos, mas referendos.

O formato pode ser discutido posteriormente, o importante é a nação ser consultada.








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