O Projeto GNU e o Linux: Uma combinação de sucesso

Apresentação do GNU/Linux. Prolegômenos do Projeto GNU. Prolegômenos do Linux. História do GNU. Surgimento do Linux. O GNU/Linux no Mundo. Considerações.

[ Hits: 17.464 ]

Por: Italo Muryllo Tosta em 15/01/2013


Conhecendo o GNU/Linux



O GNU/Linux é um sistema operacional democrático, livre e poderoso. Ele é capaz de operacionalizar desde máquinas obsoletas à mainframes. Para se ter uma ideia, em um computador 586 MMX com 64 MB de memória e 60 MB de disponibilidade de um disco rígido é possível ter o GNU/Linux rodando. Mas isso não é tudo, segundo Bonan "se você for radical, poderá usar o sistema GNU/Linux em um ou dois disquetes sem precisar de disco rígido, porque, poderá fazer todo trabalho via rede e em modo gráfico".

Hoje em dia, é possível trabalhar com GNU/Linux em CDs, pendrives e dual boot. Ademais, tamanha importância, segurança e estabilidade do GNU/Linux que 94% dos superpoderosos mainframes (Supercomputadores) do planeta utilizam o sistema como operacional.

Mark G. Sobell define muito bem, em seu livro - Um Guia Prático Linux - um Sistema Operativo, sobretudo, a ligação GNU/Linux: "Um sistema operacional é um software de baixo nível que agenda tarefas, aloca o espaço de armazenamento e lida com as interfaces para os hardwares periféricos, como impressoras, unidades de disquete, monitor, teclado e mouse. Um sistema operacional possui duas partes principais: o Kernel e os programas de sistema. A primeira aloca os recursos da máquina a serem utilizados, incluindo aí memória, espaço de discos e os ciclos da CPU, para outros programas que são executados no computador. Já a segunda operação de alto nível, geralmente atuando como servidor em uma relação cliente/servidor (...)".

Poderíamos aqui descrever, simploriamente, o primeiro exemplo como Linux e a segunda definição como GNU.

Isso não é tudo. Stallman em seu texto - Linux e o projeto GNU, com veemência, busca esclarecer lacunas, principalmente para o usuário iniciante, entre o Projeto GNU e o Linux. Começa argumentando que por uma reviravolta espetacular o GNU, largamente utilizada hoje é mais conhecido como Linux, o que configura um erro didático e processual. Há o Linux que é o núcleo (Kernel) e ele por si só não faz coisa alguma. Normalmente é utilizado em combinação com o sistema operacional GNU. O que muitos não sabem é quando o Linux terminou de ser escrito o projeto de Richard Stallman já estava quase acabado.

E Stallman continua: "Se tentássemos que medir a contribuição do projeto GNU dessa forma, o que concluiríamos? Um distribuidor de CD-ROM percebeu que em sua 'distribuição Linux', software GNU era o maior contingente único, por volta de 28% de todo o código-fonte, e isso incluía alguns dos componentes essenciais sem os quais não poderia haver sistema. O Linux representava por volta de 3%. Assim, se você for escolher um nome para o sistema baseado em quem escreveu os programas no sistema, a escolha simples mais apropriada seria 'GNU'". Mas esse não é o objetivo do Projeto, não se pode vê-lo como um emaranhado de software, um pacote de programas. "O objetivo do Projeto GNU era desenvolver um sistema operacional livre similar ao Unix".

Tamanha importância do Projeto que alguns programas são essenciais para existência do sistema, como o montador (assembler) e o editor de ligação (linker). Um sistema completo necessita mais do que simplesmente ferramentas de programação.

No início dos anos 90, a equipe GNU consegue agrupar todo sistema ao núcleo (Linux), uma vez que o GNU Hurd ainda estava em estágio de desenvolvimento.

Pessoas puderam então colocar o Linux junto com o sistema GNU para compor um sistema livre completo: um sistema GNU baseado em Linux (ou sistema GNU/Linux, para simplificar).

Devido à versalidade de uso, há inúmeras distribuições GNU/Linux no mercado. Augusto Campos argumenta que: Uma distribuição (distro) como é conhecido, é um Sistema Operacional Unix-like e outros softwares de aplicação, formando um conjunto. Existem inúmeras empresas que utilizam e patrocinam estas distros como a Canonical (Ubuntu), Red Hat (Fedora), openSUSE, Mandriva. Há também distros mantidas apenas pela comunidade open source como o Projeto Debian e Gentoo.

Tem-se uma grande variedade de distribuições no mercado que podem ser conferidas pelo leitor neste sítio:
O GNU/Linux é um sistema pronto. Permite navegação web, recursos de entretenimento e multimídia, pacote Office, editor de imagem, editor de vídeo, editor de gráficos, relógio integrado, gerenciador de rede, papéis de parede animados, gerenciador de energia, utilitário de disco, nada de confusões de antivírus e spywares, uma suíte de software para seu computador rodar e atender prontamente as suas necessidades.

    Próxima página

Páginas do artigo
   1. Conhecendo o GNU/Linux
   2. O que é o GNU e um pouco de sua história
   3. O que é o Linux e um pouco de sua história
   4. O GNU/Linux no mundo
   5. Considerações finais
Outros artigos deste autor

Configuração da interface KDE

Guia pós-instalação do Fedora 21

Guia pós-instalação do Fedora 18 (Spherical Cow)

Da programação ao IDE NetBeans

Leitura recomendada

Um pouco sobre transição Windows/Linux

Trabalhando dentro de outro Linux (que não o de Boot) do Disco Rígido - Método para iniciantes

Introdução ao Arch Build System

Gerenciadores de pacotes GNU/Linux

GNOME vs KDE - Usabilidade ou Personalização

  
Comentários
[1] Comentário enviado por albfneto em 15/01/2013 - 21:48h

Esse artigo é excelente, detalhado e vasto. Favoritado. parabéns!

É isso aí, o GNU/Linux está no seu Android, no seu celular, na sua TV digital, mesmo que vc não saiba que é Linux...

Ele cresce. Muitos diriam que ninguém usa linux, mas isso não é bem Verdade. Mesmo nos Desktops está aumentando.

Em servidores, domina.

O linux já preucupa a MS e outras empresas de software proprietário, talvez pq elas saibam que quando (questão de tempo) um Desktop Linux for tão fácil de usar pelo público quanto um Desk Windows, ou um Tablet, ou um celular...

quem vai pagar por um SO?...

[2] Comentário enviado por italotosta em 16/01/2013 - 16:23h

Obrigado pelo comentário albfneto. Espero que com este artigo possa ter tirado algumas dúvidas.

[3] Comentário enviado por MarceloTheodoro em 17/01/2013 - 08:33h

Muito legal o artigo. :)
Pretendo me aprofundar mais nesse tema de universo GNU no futuro.

E realmente, questão de tempo até Linux dominar desktops também. Esse ano, em relação a jogos vai ser interessante!
Steam, blizzard... :D

[4] Comentário enviado por italotosta em 23/01/2013 - 12:55h

MarceloTheodoro, muito obrigado. Também acredito que assim que grandes empresas de games passarem a produzir para o GNU/Linux haverá uma expansão maior em dektops. É só aguardar!

[5] Comentário enviado por M4rQu1Nh0S em 26/01/2013 - 15:41h

Artigo de qualidade profissional!!
eu avalio em nota 10 pois várias fontes foram consultadas, mas a questão é que eu gostei...
Obrigado pelo Artigo...

já abri mão de jogos na minha placa pra usar Linux, desde que eu testei o debian 6.0 tive curiosidade em experimentar sob o desafio de usar net discada, jogar games no windows... etc.

mas alguns desafios foram superados e posso usar (e tô usando) linux :D
desde que eu vi que sou livre pra fazer do linux o que eu quero de um S.O. Windows se tornou apenas um produto com alvos de ataques...

nota 10.

[6] Comentário enviado por italotosta em 26/01/2013 - 16:34h

M4rQu1Nh0S muito obrigado pela nota 10. Realmente muitas fontes consultadas a fim de enriquecer o trabalho.


Contribuir com comentário




Patrocínio

Site hospedado pelo provedor RedeHost.
Linux banner

Destaques

Artigos

Dicas

Tópicos

Top 10 do mês

Scripts