Implementando um servidor de domínio

Esse artigo descreve passo a passo os procedimentos para levantar um servidor de domínio em sua rede Linux/Windows, esses procedimentos foram testados e está em produção em 5 sites, utilizado o sistema CentOS 4 com Samba 3. Estou realizando testes com LDAP Master e Slave e assim que terminar estarei publicando.

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Por: Breny Ricardo Martins Coelho em 17/06/2008


Criando compartilhamentos e suas permissões



As configurações feitas aqui subscrevem as feitas na seção [global]. Se, por exemplo, o micro 192.168.0.5 possui permissão para acessar o sistema, mas o mesmo foi incluído no parâmetro host deny de um compartilhamento específico, ele poderá acessar outro compartilhamentos do sistema, mas não o compartilhamento aonde estiver a opção host deny com o seu ip.

path - O parâmetro path é o mais importante, pois indica justamente qual diretório do Linux será compartilhado. O nome do compartilhamento "[compartilhamento]" diz apenas como que ele será identificado no Ambiente de Rede do Windows, que não precisa ser necessariamente o mesmo nome do diretório do Linux.

Observação: É necessário que o usuário que forem acessar o compartilhamento possua o mesmo nível de permissão no diretório do Linux que foi compartilhado, por exemplo, se você criar um compartilhamento para o diretório teste no Samba, as permissões de acesso ao mesmo no Linux precisa permitir isso, mas para isso você pode utilizar o modo gráfico no Linux para configurar as permissões para o diretório ou utilizar o chmod para atribuir as permissões para o usuário, caso contrário o usuário não conseguirá acessar ou alterar o diretório, mesmo que as permissões no Samba permitam.

Sintaxe:

path = /home/samba # Informa ao Samba qual é o caminho do diretório que você esta compartilhamento.

comment - Permite que você escreva um breve comentário sobre o compartilhamento.

read only - Determina se o diretório ficará disponível apenas para leitura (opção yes) ou se os usuários poderão também gravar arquivos (opção no).

available - Essa opção especifica se o compartilhamento está ativado ou não. Você pode desativar temporariamente um compartilhamento configurando essa opção como no. Não é necessário utilizar essa opção com o valor yes, pois se o compartilhamento não estiver essa opção o Samba assume que o compartilhamento esta ativo.

Sintaxe:

available = no


host allow ou host deny - Informa ao Samba quais os computadores que poderão ter acesso aos compartilhamento, baseando-se em nomes ou IPs dos computadores.

Essas opções podem ser usada diretamente no compartilhamento ou na seção [global] do Samba, caso seja utilizada na seção [global], qualquer computador poderá ou não acessar todos os compartilhamentos no servidor Samba.

Sintaxe:

Host allow = 192.168.1.10/32 10.1.1. micro01 # Informa ao Samba que esse IP poderá acessar o compartilhamento.

browseable - Essa opção permite configurar se o compartilhamento aparecerá entre os outros compartilhamentos do servidor no Ambiente de Rede do Windows, ou se será um compartilhamento oculto, que poderá ser acessado somente por quem souber que ele existe e que tenha permissão para tal acesso.

Sintaxe:

browseable = yes # Faz com que o compartilhamento fique oculto.
browseable = no # O compartilhamento será visualizado no Ambiente de Rede.

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Páginas do artigo
   1. Implementando servidor de arquivos e autenticação - Samba DC
   2. Criando o grupo para o administrador
   3. Adicionando o usuário administrador no Samba
   4. Configurando o Windows para o domínio com o Samba
   5. Criando compartilhamentos e suas permissões
   6. Desabilitando o Home Profile
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Comentários
[1] Comentário enviado por JulioAnizio em 18/06/2008 - 00:38h

Muito util seu artigo.

[2] Comentário enviado por genetico em 18/06/2008 - 00:38h

Gostei muito do seu artigo, ele é simples e objetivo, muito bom mesmo.
Não sou muito bom em samba, talvez minha pergunta seja uma bobeira, porem gostaria de saber se tem como eu conseguir fazer igual ao ad onde posso setar diretivas para as maquinas dos clientes como:
Setar o wallpaper padrão, impedir o usuário de instalar programas (essas coisas), impedir de determinado perfil ou usuário executar algum programa ou recurso do windows (acho que o nome perfil mandatorio) ?

Vlw, seu artigo foi muito bom.

[3] Comentário enviado por lord_roxton em 18/06/2008 - 11:08h

No SAMBA não tem como aplicar diretivas de segurança (GPO) como em um servidor AD. Basicamente o SAMBA funciona como um autenticador para os clientes Windows e também como servidor de arquivos!

William

[4] Comentário enviado por maran em 18/06/2008 - 12:49h

Bom o artigo em si, esta legal, Samba é uma solução que eu gosto muito, da pra faze muita coisa.
Faltou ou não vi, se for isso me desculpe, você demostrar como pode ser feito a criação automatica das contas usando o admin user, pois digamos que minha rede tem 500 micro, eu preciso cria 500 contas na mão, lógico que não para isso existe o parâmetro

add machine script = useradd - g pdc -c "Máquina de Domínio" -s /bin/false -d /dev/null %u

Simples não é?
A conta será criada assim que a máquina engressar no domínio.
Mas os clientes teram de ingressar a máquina usando a conta do administrador de domínio.
Outra coisa que vale lembrar:
Nas versões do Samba anteriores a 3 o parâmetro add machine script deve ser substituido po add user script.

Bom com isso diantamos bem o nosso lado em...

Bom ai você usa a conta do admin, mas ingressa rapidamente as máquinas, feito isso é so mudar o usuario admin, para não ter problemas.

Vlw, um abraço

[5] Comentário enviado por genixsky em 18/06/2008 - 14:32h

Bom dia a todos.

Maran.
É realmente possível configurar o Samba para que ele mesmo cadastre a estação, mas não costumo realizar esse procedimento nos sites, pois realizo o controle manual das máquinas que eu quero no domínio e as que devem ficar de fora.

Genetico.

O que o lord_roxton disse, em parte esta certo, o Samba não trabalho com GPO como conhecemos no AD, mas realizo a administração de algumas tarefas dos usuários através do Windows, utilizando o Samba como um ajudante, por exemplo, eu utilizo o netlogon para configurar os papeis de parede, Internet Explorer, WSUS, registro de Dlls para um sistema utilizado na minha rede, onde todos os usuários precisam ter acesso.
Foi bom você ter tocado nesse assunto, pois vou documentar esse procedimento com o netlogon para administração das estações.


[6] Comentário enviado por genixsky em 18/06/2008 - 17:09h

Acabei de colocar o conteudo sobre política no Samba e estou no aguardo da aprovação pelo pessoal da VOL

[7] Comentário enviado por genetico em 18/06/2008 - 23:26h

Quando você fala em netlogon seria aquela [netlogon] do samba ou seria o via scripts BAT ou os dois ? (como já disse não sou muito bom em SAMBA, me desculpe qualquer besteira que tenha falado)
E o LDAP ? também serviria pra fazer isso ou estou enganado ?
Legal, você lançar um novo artigo dedicado a isso.
Você, pode dizer qual o nome do próximo artigo pra gente acompanhar.

[8] Comentário enviado por genixsky em 19/06/2008 - 12:52h

Bom dia Genetico, então estava me referindo ao compartilhamento do Samba chamado de netlogon, essa idéia de netlogon vem do Windows, pois esse conceito existe também no AD, a idéia é o seguinde o Samba já possui uma configuração padrão que já esta em seu arquivo smb.conf referente ao [netlogon] esse compartilhamento é buscado automaticamente pelas estações WIndows, quando as mesmas fazem parte de um domínio, e elas verificam se existe um script dentro desse compartilhamento com o nome do usuário que esta tentando realizar o logon, caso ela encontre, esse script é executado automaticamente pelo Windows.

Um dos problemas que eu encontro com o Samba é o fato do mesmo não fornecer uma forma de redundância, ou seja, se o meu único servidor Samba que é o autenticado do domínio parar o pessoal na rede não vai conseguir acessar os arquivos que estão dentro das unidades mapeadas pelo Samba e isso se torna um caos na rede, existe formas, que eu chamo de WA (Work Around) um conceito muito utilizado aqui em Santos-SP, que é possível através do RSYNC e alguns outros macetes deixar o Samba redundante, mas não é 100% confiável e eu não gosto muito dessa idéia.

O LDAP é um serviço que o pessoal utiliza para centralizar todos os logins e informações de usuários e utilizam o Samba para consultá-lo, a grande vantagem disso é que o código do LDAP foi criado para trabalhar com redundância, ou seja, posso ter dois, três ou mais servidores LDAP, todos replicando as informações dos usuários e caso o principal pare o Samba realiza a busca para autenticar os usuários em outros servidores LDAP, parece uma coisa simples de configurar, mas já estou trabalhando a seis meses nesse ambiente com o LDAP e posso dizer que estou nos 60% de concluir, assim que terminar, vou publicar aqui.

Não sei se você sabe mais o AD da Microsoft utiliza o protocolo LDAP o mesmo que pretendo integrar com o Samba, só que o AD já esta bastante maduro, o meu objetivo é deixar o Samba de igual para igual com o AD, estou aguardando o Samba versão 4 ficar estavel, pois conversei com o time do Samba e nessa versão parece que ele vai oferecer mais suporte a características que o AD possuí.

[9] Comentário enviado por genixsky em 21/06/2008 - 05:40h

Pessoal, segue o link do VOL que complementa esse artigo:
http://www.vivaolinux.com.br/artigos/verArtigo.php?codigo=8378

[10] Comentário enviado por comfaa em 28/10/2008 - 12:50h

bem legal

[11] Comentário enviado por santosflau em 21/02/2009 - 20:18h

Excelente artigo, esta bem aprecido com meu samba, porem vc tem o mesmo problema de que as estações win 2003, não conseguem puxar a lista de usuarios do sistema?

E por isso no win 2003 eu trabalho com grupo de trabalho.

[12] Comentário enviado por XimenesWambach em 12/06/2009 - 11:23h

Muito bom o artigo
Parabpens

[13] Comentário enviado por emarone em 25/06/2009 - 14:37h

As máquinas da minha rede não estão encontrando o controlador de domínio, esta aparecendo a mensagem que o servidor não pode ser encontrado e foi de repente que isso aconteceu. Será que alguém tem alguma solução para isso.
Desde já obrigado


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