Basic Linux: Como instalar no HD

Tutorial sobre a instalação do Basic Linux em máquinas antigas e/ou modestas, do tipo "486 DX-alguma-coisa" com um monitor colorido, resolução de 800x600, entrelaçado, e que tenha apenas 16MB de memória. Ah, e um HD Seagate de apenas 131MB. Teclado-padrão, mouse serial e um drive de disquetes, ou qualquer arranjo semelhante. Quer mais modesto que isso?

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Por: Sergio Teixeira - Linux User # 499126 em 07/01/2009


Testando!... Testando!...



Somente poderemos testar se tivermos sucesso com a instalação. Caso tenha dado qualquer zebra, reveja o passo-a-passo e veja onde está o erro.

Eu tive um errinho idiota no comando da montagem e levei um tempão para descobrir a falha. Por causa disso o install-to-hd já estava cansado de dizer: "não há nenhum sistema de arquivos EXT2, pô!...".

Primeiro teste: testar e corrigir o sistema de arquivos

Na tela de boas-vindas (Welcome) tecle enter para ativar o console e comande:

# e2fsck /dev/hda1

Sem essa providência o sistema vai ficar constantemente reclamando (no meio daquela verbosidade toda). Estando tudo OK, e depois de algum processamento, o sistema retornará uma mensagem dizendo algo como "clean". Tá limpo!

Segundo teste: A interface gráfica

Comande para entrar no gerenciador JWM:

# startx .

É uma desolação só: um fundo azul-escuro (NavyBlue) com uma barra cinza-claro (Silver) e mais nada. No canto inferior esquerdo há um retângulo com as letras JWM (Joe's Window Manager, o que seria algo quase como "Gerenciador de Janelas do Zé". Um nome nada comercial, não?). Clicando-se sobre esse retângulo teremos acesso a um pequeno menu em Inglês.

É ele que nos dará acesso às nossas "pajelanças" para fazer o Basic Linux ficar do jeito que a gente quer.

Mingau quente se come pelas beiradas, então vamos devagar: nós ainda não temos acentos disponíveis. Está tudo em Inglês.

Até mesmo a turma da Bósnia e Herzegovina ou da Itália, da Alemanha, França, Rússia etc, começa com o BL3 em idioma não-nativo e depois coloca um conjunto de caracteres compatíveis. Ou não.

Contudo a esmagadora maioria prefere o GNU/Linux em modo texto, o que facilita bastante as coisas para eles. Aqui para nós, que já nos acostumamos com a interface gráfica, a coisa é diferente.

Mas vamos lá para o item "modify settings" (modificar configurações).

É importante ressaltar que no Basic Linux trabalhamos no modo gráfico com a mesma facilidade que no modo texto, através do xterm que no frigir dos ovos é um terminal "X" (como o próprio nome sugere).

IMPORTANTE: A qualquer momento em que tenhamos à nossa disposição um prompt de comando, se experimentarmos o comando "whoami" a resposta do sistema será sempre "root". No entanto, em alguns casos algumas permissões serão negadas, e alguns dispositivos estarão inexplicavelmente "ocupados" (device busy). Mas se voltarmos para o diretório / tudo volta ao normal.

Portanto, se você deseja trabalhar com passwords (senhas), terá de importar toda essa implementação da Slackware 4.0. Ora, eu já disse isso.

Partimos do pressuposto de que por ser uma instalação desktop haverá apenas um usuário, o que dispensaria - até certo ponto - a utilização de uma senha. Fica para você decidir.

Ficam para os próximos artigos os tutoriais para uma modificação mais profunda.

See you later, alligator!...

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Páginas do artigo
   1. Primeiras considerações
   2. Considerações sobre a instalação do Basic Linux
   3. Instalação passo-a-passo do Basic Linux
   4. Testando!... Testando!...
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Comentários
[1] Comentário enviado por removido em 07/01/2009 - 17:23h

este é o homem do "basic linux"...
;-)

[2] Comentário enviado por cvv em 08/01/2009 - 04:11h

Impressionante o amor e a dedicação ao Basic Linux que esse cara tem!!!

Vou testá-lo numa máquina virtual, :D

abraços

[3] Comentário enviado por maran em 08/01/2009 - 07:48h

Grande Teixeira,
Outro excelente trabalho, poxa lembro daqueles disquetes ;D
Belo trabalho, agora sim entendemos perfeitamnete este seu processo de instalação!
Realmente muito bom!
Grande abraço meu velho!

[4] Comentário enviado por jansen.kurumin em 08/01/2009 - 10:18h

Bom para iniciantes heuheuehuheu blza......

[5] Comentário enviado por Teixeira em 08/01/2009 - 21:30h

Na verdade esse artigo deveria ter sido enviado há muito tempo.
Estava meio perdido por aqui, pois tive dois crashes de HD em intervalos muito curtos
(problema de bios - "Botaram um Idiota Operando o Sistema") e não cheguei a enviá-lo na época certa.
Agradeço aos colegas pelos comentários favoráveis, e me alegro também por ter
conseguido "tirar o Fábio Maran da toca" (rsrsrs)...

[6] Comentário enviado por pinduvoz em 09/01/2009 - 01:24h

Esse sabor de Linux, pelo que eu entendi, precisa do DOS.

Serviria o FreeDOS?

[7] Comentário enviado por xxis em 09/01/2009 - 10:34h

Cara gostei muito
tava procurando uma distro dessa
to com um projeto de colocar linux em uma escola
mas os pcs de la sao tudo 386
nao achava nenhum linux bom pra essa situação

valeu

[8] Comentário enviado por Teixeira em 09/01/2009 - 21:08h

pinduvoz,
BL3 não precisa do DOS. É GNU/Linux puro.
O que acontece é que existe uma versão paralela (DOS version)
que roda dentro de um "loop" no DOS.
(Tenho um 486 dx4/100 da IBM com 16MB RAM, rodando BL3
de dentro do DOS).
Os disquetes onde se irá gravar qualquer das versões de BL3 são
formatados no formato DOS (1.44MB), apenas para facilitar as coisas.
O primeiro disco (floppy 1) ocupa cada um desses 1.44MB e portanto
não pode ter nem sombra de "bad blocks".

xxis,
os 386 não são uma boa pedida, a não ser que você abra mão da
interface gráfica e trabalhe exclusivamente em modo texto.
Aï eles são bem rápidos e robustos, exigindo pouquíssima manutenção,
visto que não têm os atuais problemas de aquecimento e nem exigem
fontes de alimentação muito poderosas.
Qualquer fonte de mais de 100W será mais que suficiente para um 386.

O problema da interface gráfica é que exige um mínimo de 12MB RAM
para poder dar algum resultado, sendo que seria mais honesto
falarmos em 16MB.

Conforme já comentei em alguns outros artigos, é difícil - e até
impossível - instalar mais de 4MB em um 386, além do que a
melhor performance desses micros é rodando DOS/Windows 3.11
com os aplicativos da época, que se estendem ate mesmo aos programas
de gerenciamento comercial escritos em Clipper Summer 87.
Ou em Paradox 3.x (Um excelente banco de dados da Borland, que
veio ceder espaço para o Delphi).
Tudo muito antigo, porém perfeitamente funcional, limpo e rápido.

Prefiro o Linux ao Windows por inúmeras razões, mas neste caso específico
tenho de reconhecer que o Linux naquela época não estava preparado
para competir em iguais condições no quesito "desktop".

Estou situando BL3 na faixa que atende BEM a usuários de 486 até Pentium mmx,
incluindo os "instáveis e problemáticos" K6 (*).

Acima disso, eu recomendaria uma outra distro com um kernel mais moderno,
tipo DSL ou Puppy Linux (kernel 2.4.x)
E se o micro tem USB, o mais acertado será utilizar uma distro que utilize
um kernel a partir do 2.6.x

O problema dos micros antigos é saber conciliar "recursos de hardware"
com o "kernel" e a "memória RAM".

(*) Na verdade, não são "os K6" que são problemáticos e/ou instáveis,
mas sim "as motherboards de terceira linha" que chegavam ao Brasil via bote
pelo Rio Iguaçu. Essas motherboards eram facilmente reconhecidas,
pois tinham anotações feitas com marcador de tinta prateada ou preta.
Muitas placas "vindas de Miami" já passaram também pelo Rio Iguaçu e
tinham o mesmo tipo de anotações...



[9] Comentário enviado por Teixeira em 10/01/2009 - 11:36h

E se desejar ter disquetes formatados na capacidade de 1,722MB é muito fácil:

mknod /dev/fd0u1722 b 2 60

Insira um disquete comum de 1,44MB que seja 100% à prova de erros (zero bad blocks) e prossiga:

fdformat /dev/fd0u1722

ai então você terá um belo disquete formatado com 1,722MB, porém ainda sem um sistema de arquivos.

Para ter o EXT2 (padrão do BL3), é só fazer

mke2fs /dev/fd0u1722

Agora, se o disquete tiver algum defeito que seja, nada disso será possível pois BL3, a exemplo das demais distribuições Linux, é extremamente exigente.

[10] Comentário enviado por ice2642 em 12/01/2009 - 07:01h

Muito bom o Artigo, parabéns.

quanto aos diskets, se nao me falha a memoria, vc precisa tambem tampar um dos furos dele, aqueles laterais onde um se usa para proteger contra gravaçao, o outro, com fita adesiva, ou ele da erro e nao formata em single side. mas nao é certesa, ja faz ceculos q nao vejo um discket na minha frente.

[]'s

[11] Comentário enviado por ice2642 em 12/01/2009 - 07:03h

opa, esquece o lance do discket, é sono, entendi que vc queria gravar 720kb o de 1,4 :)

foi mals.

[12] Comentário enviado por Teixeira em 12/01/2009 - 11:02h

Já que tocamos no assunto, um disquete de 3,5" tem duas janelinhas retangulares nos extremos inferiores.
Olhando de frente (do lado onde está estampada a marca de fábrica) somente deveremos ver a janelinha
da direita desprotegida (ela na verdade não tem proteção alguma).
A janela da esquerda deverá estar fechada. Este é o "default" de um disquete quando sai de fábrica.
Se as duas janelinhas estiverem desprotegidas, o disquete se torna "read only", isto é,
protegido (por hardware) contra gravação.
Então não adianta nem a "oração-do-sapo-seco" porque se a janela esquerda estiver aberta,
será IMPOSSÍVEL gravar qualquer coisa no disquete - inclusive usar utilitários como o scandisk ou o
defrag do Windows.
Não precisa fita adesiva, a janelinha esquerda já vem com uma tampinha do tipo "slide".
A direita não deve ser obstruída em hipótese alguma. Ela serve apenas para o sensor de presença
de disquete no drive.

[13] Comentário enviado por ashmsx em 22/08/2009 - 16:33h

eu tenho umas placa mãe 386sx, assim que eu conseguir uma controladora ide eu as ponho para funcionar e testo esse BL... ainda tem na internet um tutorial do piter punk colocando o slack numa máquina assim, uma 'googlada' é o suficiente para ter acesso a estas valiosas informações. acredito que implementado alguma das dicas do piter punk no bl3 a coisa toda rode muito bem, se alguém tiver alguma ideia, é muito bem-vindo


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