Usar Linux ao invés de Windows: há um porquê? [RESOLVIDO]
13. Re: Usar Linux ao invés de Windows: há um porquê? [RESOLVIDO]
edsonneto
(usa KUbuntu)
Enviado em 22/05/2017 - 23:33h
Acredito realmente que essa tenha sido a melhor resposta, mas vou hesitar até que apareçam mais. Sinto muito que falar sobre "a era do touch" tenha soado incômodo, mas eu não conseguiria fazer uma pergunta minimamente sincera sem isso. Aliás, queria até dizer que não é fruto de televisão não, o termo foi descaradamente copiado de um artigo, consideravelmente coerente, inclusive, que encontrei por aqui mesmo, no Viva O Linux.Ainda me incomoda um pouco que, diante dos escândalos de vigilância em massa, eu não consiga, por exemplo, encontrar um serviço de nuvem seguro e gratuito, por exemplo. Talvez esse fosse o Ubuntu One, mas já se foi. O SpiderOak possui uma proposta genial também, mas é tão radical que prejudica a usabilidade.
Sobre as distribuições estarem se fechando sobre si mesmas, eu de fato me referia à valorização do uso do terminal, por exemplo. Ele, em alguns momentos, especialmente nos mais apressados, me pareceu consideravelmente incômodo. A ausência de alguns softwares também estava em mente, mas os responsáveis por isso não são os criadores das distribuições e, nesse sentido, cometi uma falha grosseira.
hrcerq escreveu:
Por favor, não vamos começar a falar em pirataria. Tudo bem que ela é consequência de um modelo de negócio baseado na escassez artificial, mas isso não a torna uma prática lícita, e tampouco ética.
Mas enfim... por que acho que vale a pena usar o Linux? Além do já exposto pelos colegas, entenda que é muito importante as pessoas terem escolhas. E no Linux temos muitas escolhas. Podemos escolher o ambiente gráfico (ou não usar ambiente gráfico, o que é muito útil em servidores), podemos escolher o tipo de gerenciamento de pacotes (o que inclui a opção de não usar nenhum também), podemos escolher quando faremos atualizações (e de quais programas), enfim, a própria escolha da distro é uma grande escolha que abarca várias outras e é influciada por políticas da distro referentes a lançamentos, programas pré-instalados, repositórios utilizados, etc. Tudo isso pode ser escolhido.
Além disso, não faz sentido usar anti-vírus a não ser que esteja preocupado com a possibilidade de transferir arquivos para usuários de Windows e estes serem infectados com algo que pra você não representa risco algum, mas pra eles sim. E a política de permissionamento no Linux é bastante rigorosa e se você não for maníaco por habilitar permissões onde elas não são necessárias estará razoavelmente seguro.
Por fim, mas não menos importante, você mesmo já deu uma das respostas... os escândalos da vigilância em massa. Isso pra mim é um atentado contra a democracia. Quando você decide denunciar práticas ilíticas, por exemplo, precisa ter a tranquilidade de que não será perseguido depois. Além disso, a maioria dos trabalhos de engenharia social são feitos com base em informações obtidas sobre suas vítimas. A falta de privacidade pode representar um risco à sua segurança.
Quanto ao terminal na "era do touch"... pra não ser indelicado vou dizer que isso é fruto de muita televisão. Uma tecnologia não exclui a outra. Terminais não são coisa arcaica, se fosse assim a Microsoft não estaria se esforçando tanto para trazer o Bash e outros utilitários do projeto GNU para o sistema das janelas. Terminais continuam sendo úteis e existem tarefas que podem ser muito mais produtivas neles.
Isso que você menciona de que as distribuições estão fechadas sobre si mesmas não ficou claro pra mim. O que isso quer dizer?
---
Atenciosamente,
Hugo Cerqueira
Por favor, não vamos começar a falar em pirataria. Tudo bem que ela é consequência de um modelo de negócio baseado na escassez artificial, mas isso não a torna uma prática lícita, e tampouco ética.
Mas enfim... por que acho que vale a pena usar o Linux? Além do já exposto pelos colegas, entenda que é muito importante as pessoas terem escolhas. E no Linux temos muitas escolhas. Podemos escolher o ambiente gráfico (ou não usar ambiente gráfico, o que é muito útil em servidores), podemos escolher o tipo de gerenciamento de pacotes (o que inclui a opção de não usar nenhum também), podemos escolher quando faremos atualizações (e de quais programas), enfim, a própria escolha da distro é uma grande escolha que abarca várias outras e é influciada por políticas da distro referentes a lançamentos, programas pré-instalados, repositórios utilizados, etc. Tudo isso pode ser escolhido.
Além disso, não faz sentido usar anti-vírus a não ser que esteja preocupado com a possibilidade de transferir arquivos para usuários de Windows e estes serem infectados com algo que pra você não representa risco algum, mas pra eles sim. E a política de permissionamento no Linux é bastante rigorosa e se você não for maníaco por habilitar permissões onde elas não são necessárias estará razoavelmente seguro.
Por fim, mas não menos importante, você mesmo já deu uma das respostas... os escândalos da vigilância em massa. Isso pra mim é um atentado contra a democracia. Quando você decide denunciar práticas ilíticas, por exemplo, precisa ter a tranquilidade de que não será perseguido depois. Além disso, a maioria dos trabalhos de engenharia social são feitos com base em informações obtidas sobre suas vítimas. A falta de privacidade pode representar um risco à sua segurança.
Quanto ao terminal na "era do touch"... pra não ser indelicado vou dizer que isso é fruto de muita televisão. Uma tecnologia não exclui a outra. Terminais não são coisa arcaica, se fosse assim a Microsoft não estaria se esforçando tanto para trazer o Bash e outros utilitários do projeto GNU para o sistema das janelas. Terminais continuam sendo úteis e existem tarefas que podem ser muito mais produtivas neles.
Isso que você menciona de que as distribuições estão fechadas sobre si mesmas não ficou claro pra mim. O que isso quer dizer?
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Atenciosamente,
Hugo Cerqueira