Hardware antigo no Arch Linux e outras distribuições

Publicado por Sidnei Serra em 21/09/2025

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Hardware antigo no Arch Linux e outras distribuições



O Linux, de um modo geral, tenta deixar o sistema o mais compatível possível com hardware mais antigo ou mesmo mediamente antigo para que aquela máquina que "não roda mais Windows" possa ser usada de novo, evitando assim um gasto desnecessário de fundos para fazer o mesmo que uma máquina nova faria. O problema é quando com tanta coisa velha os desenvolvedores precisam tirar certas coisas do kernel para que ele não fique gigante já que isso demanda processamento para usar o que precisa.

Uma das coisas que acabam ocorrendo nessa "purificação" do kernel é justamente a retirada de módulos que podem ser necessários para que determinados dispositivos possam ser reconhecidos e/ou ativados no sistema e é comum vermos kernels mais novos - como o do Arch - não reconhecerem alguns dispositivos que em outras distribuições funcionam. Aí taxam o sistema de "não reconhecer nada" mas não é por aí se o usuário tiver um pouco de calma nessa hora. É realmente chato quando nos sugerem determinada distribuição dizendo que "é a melhor disso ou daquilo" e aí o usuário vai tentar usar e dá alguma zika na bagaça.

Uma das formas de se remediar isso no Arch é usar o kernel LTS, que mantém o suporte a hardware antigo que o kernel mais novo não provê.
Linux: Hardware antigo no Arch Linux e outras distribuições
Como mostrado na figura, o kernel LTS está na versão 6.12.47-1 (pouca coisa mais novo que o atual kernel do Debian 13 que é o 6.12.43) na data de escrita dessa dica enquanto que o kernel mais novo do Arch é o 6.16.18. Esse fenômeno (dispositivos que param de funcionar nos kernels mais novos) é inerente das distribuições de Linux e aquelas mais "espertas" compilam seus sistemas para ainda manter suporte ao hardware legado mesmo que isso insira no sistema uma pequena perda de performance. E esse é realmente um problema pois há situações onde não é possível manter "o novo e o velho" no mesmo kernel devido a limites de pacotes, sejam nas versões ou disponibilidade dos mesmos para não conflitarem entre si.
Para instalar o kernel LTS no Arch, abra o Terminal e digite:

sudo pacman -S linux-lts linux-lts-headers

Depois de instalado, reinicie a máquina e, no boot, escolha a entrada LTS. Se ficar tudo ok, podemos fazer uma mudança pra fazer o Grub "grubar" essa entrada como a principal (last used). Abra o Terminal e digite:

sudo nano /etc/default/grub

Procure pelas linhas e deixe-as conforme abaixo (o que tiver # tire-a e mude o que estiver entre aspas):
  • GRUB_DEFAULT="saved"
  • GRUB_SAVEDEFAULT="true"

Salve e feche com CTRL+O e CTRL+X. Ainda no Terminal digite:

sudo sudo grub-mkconfig -o /boot/grub/grub.cfg

Isso recriará as entradas do Grub e o kernel (ou boot) padrão selecionado será o último que foi dado na máquina. O mesmo pode ser tentado em outras distribuições no que se refere ao uso de um kernel mais antigo que esteja presente no sistema ou no repositório, mudando o comando de update do grub para - por exemplo - sudo update-grub (no Debian e "similares").
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