Talvez um dos "servidores Jabber" mais utilizados atualmente, o Wildfire conta com uma interface muito bonita, completa e de fácil administração.

Descompacte o pacote onde lhe for mais cômodo. Neste exemplo, logado como root, extrai em /usr/local:

# cd /usr/local
# tar zxvf wildfire_3_0_1.tar.gz
# ls wildfire

Os scripts para criação do banco a ser utilizado pelo Wildfire estarão dentro de /usr/local/wildfire/resources/database. Há um script para cada um dos SGBDs suportados. No nosso caso, utilizaremos o arquivo chamado "wildfire_postgresql.sql". Por questões de estética* para elaboração deste documento, copiei este arquivo para o diretório /tmp, com acesso de leitura para todos os usuários.

# cp /usr/local/wildfire/resources/database/wildfire_postgresql.sql /tmp
# chmod a+r /tmp/wildfire_postgresql.sql

Vamos então criar o banco. Primeiramente devemos nos logar como "postgres" (se ainda estivermos logado como root) e então importar o script:

# su postgres
$ psql -d wildfire -f /tmp/wildfire_postgresql.sql

* Aqui entra a questão de estética que mencionei agora há pouco: se eu fosse utilizar todo o caminho original onde o arquivo se encontrava, não caberia todo o comando em uma única linha. Coloquei-o em um "path" menor para adequar às margens deste documento. Depois de importado o script, o mesmo pode ser excluído do /tmp (pelo usuário root).

Você verá uma grande quantidade de "notices" de CREATE TABLE e alguns INSERTs. Para dar uma olhada na estrutura das tabelas que foram criadas, execute:

$ psql wildfire
wildfire=# \d
wildfire=# SELECT * FROM jiveusers;

Você poderá observar que somente um usuário foi criado, e exatamente o administrador do Wildfire. Note que o usuário é "admin" e a senha também. Nesta etapa, te aconselho a abrir outra console e logar como root, assim teríamos uma logada com o usuário postgres e outra com o super-usuário. Então, na console do root, execute:

# /usr/local/wildfire/bin/wildfire start 1> /dev/null

Quando lhe for solicitado que pare o serviço, basta executar:

# /usr/local/wildfire/bin/wildfire stop

Ótimo: nosso servidor está sendo executado, e está escutando a porta 9090. Verifique:

# nmap localhost

A saída deve ser algo semelhante à:

Starting nmap 3.93 ( http://www.insecure.org/nmap) at 2006-07-26 02:34 BRT
Interesting ports on localhost (127.0.0.1):
(The 1666 ports scanned but not shown below are in state: closed)
PORT         STATE   SERVICE
22/tcp   open   ssh
5432/tcp   open   postgres
9090/tcp   open   zeus-admin

Nmap finished: 1 IP address (1 host up) scanned in 0.291 seconds

Parabéns. A parte de instalações do servidor foi concluída com sucesso. Podemos acessar a console administrativa e configurá-lo a partir do navegador de qualquer estação, informando o IP do servidor ou o seu hostname no DNS (http://messenger.playboy.com.br:9090 ou http://69.171.38.254:9090).

Na primeira tela do "Setup", vamos informar o idioma em que preferimos utilizá-lo. Por comodidade, vamos alterar a seleção para Português Brasileiro (pt_BR) e acionar o botão Continue:

Agora, já com a interface toda traduzida, vamos dar continuidade no processo de configuração, informando o endereço IP ou hostname do servidor, e as portas (segura e não-segura) de acesso da console e então acione o botão Continuar. Sugiro que você configure bem o seu DNS e utilize o hostname, para ficar mais elegante:

Na tela que se segue, iremos informar se pretendemos utilizar uma conexão padrão de banco de dados externo ou o banco de dados interno do wildfire (HSQLDB). Como utilizaremos o PostgreSQL, selecionaremos a primeira opção e acionaremos o botão Continuar:

Vamos agora configurar as informações que o driver JDBC irá utilizar para se conectar ao PostgreSQL. Dentro do formulário, vamos selecionar as predefinições do driver de banco de dados adequadas ao PostgreSQL. Automaticamente será selecionada org.postgresql.Driver como sendo a classe do driver JDBD. Na URL do banco de dados, vamos informar qual é a máquina onde o PostgreSQL está instalado e a base que será utilizada pelo Wildfire.

Como o SGBD está instalado na mesma máquina que está instalado o Wildfire, na porta padrão e utilizaremos o banco de dados que criamos anteriormente, devemos então informar a seguinte URL:

jdbc:postgresql://localhost:5432/wildfire

No nome de usuário, vamos informar aquele login que criamos anteriormente para administrar o PostgreSQL, ou seja, postgres. Como não atribuímos uma senha a este usuário, o campo destinado à senha deve ficar em branco. Obviamente, em uma máquina de produção, você irá querer que tal usuário tenha uma senha e irá informá-la aqui. Nas três próximas textboxes iremos informar as quantidades mínimas e máximas, respectivamente, de conexões ao banco que o pool de conexões irá manter e o tempo (em dias) para que o pool de conexões seja reciclado. Não precisa alterar os valores padrões.

Na próxima tela (a última da parte de configuração inicial do servidor), iremos cadastrar o e-mail e a senha do usuário admin que, no nosso caso, será, respectivamente administrator@playboy.com.br e asdfasdf. Feito isso, pressione o botão Continuar:

Muito bem, você deve receber uma mensagem informando que a configuração básica foi concluída com sucesso, e você poderá clicar no link que aparece na tela seguinte para efetuar logon na console administrativa. E como é bonita esta tela de login do Wildfire!!!