Migrando para Linux sem medo (parte 2)

Este artigo narra um pouco de outros detalhes de minhas experiências e frustrações na migração para o tão excelente Sistema Operacional Linux.

[ Hits: 25.062 ]

Por: Perfil removido em 06/12/2006


Melhorando o aprendizado



O Kurumin 4.0 agradou-me pela aparência por ser tão diferente do Windows, mas decepcionava em várias coisas. Uma delas foi a instalação de programas pelo ícone mágico, que aborrecia-me bastante. Mas antes de perder tempo com isso, fui conhecendo o sistema melhor, tudo pela interface gráfica e gostei muito, principalmente pela modificação da aparência sem necessidades de softwares de terceiros.

De fato, confesso que apenas estava gostando do Linux 10%, pois ainda não satisfazia minhas necessidades. Como o Windows XP estava tudo bonitinho, não pensava em migrar assim tão rápido, pois o Linux precisava amadurecer. Por isso, no Kurumin, fazia apenas trabalhos básicos e modificações de visual.

Tempos depois decidi comprar livro e encontrei na livraria "Kurumin Linux - Desvendando Seus Segredos". Li profundamente e com ânsia de aprender mais, e descobri muitas coisas, principalmente em relação a instalação de programas pelos ícones mágicos que necessitava de internet -, o que não sabia. Decidi mudar para a versão 5.1, e mais coisas fui aprendendo, mas não conseguia configurar a internet discada, pois na época não possuía banda larga. Já quebrei a cabeça por não ter conseguido configurar meu modem LM I56N DA LG pelos drivers que acompanhava no Kurumin, mas só consegui quando soube que um colega estava precisando de dinheiro e necessitava vender seu modem HSF Conexant. Baixei o driver do modem e no Kurumin 5.1 funcionou beleza. Após isso, migrei para a versão 6.0 e o modem continuava funcionando perfeitamente.

Outro dia decidi instalar o Conectiva 10. Neste sistema, o primeiro erro foi devido ao Grub não ter carregado corretamente e reinstalei-o, dando certo em seguida. Gostei também do Conectiva 10 por apresentar melhor aparência e recursos que o Kurumin. Além disso, como estava iniciando no Linux, tive uma tremenda dor de cabeça para retirar o CD no drive quando utilizava o Kurumin e não sabia que o CD ficava preso; fui saber após pesquisa e leitura. No Conectiva 10 foi facilidade -, basta ejetar o CD e nada mais.

Alguns dias depois vi na banca uma revista que falava de Slackware 10. Comprei e instalei. Fiquei surpreso pelo sistema deixar-me na mão, pois no Slackware tudo é feito manualmente -, eu possuía as ferramentas, mas não sabia usá-las. A instalação procedeu sem problemas e o Gerenciador de Boot - Lilo - mostrou o Windows XP, mas não exibiu a partição para que eu pudesse acessar os arquivos como fazia no Kurumin. Decidi reinstalar e o segredo estava em adicionar ao arquivo /etc/fstab a partição hda1, onde o Windows XP estava instalado, durante a instalação; foi desta forma que procedi, a não ser que tenha alguém que saiba fazer isso após a instalação no HD.

Também experimentei o Mandriva 2006 FREE. Muito boa a interface e extremamente simples de trabalhar, além da poderosa ferramenta de detecção de hardware. A instalação procedeu sem a menor dificuldade.

O SuSE Linux 10 foi uma tremenda decepção após instalá-lo no HD. Ao reiniciar o micro, todo o processo de detecção de hardware e habilitação de serviços procedeu da forma normal, mas ao iniciar o X, a tela ficava toda preta com o símbolo de "Hz" flutuando. Após diversas tentativas e nada feito, pela última vez, decidi reinstalar (pois ainda não conhecia o caminho melhor de resolver este problema, na época) e optei pela seleção de um outro monitor no final da instalação, ao invés daquele que foi detectado pelo próprio SuSE -, e funcionou bem, restando ainda corrigir as tarjas pretas nos cantos da tela. Ainda há muito que detalhar todo o processo que passei com as diversas distros, mas preferi resumir para não estender demais este artigo.

Página anterior     Próxima página

Páginas do artigo
   1. Introdução
   2. Melhorando o aprendizado
   3. O resultado
Outros artigos deste autor

LibreOffice - Utilizando macro para preencher um documento no Writer

Gerencie suas informações através de instruções SQL com selects turbinados (para leigos e experts)

Atualizando o seu KDE sem dores de cabeça

Bootsplash no Slackware - HowTo

Conexão wireless ad-hoc no Ubuntu - relato de experiência

Leitura recomendada

Palavras, expressões e celebridades do mundo do software livre

Instalação do Debian Linux (passo-a-passo)

Referência de aplicativos para quem está começando no mundo GNU/Linux

Melhores Distribuições Linux Voltadas Para Servidores

Comandos básicos do Linux

  
Comentários
[1] Comentário enviado por thelinux em 06/12/2006 - 14:07h

Migrar não é um aspecto fácil e principalmente se for num ambiente corporativo.

Para um usuário que quer usar o computador para acesso a net, bate-papo, edição de textos, a máquina já tem que vir preparado com tudo isto, se não a decpção vai ser grande.

Já no ambiente corporativo é super complicado. Tem que ter uma equipe em paralelo desenvolvendo para ambiente Linux, tem que manter a mesma equipe para dá o suporte no que já tem de Windows, Unix, Mainframe.
É isso.

[2] Comentário enviado por tenchi em 07/12/2006 - 15:28h

Olha kra, acho que na verdade considera-se como migração, a mudança de sistemas de uma empresa.
Para o usuário comum, não há muita coisa para se fazer, somente algumas adaptações, que podem ser feitas quelquer hora. No tempo livre. Já numa empresa, as coisas têm prazos. Há uma série de pesquisas para se saber se cada passo que se dá está certo. Já para o usuário, é só pegar um cd, colocar num gravador, e instalar. Se não funcionar, tenta de novo. E assim vai.
Eu também tive uma série de problemas quando comecei a usar linux - tais como impressora, etc -, mas eu nem ligava, pois sabia que era somente questão de tempo para arrumar a casa. Não precisei me preocupar se os usuários conseguiriam se adaptar bem ao novo ambiente ( até porque eu era o único usuário.. ;) ), nem se a minha produtividade ia cair ( o que não aconteceu), e muito menos se havia ferramentas compatíveis com os para windows.
Eu ainda sou um padawan em linux, e acho que O gnu/linux ainda tem muito (muito mesmo) o que melhorar.
Aqui no meu computador eu uso linux e windows, e não tenho vergonha disso. Eu não estou diminiundo o meu uso do windows, mas sim aumentando minha experiencia no linux. Espero um dia não depender mais do windows, também porque ele é pirata (disso eu me envergonho.. rsrrs), mas por enquanto este é um mal necessário.
Mas é sempre bom compartilhar as nossas experiências, sejam elas boas ou não. Neste caso, o que vale é o aprendizado. Que faz com que as experiências uma hora ou outra fiquem boas...
Falow..


[3] Comentário enviado por lutamos em 07/12/2006 - 15:49h

Quando vejo as mensagens acima, me lembro de muita coisa. Alguns anos atrás comecei a usar o SUSE, e com um pouco de paciência, ficou tudo funcionando: Internet, P2P, MSN,Email,Camera Digital, Etc, Etc.
Não tive problema algum, o problema é que os usuários querem tudo na mão, engraçado que na época do DOS, todo mundo digitava comandos.
E se for falar em ambiente coorporativo, é um pouco mais complicado, mas temos muitos Cases de sucesso por aí, basta pesquisar e trabalhar para fazer dar certo ! Ainda mais hoje com aplicações que não dependem de um OS especifico para funcionar, até os bons sites de hoje são Cross Browsers, rodam bem em qualquer browser.
Não tem desculpa, é claro que prefiro um "AD" no 2003 do que usar o Samba com um monte de parafernálias, questão de "Trabalho x Benefício"..hehe

[]'s Alexandre Pereira

[4] Comentário enviado por ferretics em 07/12/2006 - 19:08h

Iniciei no Mundo Linux dessa mesma forma, por curiosidade. Também mimha distro foi o Kurumim, mais logo apaixonei-me pelo conectiva, que pena que acabou, pelo menos seu legado continua no Mandriva. Atualmente uso o suse por necessidade da faculdade.

[5] Comentário enviado por Edershc em 10/12/2006 - 21:00h

eu to começando agora e to curtindo muito, uso o kurumin linux e vivo no VOL lendo artigos e fazendo perguntas.

[6] Comentário enviado por agk em 11/12/2006 - 19:37h

Sou usuário de GNU/Linux desde 1999, tive passagens por conectiva, red hat e diversas outras distros, mas comecei a usar GNU/Linux de forma séria e profissionalmente em 2003 quando conheci o Debian.
A primeira coisa que fiz foi abandonar de vez meu Windows no trabalho. Analisei os pontos necessários e percebi que não havia motivos sólidos que me prendessem ao Windows. No começo foi difícil, a cada obstáculo encontrado eram dias de pesquisa e leitura para resolver o problema, não me arrependo, valeu apena, consegui aprender muita coisa.
Fazem uns dois meses que migrei 100% para Linux em casa e estou plenamente satisfeito, placa da ATI configurada, placa de TV/FM funcionando redondo, p2p, torrents, gravação/conversão de formatos de audio/video, jogos, faço tudo e um pouco mais que eu fazia no Windows.
Utilizo o Ubuntu 06.06 TLS em casa e no trabalho Debian para Servidores e estou testando o Ubuntu nas estações.
[ ]'s a todos.


Contribuir com comentário




Patrocínio

Site hospedado pelo provedor RedeHost.
Linux banner

Destaques

Artigos

Dicas

Tópicos

Top 10 do mês

Scripts