Conceitos de criptografia com chave simétrica e assimétrica

Uma breve introdução sobre alguns conceitos de criptografia, que são largamente utilizados em vários serviços e ferramentas de segurança e no entanto é comum termos algumas dúvidas sobre seu funcionamento básico.

[ Hits: 47.460 ]

Por: Rodrigo Gomes em 21/08/2004


A necessidade de chaves assimétricas



A criptografia de chave simétrica se aplica perfeitamente na comunicação de 1 para 1, mas vamos agora pensar em uma situação diferente, em que João precise trocar informações criptografadas com várias outras. Inicialmente, isso é simples: basta João dar a cada uma dessas pessoas uma cópia de sua chave criptográfica. No entanto, isso traria algumas implicações na segurança:
  • 1° A mensagem que João enviou para uma pessoa desse grupo pode ser lida por todas as outras.
  • 2° Qualquer um pode mandar uma mensagem afirmando que esta foi enviada por João.

A solução para esses problemas é o uso de chaves assimétricas, ou seja, a chave usada para criptografar é diferente da chave usada para decriptografar. Infelizmente não é possível mostrar um exemplo simples como o "algoritmo" de João e José descrito anteriormente, pois a criptografia de chave assimétrica é uma operação complexa por natureza; por isso vamos apenas acreditar que funciona :)

Existe portanto um par de chaves: uma é a Chave Pública (distribuída para todos) e a outra é a Chave Privada (como diz o nome, guardada em segredo). Se quero enviar uma mensagem para João, devo criptografa-la utilizando a chave pública dele, utilizando um algoritmo de chave assimétrica.

Os dados criptografados com a chave pública só podem ser decriptografados com a chave privada, garantindo que ninguém mais terá acesso ao conteúdo da mensagem (CONFIDENCIABILIDADE). Da mesma forma, quando João precisar me enviar uma mensagem esta deve ser criptografada utilizando minha chave pública e só eu poderei abrí-la.

Fica assim solucionado o problema da Confidenciabilidade, mas como a criptografia foi feita com a chave pública (que todos têm acesso) não é possível comprovar a origem da mensagem. Também é possível que alguém me diga: "Olá eu sou o João, essa é minha chave pública. Criptografe suas mensagens com ela para que eu possa abri-las". Como saber se não é alguém mal-intencionado se fazendo passar por João???

Além do mais, em todos esses exemplos não foram utilizados mecanismos para garantir a Integridade dos dados.

Como se percebe, essa foi apenas uma visão inicial sobre o tema; indo um pouco além podemos chegar à solução dos problemas citados acima, através do uso de Hash, Assinatura Digital e Certificados Digitais.

Espero poder em breve complementar esse artigo falando um pouco sobre esses assuntos.

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Páginas do artigo
   1. Introdução
   2. Mudando o algoritmo para utilizar chave simétrica
   3. A necessidade de chaves assimétricas
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Comentários
[1] Comentário enviado por y2h4ck em 21/08/2004 - 10:22h

Da hora cara, acho que voce poderia pensar para no futuro um arquivo sobre algo mais concreto usando crypto: PGP, PKI, Certificados Digitais e criptografia para VPNs etc :)

mas ficou legal o artigo.

regards

Spawn Locoust

[2] Comentário enviado por laudelino7 em 21/08/2004 - 15:13h

beleza de artigo!

[3] Comentário enviado por cage em 21/08/2004 - 21:22h

Gostei desse artigo... seria interessante postar mais pra frente algo sobre criiptografia em sites, como funciona, aqueles certifados e tal ....

[4] Comentário enviado por zehrique em 22/08/2004 - 12:21h

Bom artigo, Gomes. ;)
E só complementando, o conceito de Certificados Digitais é muito interessante.
Quando tiver algo na "agulha" manda bala que vai repercutir bastante, creio eu.

Abraços à toda a comunidade.

[5] Comentário enviado por thiagoabb em 24/01/2005 - 18:58h

Interessante seu artigo... aguardamos os proximos ... hehe..

Flw

[6] Comentário enviado por gersonraymond em 22/02/2008 - 20:18h

Explicou de forma bastante clara, parabéns pelo artigo.


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