Quem faz a arte é o designer, não o programa!

1. Quem faz a arte é o designer, não o programa!

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BiaMonteiro

(usa Arch Linux)

Enviado em 29/12/2018 - 23:41h

É incrível: quando as pessoas pensam em edição de imagens, a primeira coisa, ou uma das, que as pessoas pensam é no Photoshop, o software proprietário da Adobe de edição de imagens. Mais incrível que essa associação é o número de usuários desse programa. Diversos conhecidos meus que nem da área gráfica são o utilizam em suas residências, e se for um designer gráfico, é "obrigação" dele ter plenos conhecimentos em Photoshop. Certamente a Adobe deve possuir trilhões ou quadrilhões de dólares com tantas licenças vendidas.

Por que não usar o GIMP? Ele é gratuito, leve, livre e multiplataforma, e com certeza atenderá muito bem aos artistas. Pelo menos, recomendaria que esses profissionais testassem sem preconceitos o software do projeto GNU, para ver se realmente supre suas necessidades. Artista não precisa de ferramenta específica para desenvolver suas obras.

O que importa é talento. Porém, entendo que muitos profissionais precisam de produtividade. No mundo em que vivemos, "tempo é dinheiro", deve-se trabalhar em diversos projetos e entregá-los cumprindo prazo. Nesse caso, digo: continue testando o GIMP. O GIMP é ágil, prático e traz consigo ferramentas incríveis. Se não o atender, teste outro software. Simples.

Deixarei um vídeo interessante para vocês assistirem. Nele, um artista desenvolve um desenho de papai noel muito bem feito utilizando o famoso Microsoft Paint, um editor de imagens muito simples:



  


2. Re: Quem faz a arte é o designer, não o programa!

Lima Júnior
lmJR

(usa Debian)

Enviado em 30/12/2018 - 00:10h

Meu primo é designer gráfico, muito criativo, e já fiz ele testar o GIMP ao invés de Photoshop+Corel que ele sempre usa.
Ele achou muito divertido e legal, só demorou um pouco pro aprendizado porque testava quando não tinha trabalho, e o ponto que ele citou, como único que não permitia ele usar o GIMP em definitivo: falta de alguns recursos que agilizam justamente na produtividade, fazendo com que ele tivesse que fazer "gambiarras" demoradas pra chegar ao mesmo resultado.
Acredito que esse seja o fator que mais pesa.


3. Re: Quem faz a arte é o designer, não o programa!

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BiaMonteiro

(usa Arch Linux)

Enviado em 30/12/2018 - 00:13h

lmJR escreveu:

Meu primo é designer gráfico, muito criativo, e já fiz ele testar o GIMP ao invés de Photoshop+Corel que ele sempre usa.
Ele achou muito divertido e legal, só demorou um pouco pro aprendizado porque testava quando não tinha trabalho, e o ponto que ele citou, como único que não permitia ele usar o GIMP em definitivo: falta de alguns recursos que agilizam justamente na produtividade, fazendo com que ele tivesse que fazer "gambiarras" demoradas pra chegar ao mesmo resultado.
Acredito que esse seja o fator que mais pesa.

Fico pelo menos feliz sabendo que ele testou. Se não irá atendê-lo profissionalmente, pode usar outro software.
O seu primo é uma das poucas pessoas que pelo menos testam outros sistemas. É difícil encontrar alguém que queira usar outro editor senão o Photoshop.


4. Re: Quem faz a arte é o designer, não o programa!

Lima Júnior
lmJR

(usa Debian)

Enviado em 30/12/2018 - 00:23h


BiaMonteiro escreveu:

Fico pelo menos feliz sabendo que ele testou. Se não irá atendê-lo profissionalmente, pode usar outro software.
O seu primo é uma das poucas pessoas que pelo menos testam outros sistemas. É difícil encontrar alguém que queira usar outro editor senão o Photoshop.


Ele é curioso e altamente criativo, um pouco preguiçoso pra usar Linux, mas o último contato que ele teve foi há um bom tempo, quem sabe agora com Mint ou Manjaro eu mostre a ele haha


5. Re: Quem faz a arte é o designer, não o programa!

Perfil removido
removido

(usa Nenhuma)

Enviado em 30/12/2018 - 13:30h

Esse é o ponto: similaridade e produtividade. Não que seja obrigado a ser similar, mas ao menos deve ser produtivo.

Por exemplo, o DraftCAD tem formas diferentes para projetar uma simples casa térrea. Sua forma de projetar é reinvenção da roda e pode ser que alguém consiga ser produtivo neste aplicativo. Eu já tentei e não consigo. E mesmo que ele salve no formato ".dwg", não sei porque raios tem versões do AutoCAD que não abrem plantas criadas do DraftCAD.

Já os outros aplicativos que uso, infelizmente não tem similar no Linux.


6. Re: Quem faz a arte é o designer, não o programa!

Rodrigo
omag0

(usa Debian)

Enviado em 30/12/2018 - 13:53h

Tudo parece muito bonito. Gratis e tudo mais
Mas quando você está em um meio corporativo, de alta competitividade, uma coisa é fundamental para quem usa um software:
Suporte.
Não sei se o Gimp tem sistema de suporte pago, mas depender de um fórum comunitário para resolver seus problemas pode lhe custar caro demais, mas até que assinar o Adobe por exemplo


7. Re: Quem faz a arte é o designer, não o programa!

Hugo Cerqueira
hrcerq

(usa Outra)

Enviado em 30/12/2018 - 15:57h

omag0 escreveu:

Tudo parece muito bonito. Gratis e tudo mais
Mas quando você está em um meio corporativo, de alta competitividade, uma coisa é fundamental para quem usa um software:
Suporte.
Não sei se o Gimp tem sistema de suporte pago, mas depender de um fórum comunitário para resolver seus problemas pode lhe custar caro demais, mas até que assinar o Adobe por exemplo


Acabei me lembrando agora quando eu trabalhei algum tempo atrás com Oracle. Obviamente, a Oracle oferece suporte a seus produtos, mas devo dizer que em todos os casos em que um chamado foi aberto, a solução ou era encontrada antes do chamado oferecer algum retorno útil ou era deixada de lado. O chamado servia apenas para que pudéssemos dizer que algo "oficial" estava sendo feito sobre o problema. O que quero dizer com isso? Que suporte pago pode ser útil, mas nem sempre o é.

E ele tende a ser mais útil quando o modelo de negócio de uma empresa é justamente baseado no suporte, e não na venda de licença. Se a venda de licença é a principal fonte de receita, por que se preocupar com a qualidade do suporte? É uma questão de números, o que oferece mais retorno é o que terá mais atenção.

Essa relação entre licença paga (modelo de aluguel de software) e suporte pago é uma relação falsa. Uma coisa não depende da outra. Você pode ter suporte pago a software livre do mesmo modo que pode ter suporte gratuito a software proprietário.

Em todas as vezes que precisei oferecer uma solução a problemas relacionados a Oracle (e não foram poucas), encontrei a solução em blogs especializados ou fóruns, nunca veio do suporte. Posso dizer o mesmo de outros produtos com que trabalhei, inclusive alguns de código aberto, como acontece hoje.

Caro mesmo é pagar por um suporte que não tem a devida atenção porque a licença já foi vendida.

---

Atenciosamente,
Hugo Cerqueira

Devuan - https://devuan.org/


8. Re: Quem faz a arte é o designer, não o programa!

Rodrigo
omag0

(usa Debian)

Enviado em 30/12/2018 - 19:11h

Hugo.
Concordo que muitas vezes software com sistema de mensalidade nem sempre significa bom suporte.
Já tive cadost que o suporte era porco. E o que fiz como consumidor?
Migrei para a concorrência.
Por incrível que pareça, sempre obtive ótimos retornos com o suporte da Microsoft.
Melhor até que o da AWS.
Mas reforçando, nem sempre pagar significa que o suporte será de qualidade, mas, pelas minhas experiências, geralmente o é


9. Re: Quem faz a arte é o designer, não o programa!

Hugo Cerqueira
hrcerq

(usa Outra)

Enviado em 30/12/2018 - 19:28h

omag0 escreveu:

Hugo.
Concordo que muitas vezes software com sistema de mensalidade nem sempre significa bom suporte.
Já tive cadost que o suporte era porco. E o que fiz como consumidor?
Migrei para a concorrência.
Por incrível que pareça, sempre obtive ótimos retornos com o suporte da Microsoft.
Melhor até que o da AWS.
Mas reforçando, nem sempre pagar significa que o suporte será de qualidade, mas, pelas minhas experiências, geralmente o é


Bom, evidentemente que assim como o suporte pode ser ruim, pode ser bom também, e o fator concorrência é decisivo nisso. Quanto mais concorrência houver, melhores as chances de achar um suporte decente.

Mas meu ponto é o seguinte: o GIMP tem uma comunidade ativa e uma documentação bastante detalhada, e pode ser extendido para inclusão de novas funcionalidades. Quando não se tem expertise para isso, sempre é possível contratar um profissional. Nesse sentido, você sempre poderá incorporar novas funcionalidades e poderá continuar usufruindo delas livremente, além de estar contribuindo para a melhoria da ferramenta. Não terá que esperar que o fornecedor compre as suas dores e faça o que você precisa.

Em casos assim, convém fazer um experimento, pra justamente avaliar o quanto é realmente necessário contratar um suporte especializado. Acho que sempre vale a pena fazer um test-drive.

---

Atenciosamente,
Hugo Cerqueira

Devuan - https://devuan.org/


10. Re: Quem faz a arte é o designer, não o programa!

Paulo Bonfanti
pbonfanti

(usa Debian)

Enviado em 31/12/2018 - 07:40h

Eu já tive aulas de gimp, e de certa forma a curva de aprendizado é mais difícil. até já sugeriram algumas mudanças de interface nele que o tornariam bem mais interessante mas a coisa não foi pra frente. Acho que nem foi considerado.
Normalmente funciona assim, empresas pagam licença de software e suporte, você é obrigado a aprender o que elas usam. E elas compram o que todo mundo uso porque assim não gastam dinheiro treinando funcionários, aí fica o ninho Corel, Photoshop, Autocad , etc.
É um problema do ovo e da galinha, e parte disso devido a pirataria, porque se as pessoas pagassem por todo photoshop que usam para trabalhar ou estudar, alternativas livres seriam muito mais buscadas.
Outro fator é que a maior parte dos cursos gráficos é sobre como "usar o software" e não sobre os principios e técnicas de um modo geral.







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