"Minhocas", Filosofia, Habilidades e Futuro

1. "Minhocas", Filosofia, Habilidades e Futuro

Anderson Matias da Silva
4nderson

(usa Debian)

Enviado em 03/05/2019 - 11:56h

Chifres e minhocas são coisas que colocam em sua cabeça...
Porém, não adianta trocar de "minhocas" ou abraçar "teorias de conspiração". Não se troca uma caverna por outra (em referência "O Mito da Caverna" - Platão).
Embora eu não seja filósofo - e ainda queira me formar como -, procuro praticá-la. Aliás, todos podem e devem mesmo ser formação. A nossa consciência evoluída é o que nos diferencia dos demais seres vivos do nosso planeta. Infelizmente não usamos todo o nosso potencial, por diversos motivos. A Filosofia e Sociologia nos permite entender e responder as questões da vida e da sociedade. É o que nos permite pensar com a própria cabeça, ser críticos, e nos salvar das "minhocas" e "teorias de conspiração".
Pois a Filosofia nos ensina que não existe verdade absoluta, e a realidade pode ser interpretada de formas diferentes por ângulos diferentes. Assim se faz necessário ampliar a ótica e se colocar em posições diferentes.
Pessoas podem ser tecnicamente inteligentes e não possuir inteligência emocional, muito menos empatia. Vide os casos de crimes passionais, violências domésticas, feminicídio, massacres etc.
A sociedade está doente. Depressiva, desesperada, despreparada e ignorante.
As tecnologias já estão substituindo o trabalho humano. A tendência é de que, num futuro não tão distante, todas as atividades que não exigem raciocínios e decisões humana e socialmente complexas podem ser substituídas por robôs.
Precisaremos, para garantir nossa sobrevivência no Mercado de Trabalho, desenvolver habilidades e, continuamente, atualizá-las. Inclusive a criatividade e o senso crítico. Não adianta apenas aprender uma coisa ou ficar apenas no campo técnico e exato.

Dissertem à vontade. Mas sem tretas ;-)


  


2. Re: "Minhocas", Filosofia, Habilidades e Futuro

niquelnausea
niquelnausea

(usa Arch Linux)

Enviado em 03/05/2019 - 13:01h

após as evoluções físicas (corpo), tivemos as sociais (maneiras como nos relacionamos), e mesmo com o enorme desenvolvimento tecnológico que tivemos no ultimo seculo, acredito que o próximo passo da humanidade será a evolução do conhecimento. a internet abriu essa janela, mas parece estar nos guiando para um caminho um tanto controverso, um exemplo são as brigas regionalizadas por grupos de países ou consumidores (religiosos é um bom exemplo), as tupiniquins parecem ser politicas, e assim como os outros grupos, sempre vistas como de importância universal, mas ainda sim muito insignificantes se olhadas de forma realmente "universal".
enquanto a filosofia deveria estar nos levando em direção a entendimento e conhecimento, a mesma filosofia é usada para arrastar a quase todos a bolhas e ideias de extermino.
talvez o desafio deste seculo sera a inteligencia emocional, e não a racional.


3. Re: "Minhocas", Filosofia, Habilidades e Futuro

Clodoaldo Santos
clodoaldops

(usa Linux Mint)

Enviado em 03/05/2019 - 13:20h

Trate os outros como gostaria de ser tratado
Não faça aos outros o que não gostaria que fizessem para você
Duas regras simples que evitam muitos aborrecimentos






4. Re: "Minhocas", Filosofia, Habilidades e Futuro

aguamole
aguamole

(usa KUbuntu)

Enviado em 03/05/2019 - 16:37h

clodoaldops escreveu:

Trate os outros como gostaria de ser tratado
Não faça aos outros o que não gostaria que fizessem para você
Duas regras simples que evitam muitos aborrecimentos


Pocha meu é fácil saber disso o que o pessoal não quer é praticar o amor.

CPU Q6600 GTX 750 SofRaid 4xSSD 4Gb DDR2 mesmo assim uso Lubuntu.


5. Re: "Minhocas", Filosofia, Habilidades e Futuro

Rodrigo
omag0

(usa Debian)

Enviado em 03/05/2019 - 16:41h


Pocha meu é fácil saber disso o que o pessoal não quer é praticar o amor.


Mas o amor com sesgo, ou sem sesgo?




6. Re: "Minhocas", Filosofia, Habilidades e Futuro

Hugo Cerqueira
hrcerq

(usa Outra)

Enviado em 03/05/2019 - 21:42h

4nderson escreveu:

[...] A sociedade está doente. Depressiva, desesperada, despreparada e ignorante.
As tecnologias já estão substituindo o trabalho humano. A tendência é de que, num futuro não tão distante, todas as atividades que não exigem raciocínios e decisões humana e socialmente complexas podem ser substituídas por robôs. [...]


Aí você tocou num assunto interessante. Eu costumo pensar que as máquinas tem o seu papel no mundo, assim como nós temos o nosso. O das máquinas é ser eficientes. O nosso é ser inteligente. Quando tentamos inverter isso, o resultado é o caos.

Quando nos comportamos como zumbis programados e esperamos que as máquinas tomem as decisões por nós, obviamente viveremos uma vida infeliz, porque estamos fora da nossa função, e as máquinas não ficarão infelizes, obviamente, mas estarão sendo subutilizadas. Elas não foram feitas pra pensar e sim pra obedecer.

Um dos movimentos que tenho visto no cenário tecnológico é o das pessoas que entram nos "jardins murados", abrindo mão da própria capacidade decisória, e delegando as decisões a algoritmos aleatórios. Em outras palavras, a relação aí está invertida, pois somos nós que devemos tomar as decisões, não as máquinas. É claro que nesse caso as máquinas estão tomando decisões com base nas ideias de quem as programou, mas há elementos de aleatoriedade embutidos nos jardins murados que são relativamente difíceis de prever.

Há quem pense que a inteligência artificial é capaz de substituir a humana, e a julgar pelo modo como algumas pessoas subutilizam sua capacidade intelectiva (especialmente as que costumam pensar esse tipo de coisa), há certa verdade em pensar assim. Mas o próprio nome "inteligência artificial" é um equívoco. Não é de fato uma inteligência, e sim uma rotina que se repete e se aprimora conforme recebe mais dados. Ela tem a capacidade de cruzar dados e produzir novos efeitos, mas não tem a capacidade genuína de criar informação, apenas de reorganizá-la.

Assim, penso que a automação é algo bom, porque nos permite ser mais humanos, nos afastando das tarefas repetitivas e monótonas, e deixando isso para as máquinas, que tem esse papel. A nós, resta o que devemos fazer, que é nos ocupar do pensamento, das artes, do diálogo, das relações, da criação, etc.

---

Atenciosamente,
Hugo Cerqueira

Devuan - https://devuan.org/


7. Re:

Paulo
paulo1205

(usa Ubuntu)

Enviado em 03/05/2019 - 23:51h

4nderson escreveu:

Pois a Filosofia nos ensina que não existe verdade absoluta


Tem certeza?

Se essa afirmação é absolutamente verdadeira, ela é uma contraprova de si mesma, o que prova que ela é falsa.

Se não é absolutamente verdadeira, então por que alguém deveria acreditar nela?

Tire essa minhoca da cabeça porque, como filosofia, ela não passa de esculhambação barata. Verdades universais há, sim, mesmo que desconhecidas ou que ostensivamente negadas, a despeito de montanhas de evidências que possam ter, apenas porque são inconvenientes para muitos.

A melhor forma que muitos têm de negar sua miséria intelectual ou moral (principalmente esta) é negar as realidades que a acusam.


... “Principium sapientiae timor Domini, et scientia sanctorum prudentia.” (Proverbia 9:10)


8. Re: "Minhocas", Filosofia, Habilidades e Futuro

Paulo Jr
Pebis

(usa Debian)

Enviado em 04/05/2019 - 00:42h


A sociedade não está doente, a sociedade É doente desde os princípios. Acho que não se trata sociedade e sim indivíduos. É certo que o tópico está ligado ao corte de verbas desses cursos. Sou a favor desses cortes... não consigo encontrar utilidade em ter mais filósofos e sociólogos do que técnicos. O desenvolvimento de um país se dá por pessoas capazes de desenvolver algo, seja pesquisa, seja uma máquina, seja qualquer coisa tangível... EU não consigo encontrar utilidade alguma em filósofos e sociólogos, mas talvez por gostar de objetividade... e também não conheço nenhuma pessoa que se importe com esse tipo de indivíduo... Quem achar que possa favorecer a sociedade de alguma forma que desenvolva-se sem apoio estatal, o país precisa de profissionais com capacidade de criar ...


9. Re: "Minhocas", Filosofia, Habilidades e Futuro

Hugo Cerqueira
hrcerq

(usa Outra)

Enviado em 04/05/2019 - 15:51h

Pebis escreveu:


A sociedade não está doente, a sociedade É doente desde os princípios. Acho que não se trata sociedade e sim indivíduos. É certo que o tópico está ligado ao corte de verbas desses cursos. Sou a favor desses cortes... não consigo encontrar utilidade em ter mais filósofos e sociólogos do que técnicos. O desenvolvimento de um país se dá por pessoas capazes de desenvolver algo, seja pesquisa, seja uma máquina, seja qualquer coisa tangível... EU não consigo encontrar utilidade alguma em filósofos e sociólogos, mas talvez por gostar de objetividade... e também não conheço nenhuma pessoa que se importe com esse tipo de indivíduo... Quem achar que possa favorecer a sociedade de alguma forma que desenvolva-se sem apoio estatal, o país precisa de profissionais com capacidade de criar ...


O que caraceriza uma sociedade doente? O que seria doença nesse caso? Acho que podemos pensar em doença da sociedade uma espécie de desarmonia com a natureza, uma sociedade auto-destrutiva, certo?

E por que a sociedade se destrói? Por que age em desacordo com a sua própria natureza? Isso vai desde o consumo de alimentos nocivos à própria saúde, por exemplo, até a destruição do planeta sem o qual não somos capazes de viver. Ou até mesmo coisas mais sutis, como entrar numa discussão fútil que só terá como efeito um desconforto entre as pessoas que discutem. Tudo isso é agir contra a natureza, se entendermos natureza como tudo que existe.

Pois bem, por que agimos assim? Talvez por desconhecimento da natureza, inclusive de nós mesmos. E aí entra a teoria, que significa "contemplação do divino", isto é, a contemplação daquilo que não fomos nós que criamos, mas aí está e é tão complexo que precisamos buscar entender pra poder conviver com isso. A filosofia se ocupa justamente de contemplar o divino, entender as relações de causalidade entre as coisas, explicar por que as coisas são como são e o que interfere no quê.

Nesse sentido, não há "cura" para a doença da sociedade sem filosofia. Os filósofos são os médicos do pensamento. Não há prática sem teoria, pois a prática é a aplicação da teoria. Portanto sem teoria, temos apenas o caos.

---

Atenciosamente,
Hugo Cerqueira

Devuan - https://devuan.org/


10. Re: "Minhocas", Filosofia, Habilidades e Futuro

Edivan  Santtos
edivandjs

(usa openSUSE)

Enviado em 04/05/2019 - 17:50h

paulo1205 escreveu:

4nderson escreveu:

Pois a Filosofia nos ensina que não existe verdade absoluta


Tem certeza?

Se essa afirmação é absolutamente verdadeira, ela é uma contraprova de si mesma, o que prova que ela é falsa.

Se não é absolutamente verdadeira, então por que alguém deveria acreditar nela?

Tire essa minhoca da cabeça porque, como filosofia, ela não passa de esculhambação barata. Verdades universais há, sim, mesmo que desconhecidas ou que ostensivamente negadas, a despeito de montanhas de evidências que possam ter, apenas porque são inconvenientes para muitos.

A melhor forma que muitos têm de negar sua miséria intelectual ou moral (principalmente esta) é negar as realidades que a acusam.


... “Principium sapientiae timor Domini, et scientia sanctorum prudentia.” (Proverbia 9:10)



"como filosofia, ela não passa de esculhambação barata."

Explique essa esculhambação barata.
________________
“Quem combate monstruosidades deve cuidar para que não se torne um monstro. E se você olhar longamente para um abismo, o abismo também olha para dentro de você”
Nietzsche.


11. Re:

Paulo
paulo1205

(usa Ubuntu)

Enviado em 04/05/2019 - 18:56h

edivandjs escreveu:

"como filosofia, ela não passa de esculhambação barata."

Explique essa esculhambação barata.


Acho que está desenhadamente explicada. Uma filosofia que se baseia numa premissa que contradiz a si própria não ter como ser uma boa filosofia.

Aliás, não é filosofia de espécie alguma, a não ser, talvez, num sentido elástico de “filosofia”, que se aproxima mais de “estilo de vida” do que de uma busca sincera pelo conhecimento, pela sabedoria e pela verdade.

Esse arremedo de filosofia é tosco demais para ser levado a sério, se não como uma esculhambação a ser seriamente combatida por qualquer pessoa de bem.

E essas bobagens nem ao menos são novas. A “pós-modernidade” não passa de reciclagem de lixo filosófico-cultural de dias passados. Isso fica muito evidente, por exemplo, quando se lê obras como “Ortodoxia”, de G. K. Chesterton, — que eu recomendo enfaticamente a qualquer pessoa que tenha o mínimo de apreço por boas ideias, seja ela religiosa ou não — escrita no começo do século XX, mas que, na maior parte de seu conteúdo, parece dialogar, ou debater, com ideias que nos são apresentadas todos os dias e por todos os lados.


... “Principium sapientiae timor Domini, et scientia sanctorum prudentia.” (Proverbia 9:10)


12. Re: "Minhocas", Filosofia, Habilidades e Futuro

José
DeuRuimDotCom

(usa Linux Mint)

Enviado em 04/05/2019 - 22:13h

paulo1205 escreveu:
E essas bobagens nem ao menos são novas. A “pós-modernidade” não passa de reciclagem de lixo filosófico-cultural de dias passados. Isso fica muito evidente, por exemplo, quando se lê obras como “Ortodoxia”, de G. K. Chesterton, — que eu recomendo enfaticamente a qualquer pessoa que tenha o mínimo de apreço por boas ideias, seja ela religiosa ou não — escrita no começo do século XX, mas que, na maior parte de seu conteúdo, parece dialogar, ou debater, com ideias que nos são apresentadas todos os dias e por todos os lados.

"Ortodoxia" é um exemplo acabado e perfeito de que a verdadeira filosofia "não serve pra nada". Explico: falei em "verdadeira filosofia" porque lá se lê alguém que efetivamente deu à sua época vislumbres do que viriam a ser as infaustas conseqüências das idéias coletivistas, relativistas etc então em voga, contra as quais, por ex., Dostoiévski já havia se batido. E concluí que "não serve pra nada" porque, primeiramente e mais óbvio, esses vislumbres não impediram as abominações cometidas, mas também porque, em segundo lugar, é preciso reconhecer que não se consegue controlar a história. Não há nada mais pueril do que achar que boas idéias irão colar na cabeça pessoas e fazer com que elas passem a agir como gado. Aliás, crenças em engenharias sociais vão de encontro ao pensamento do próprio Chesterton.

paulo1205 escreveu:
Verdades universais há, sim, mesmo que desconhecidas ou que ostensivamente negadas, a despeito de montanhas de evidências que possam ter, apenas porque são inconvenientes para muitos.

Todavia, se fulminou o relativismo ingênuo do forista, não percebeu que o mesmo veneno poderia ser usado contra você: Se admite que são desconhecidas, como sabe que existem essas tais verdades absolutas? Como reconhecer uma quando uma nos aparece? E como se daria a certificação dessa certificação? E a certificação da certificação da certificação...?
O problema da verdade, como muitos outros próprios da filosofia, reside no mau entendimento do funcionamento da linguagem (esse dito que virou chavão é de Wittgenstein, óbvio).
Verdade é apenas e tão-somente uma propriedade de fórmulas bem formadas de uma dada linguagem (Tarski o percebeu e deu um tratamento rigoroso ao tema, vislumbrado por Frege). Sinto dizer, mas não há o menor sentido em tomar a verdade como uma substância misteriosa, que estaria escondida na essência das coisas a espera de ser desvelada pelo filósofo ou cientista.






01 02 03



Patrocínio

Site hospedado pelo provedor RedeHost.
Linux banner

Destaques

Artigos

Dicas

Tópicos

Top 10 do mês

Scripts