Viva ao Linux criar uma dristro?

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 22/06/2013 - 19:44h

Esse é mais um daqueles tópicos em que um usuário bem intencionado vem com a sugestão de criar uma distro, cria-se uma discussão sobre a razão de criar mais uma distribuição, aparece alguém para apoiar, porém, com o passar do tempo o tópico vira apenas uma discussão entre membros que são a favor ou não. Também entra nesse tipo de tópico aquele que não concorda nem discorda apenas "respeita a ideia do outro". No fim, depois de mais ou menos um mês (se for tudo isso mesmo), o usuário que criou o tópico acaba desistindo da ideia ou simplesmente esquece dele. Dependendo do tipo de usuário, pode acontecer dele sair revoltado com a comunidade porque ela "não deu apoio".
É mais ou menos assim que acontece nesse tipo de tópico. Lembro de um usuário que queria criar uma distro "independente" sem base em nenhuma outra distro. Essa distro deveria ser a mais fácil de se usar, principalmente para quem está chegando no linux. E a melhor parte da ideia do Linuxer era que essa distro deveria desbancar as distros mais tradicionais como Debian, Slackware, Gentoo, Arch, e se transformar na distro padrão. Então não teríamos mas tantas distros, apenas essa que esse usuário queria criar.
Enfim, são sempre "ótimas ideias".

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 22/06/2013 - 20:07h

Boa intenção é o que mais existe.

Não estou falando que é o caso do autor do tópico.

Mas o pessoal pensa que é fácil assim, chegar fazer uma proposta pra "criar uma distro nacional que vai superar o ubuntu, debian, fedora e se tornar A DISTRO padrão do país".

Se fosse fácil, essa distro já existiria!

Todas essas empresas ou fundações investem milhões de dólares por ano em desenvolvimento, tem os melhores programadores do mundo e ainda tem gente que acha que uma dúzia de colaboradores voluntários vão fazer algo melhor usando do seu tempo livre.

Quanta petulância.

Outra coisa que eu vejo acontecer é gente que chega pra "contribuir" desse jeito:



Não é assim que a banda toca gente!

Dizem que se conselho fosse bom, não se dava, vendia, mas vou deixar um conselho que ninguém tem obrigação de seguir:

Quem quer contribuir para o "desenvolvimento do software livre" faça duas coisas:

1) Estude! Como você quer contribuir se, as vezes, você não consegue sequer compilar um programa mais complicado. É uma questão de se tocar da realidade. Projetos livres não precisam de sugesteiros ou ideieiros, mas sim de gente que tenha condições de botar a mão na massa e fazer a diferença.

2) Encontre um projeto que esteja precisando de ajuda e se ofereça pra ajudar NO QUE O PROJETO PRECISA! Não dê uma de sem noção:

Se você não puder ajudar o projeto no que ele precisa, não saia por aí difamando, dizendo que ninguém enxerga nada, que ninguém se preocupa com o usuário final, e mais um monte de ladainha que eu leio nesse fórum.

Porra gente, valorizem os projetos que já existem. Se está ruim, faça melhor!

Tá doido, me exaltei aqui já.

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 22/06/2013 - 20:18h

Tipo isso... tinha escrito sobre a questão do conhecimento, mas imaginei que o pessoal iria achar arrogância da minha parte (usuário de Gentoo e Funtoo já tem essa fama), mas essa é a realidade, é bem complicado a pessoa querer criar uma distribuição apenas com ideias e sem código.

albfneto
(usa openSUSE)

Enviado em 22/06/2013 - 20:57h

A bastante tempo, pensamos em criar uma Distro VOL, mas tem dois problemas: Cada um de nós trabalha e não teria tanto tempo para se dedicar, e fazer mais uma Distro?

é meio que inventar a Roda. Existem tantas Distros e boas. Será que mais uma é necessária? O usuário Iniciante está testando várias, para achar a que gosta e o usuário experiente,já tem as Distros de trabalho e favoritas.

Será que existe massa crítica de programadores para fazer mais uma Distro aqui? E se houver, ela seria usada? Quantos de nós trocaríamos as Distros favoritas, ou que gostamos ou usamos?

Para fazer mais um Debian, mais um Ubuntu, mais um Mageia. só valeria a pena s etiver um diferencial, e tem que ser um diferencial mesmo, tipo um gerenciador de pacotes novo.

Para fazer uma Distro "de um tipo batido", igual, uma a mais, só vale a pena por duas coisas, por curiosidade ou para aprender como. Em ambos os casos, o desenvolvedor não pode pretender que o Mundo escreva código para ele, por aí, ele não aprende...

Lembro a vocês, que uma Distro de um só coder não sobrevive, e fazê-la, vai levar um tempão e vai ficar algo meio pé quebrado, pequeno, repleto de Bugs e demorado para acertar. Porquê? Lembre que há dezenas de pessoas do Mundo todo, traduzindo e escrevendo código todo dia, para Ubuntu,para openSUSE,para Mageia,para Debian... Não ficará algo grande.

Uma pessoa sózinha, para fazer algo do tamanho de um openSUSE, vai levar 10 anos, e mesmo que faça aos pouco, 2 mêses depois precisa trocar código, senão desatualiza.

Alguns diriam, o Sabayon é feito por só 5 pessoas e lança versão nova em 4 mêses.

sim, mas o Sabayon é um Gentoo, o Gentoo é modular e metadistribuição.Vc pode gerar meia dúzia de ISOs por dia, só trocando ambiente gráfico, pq não conflita.

Veja o time grande que tem Mandriva, e mesmo assim estão em dificuldades e não conseguem lançar versão nova desde 2011.Uma Distro lança, as vẽzes, uma versão nova por ano, quem dirá um só desenvolvedor. Demora e não cria algo mais eficiente do queo que já existe.

@Lucas Menezes - Sõbre seu um tópico a mais ou inútil, discordo um pouco de você. Lembro que o VOL é um Forum de Linux! Tudo o que ser refere a Linux, pode ser discutido, porquê não? São ótimas idéias sim. Porque não propor?

pylm
(usa Gentoo)

Enviado em 22/06/2013 - 21:07h

Também já vi vários e vários casos assim, de quem quer fazer o projeto mais pikudo das galaxias e mal sabe formatar um pc lol ou então "Vou criar um MMORPG e ele vai ter um mundo de 10.000 KM2² mas eu não sei programar, eu posso?" Po na boa, na boa

sim,isso eu ví bastante... tipo vou pilotar um Fórmula 1, mas não sei dirigir.

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 22/06/2013 - 22:13h

@Albfneto

A questão não é as ideias, a questão é querer fazer uma distro só com elas, sem saber programar e nem mesmo ter vontade de aprender. Como você mesmo escreveu acima.

ricken
(usa Slackware)

Enviado em 22/06/2013 - 22:50h

Nesses dias andei dando uma pesquisada sobre como fazer sua própria distro a partir do zero no projeto 'linux from scratch' e, como é comum, o material atualizado está em inglês. Aliás, a maioria das matérias técnicas com propósito informativos e aprofundados estão na língua inglesa e muitas pessoas capazes e interessadas, que poderiam se beneficiar e também à outros através desse material, não podem usufruí-los. Talvez, fazer uma distro com propósito educativo, explicando passo a passo, seja interessante ou relevante pela falta de material em nossa língua e pelo aprendizado que isto proporciona.

Particularmente acho que o projeto Gobolinux não deveria estar parado. Foi uma ideia espetacular, é brasileira, e tinha futuro, embora que dificilmente se tornaria a mais popular. Se fosse o caso, eu acho que seria interessante avaliar a possibilidade de ativar este projeto.

renanr0
(usa Ubuntu)

Enviado em 23/06/2013 - 00:59h

Cada um tem sua opinião e todos temos que respeitar a do outro, só achei que o Brasil caiu muito em relação a criar algo, todos sabemos que de onde veem nossos SO, sempre de fora, distro linux, ios, android, só achei que seria uma boa ideia começarmos a pensar sobre, o Kurumim um excelente SO muitos usavam o LiveCD dele, muitos adoravam e foi deixado de lado, sei que é difícil, complicado e muito muito trabalhoso mesmo, nao falo que é para sair tentando e talz seria interessante alguma empresa, alguma organização apoiasse e investisse em um projeto nacional de uma distro para servidores e desktop, quanto mais concorrermos com windows, mac os, mais o pensamento OPEN SOURCE vingará e acabaremos com essa monotonia que existe. Minha opinião pessoal ok ;)

albfneto
(usa openSUSE)

Enviado em 23/06/2013 - 01:23h

O Kurumin acabou (ele não foi deixado de lado, foi encerrado, descontinuado, por seu desenvolvedor principal) por vários motivos,

inclusive pelo fato de aparecerem o Ubuntu, Mandriva e outras distros amigáveis. Aí não pode competir mais. Chegou uma hora, o Morimoto viu que não valia mais a pena continuá-la.

O Kurumin tinha diferenciais,na epoca dele, era uma das poucas distros amigáveis, e tinha código dela,não cópia, tipo os ícones mágicos.

Gobolinux tb era diferenciado, tinha uma árvore de diretórios não usual.

O que eu quiz dizer,é que uma distro nova para vingar, pode ser de todo país do mundo, não só do Brasil, ela precisa ser diferente do que já existe. Senão vira um Fusca a competir com Ferraris.

Mageia pegou o publico do Mandriva, porisso vingou. Mint vingou pq é diferente de ubuntu e debian, tem Cinnamon (desenvolvimento Mint), é mais amigável que o próprio Ubuntu etc...

madrugada
(usa Gentoo)

Enviado em 23/06/2013 - 10:38h

Tipo isso:

ricken
(usa Slackware)

Enviado em 23/06/2013 - 12:05h

A verdade é o seguinte: Realmente fazer uma distro, seja baseada ou, pior ainda, do zero, é uma tarefa gigantesca e muitas vezes ingrata, principalmente aqui no Brasil .( 12. Brasileiro reclama de tudo e não resolve nada - http://ahduvido.com.br/os-11-defeitos-insuportaveis-dos-brasileiros ) Morimoto era duramente criticado, Bruno Gonçalves também etc... e muitas distros, inicialmente brasileiras, acabavam tendo foco lá fora porque aqui o apoio era fraco mas as críticas... Para se fazer uma distro é necessário ter algum diferencial que valha a pena senão é duplicação inútil de esforço.

ricken
(usa Slackware)

Enviado em 23/06/2013 - 18:38h

Seja qual for o motivo, se alguém quiser tentar fazer uma distro do zero existe este site,

http://lfs-desafio.blogspot.com.br/2013/04/bom-dia-todos-meu-nome-e-alberto-tenho.html

de um valoroso brasileiro, Alberto Senna Dias Neto, que está traduzindo, passo a passo, o livro (hoje, 17 de Abril de 2013), versão 7.3, que está em inglês. (versão anterior é 6.x está em português mas já está defasada)

Mas atenção, conforme ele mesmo diz:"Hoje esta não é minha principal atividade, nem mesmo uma prioridade, portanto não esperem rigor científico nem muito menos a qualidade de uma tradução profissional. Este é o trabalho de um leigo, um hobby apenas."

Mas mesmo assim agradecemos Alberto.