"Tentando" fazer com que programas rodem no Wayland e no X11

Publicado por Sidnei Serra em 01/10/2024

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"Tentando" fazer com que programas rodem no Wayland e no X11



O Wayland e o X11 são protocolos responsáveis pela interação dos programas gráficos com a placa de vídeo e com o ambiente gráfico do Linux de modo a obter a melhor compatibilidade possível com os diferentes ambientes gráficos e hardware existentes para Linux. O mais compatível é o X11 e costuma ser a melhor opção para sistemas que usam máquinas mais antigas ou sistemas mais novos. Já o Wayland é um suporte mais novo e ainda tem uma certa deficiência de integração com vários programas, como o Team Viewer, Conky e até mesmo temas para desktop. Abaixo uma explicação prática dada pelo ChatGPT:

X11

  • Origem: Criado na década de 1980, o X11 é o protocolo de exibição gráfico mais antigo e amplamente usado até hoje.
  • Funcionamento: X11 funciona como um intermediário entre os programas e a placa gráfica. Ele usa um servidor X que coordena as janelas, entradas de teclado e mouse, e outros dispositivos de entrada, além de fornecer recursos como redimensionamento e movimentação de janelas.
  • Arquitetura cliente-servidor: O X11 tem uma arquitetura cliente-servidor, onde o servidor X gerencia os recursos de exibição (janelas, monitor, entrada) e os clientes (os aplicativos) se comunicam com o servidor.

Prós:
  • Estabilidade: Tem sido confiável por décadas.
  • Flexibilidade: Permite rodar aplicativos gráficos em máquinas remotas (via rede) e possui muitos recursos personalizáveis.

Contras:
  • Desempenho: A arquitetura mais antiga pode ser ineficiente, levando a maior latência, problemas de desempenho e sobrecarga para manter compatibilidade com vários sistemas.
  • Complexidade: Sua natureza modular e client-server introduz muita complexidade.

Wayland

  • Origem: O Wayland foi desenvolvido como uma alternativa mais simples e moderna ao X11, lançado no início da década de 2010.
  • Funcionamento: O Wayland remove a camada intermediária do servidor X. Ele simplifica a comunicação direta entre os aplicativos (clientes) e o hardware gráfico, por meio de um compositor, que gerencia a renderização das janelas e os eventos de entrada.
  • Arquitetura mais simples: Ao contrário do X11, o compositor Wayland combina as funções de gerenciador de janelas e servidor de exibição, reduzindo latências e complexidade.

Prós:
  • Desempenho: Melhor suporte para renderização moderna, menor latência, e menos sobrecarga em comparação ao X11.
  • Eficiência: Melhor suporte para dispositivos de toque, múltiplos monitores, e uma arquitetura que visa segurança e menos erros gráficos.

Contras:
  • Compatibilidade: Embora o suporte para Wayland esteja crescendo, alguns aplicativos mais antigos ou especializados ainda não funcionam perfeitamente com ele.
  • Adaptação: Sistemas e aplicações que dependem de X11 podem precisar de ajustes para funcionar com Wayland (embora exista compatibilidade via o XWayland, que roda aplicativos X11 em um ambiente Wayland).

Então o usuário deve tentar entender qual seria a melhor opção de uso, se seria X11 ou Wayland. O próprio Gnome e KDE dão a escolha de uso de um ou de outro logo na janela de login.

Para tentar manter a melhor compatibilidade possível para as aplicações X11 funcionarem direito no Wayland, instale os pacotes wayland-utils, xwaylandvideobridge (se existir) e wayland-protocols; o nome deles podem mudar de uma distribuição para outra. Basicamente os ambientes compatíveis com Wayland instalam tudo o que é necessário para que tudo rode fluidamente MAS pode haver a necessidade de uma pequena intervenção do usuário para "ajeitar" as coisas. Na pior das hipóteses, basta desabilitar o Wayland na janela de login do seu ambiente gráfico.

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