Essa possibilidade para o uso das memórias das câmeras e 
outros dispositivos similares me fez pensar em outra coisa 
que os usuários Windows vão detestar: a possibilidade de 
esses equipamentos servirem como meio de disseminação de 
vírus de computador.
Imaginem alguém mal intencionado que desejasse disseminar 
algum novo vírus. Ele poderia transportá-lo numa inocente 
câmera com as fotos da família e transferí-lo a outro 
computador com a super velocidade de uma conexão USB 2.0. Há 
inclusive o vírus 
W32/Perrun - conceitual, segundo 
esse artigo: 
que infecta arquivos .jpg. 
"Alguém que desejasse fazer isso poderia usar um outro dispositivo mais adequado, como um memory-key", você diria. Sim, mas esses 
dispositivos são obviamente para transporte de dados e isto  
já remete à medidas preventivas por parte dos usuários. 
Inclusive já deve haver a prática de "escanear"  arquivos dessa 
origem. Já as câmeras... 
Avançando um pouco, pergunto: e se um vírus, transportado por esse 
meio, tiver também a capacidade de infectar outros dispositivos 
similares assim que estes fossem conectados a outro computador 
já infectado? Em grande perigo estaremos nós, responderia 
"Yoda", mestre Jedi.
E há mais!
Piorando um pouco o quadro,  há dois detalhes que julgo pertinentes, 
sobretudo, se essas características forem comuns à outras marcas 
de câmeras e dispositivos similares:
1 - Minha câmera é uma Olympus modelo D540 que usa o cartão 
XD-Picture Card. Quando executo a transferência de arquivos do 
computador para o cartão de memória, estas informações não 
aparecem na tela da mesma. Nada! Nem mesmo as imagens .jpg de 
outras fontes,  que copio do computador para o cartão; 
Da mesma maneira, o mesmo acontece com outros tipos de arquivo,  ficando estes na companhia das imagens que produzi com a própria câmera. Neste segundo caso, aparecem as fotos e nenhuma menção ao arquivo introduzido ali. Só posso visualizar o conteúdo integral, abrindo o diretório correspondente à câmera;
2 - Meu modelo de câmera pode formatar o cartão de memória e tem também um recurso que permite apenas  apagar as fotos. Este último, se usado em detrimento do primeiro, manteria um vírus por tempo indeterminado no cartão.
Características como essa  podem induzir a erros que facilitariam a disseminação de vírus ou facilitariam o trabalho de alguém mal intencionado.
No XP, por exemplo, o reconhecimento de dispositivos USB é automatizado. Basta "plugar" que logo aparecerá um "box" e este lhe dará, entre outras opções, a de copiar todos os arquivos para uma pasta no computador. Bom, não é? Fácil, não é? Perigoso, não é? É!
E nem vou considerar a proteção dos antivírus. Eles são úteis e alguns são bem razoáveis. Mas a grande maioria das pessoas ou não usa, se usa, é algum gratuito como o AVG que não funciona plenamente, ou um pirata, que nem sempre atualiza seu banco de dados. E, nem na melhor condição possível eles são 100 %.
Todos esses fatores conjugados poderiam gerar uma situação perigosa. É um quadro que desenhei. Agora vou pintá-lo.