Meu Linux, minha vida!

Trago aqui um pouco de minha experiência com Linux. Vou tentar, por meio deste, dar algumas dicas para novos usuários.

[ Hits: 6.170 ]

Por: Guilherme em 14/04/2015


O início...



Comecei com GNU/Linux aos meus 11 anos. Algo muito complexo naquela época para mim, devido à falta de recurso que se tinha, não era como hoje, que conseguimos ter um grande portal como o Viva ao Linux para tirarmos nossas dúvidas. Após 1 semana de uso, tive um "nojo" de Linux - ahhah! Quem nunca, não é/

Aos 17 anos, quando comecei a estudar programação, a partir do incentivo de meu pai, que é atualmente programador a mais de 20 anos e com grande conhecimento na parte de redes e servidores, senti a necessidade de utilizar um sistema mais estável para programar e fazer outras tarefas, que não vem ao caso, foi aí que conheci Linux BackTrack 4, me apaixonei:

- "Teste de vulnerabilidades e tantas outras ferramentas, meu Deus, isso é um sonho." (haha)

Esse foi meu pensamento na época, e realmente BackTrack foi um ótimo sistema para mim, e meu pai me ajudou bastante com algumas coisas que ele sabia sobre Linux.

Atualmente estou com 18 anos, trabalho em um provedor de internet e estou estudando para tirar minha certificação LPIC1. Utilizo o Kali Linux, "a evolução do BackTrack", um sistema que gosto muito, mas chega de falar de mim.

Recentemente, voltei a ser ativo no fórum do VOL, vi a grande dificuldade de novos usuários do Linux e com matérias um pouco desatualizadas, resolvi tentar ajudar um pouco essas pessoas.

Uma pergunta que se vê muito é:

"Qual distribuição é melhor para isso ou para aquilo, qual devo utilizar."

Então, aqui vai:

* Qual distribuição é melhor para mim?

Distribuições que EU indico para iniciantes são Ubuntu, Linux Mint, Fedora, entre outras, mas sinta-se livre para escolher a que você se interessar mais, todas as distribuições têm seus prós e contras.

Não vou citar aqui pois, sinceramente, não vejo a necessidade, e também porque vejo o Linux como um sistema "PERFEITO". É claro, tem seus defeitos, mas comparado a outros sistemas por aí.

Segue links com os sites:
* Este último é a distribuição que cito no início do artigo, não indico para iniciantes, mas sinta-se livre para utilizar e aprender.

Outra pergunta muito comum é:

"Como instalar o Linux?"

Uma matéria do Olhar Digital demonstra de forma bem simples a instalação do Ubuntu, desde o processo de backup:
Após o sistema estar instalado "bunitinho", começam os problemas:

"Onde eu vou, como instalo tal coisa, cadê o Internet Explorer?" (Brincadeira)

Calma, jovem padawan.

Em vez de encher este artigo de dicas que com certeza terão centenas iguais, cito o artigo publicado pelo Clodoaldo em 23/04/2014, um usuário muito ativo na comunidade e com um guia muito completo:
Sistema atualizado, drivers instalados.

Hora de instalar o antivírus?

Uma outra dúvida de usuários iniciantes: o Linux é um sistema que necessita da aprovação, digamos assim, do usuário root, o super usuário ou administrador, como queria chamá-lo.

* Ele não executa arquivos ".exe" (pelo menos não sem a utilização do Wine, como por exemplo).

* Linux possui uma comunidade muito ativa e logo quando usuários percebem alguma falha no sistema ou algo errado, basta avisar o suporte de sua distribuição e, normalmente, essa falha é resolvida rapidamente por meio de uma atualização.

* Linux não possui tantos usuários como Windows, consequentemente, não é o alvo principal para vírus.

Pode-se sim, instalar antivírus se você sentir a necessidade, indico aqui o ESET Antivirus.

Aí vem a próxima dúvida:

"Baixei um arquivo, por exemplo: .tar.gz, .tar.Z, .tgz, .tar.bz2, .tar.xz, mas o que é isso?"

Vamos lá, aprendiz de Morpheus.

Arquivos compactados no Windows normalmente são .zip ou .rar. No Linux, arquivos compactados são os .tar.gz, .tar.Z, .tgz, .tar.bz2, .tar.x - apenas alguns exemplos. Hoje, graças à evolução do Linux, podemos descompactar os arquivos apenas com um clique, ou pelo método mais divertido, por linhas de comando.

Este guia feito pelo Sérgio em 24/04/2007, demonstra completo a instalação de programas no Linux com base em Debian e Red Hat:
Linux com base em Debian, Red Hat?

Como Linux é um sistema livre, código fonte aberto para qualquer pessoa pegar e modificar, distribuições novas podem ser criadas baseadas em Debian, Red Hat ou serem independentes.

Por exemplo, o Ubuntu tem sua base em Debian e o Fedora em Red Hat. Assim como sistemas podem ser baseados no Fedora ou no Ubuntu, como as mais conhecidas, o Linux Mint que é baseado no Ubuntu, consequentemente no Debian.

"Bom, agora preciso escrever algo pra escola ou para faculdade, cadê o Microsoft Office?"

No Linux temos excelentes aplicativos office gratuitos. (*-* melhor ainda)

O LibreOffice é um dos meus favoritos, com a interface mais parecida com a do Microsoft Office. Mas também temos o OpenOffice que é muito bom.
Tenho office, tenho tudo atualizado e certinho, um sistema liso e rodando perfeitamente, agora é só desfrutar disso. Porém, para aqueles que desejam ir além do que ter apenas um sistema rodando certinho e ter mais conhecimentos, indico este site com "Os 20 melhores E-books gratuitos sobre o GNU Linux", publicado pelo Éder Saraiva Grigório:

Conclusão

Bem, esta foi um pouco da minha história.

Tentei fazer um guia prático, com bons exemplos de grandes contribuintes da comunidades Linux e do fórum Viva ao Linux.

Não citarei meu nome por motivos pessoais, me conheçam apenas com Cyph3r. Sugestões, críticas e agradecimentos serão muito bem vindos.

Obrigado!

   

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Comentários
[1] Comentário enviado por lcavalheiro em 15/04/2015 - 13:20h

Interessantíssimo você compartilhar sua experiência conosco, Cyph3r. Isso é um daqueles momentos em que olhamos para trás e refletimos no que adquirimos com a vivência das coisas.

Eu comecei no GNU / Linux em 1996 (antes de você nascer, se meus cálculos estiverem corretos) aos dez anos com o Slackware. Naquela época era isso, o Debian, o RedHat ou alguma distribuição medonhamente arcana e complicada que não valia nem a pena usar. Um detalhe curioso que o Debian e o RedHat eram evitados por possuir gerenciamento de dependências - numa época que a internet discada a 48kbps era o sonho de consumo de muita gente, depender de conexão ativa para instalar pacotes era o caos na terra. O Slack era a distro mais usada por ser a mais simples (até hoje ela detém esse título) e por não fazer o gerenciamento de dependências, logo não depender de conexão ativa com a internet. Eu tropecei no mundo GNU / Linux, mas estou aí desde então.

Quanto à sua experiência, a melhor distro de entrada para um usuário é uma que não configure tudo automaticamente, ou seja, uma distribuição simples mas não fácil. Assim ele aprende logo tudo que precisar aprender e depois pode se sentir mais confortável com outras distros mais automáticas. Nesse ponto, o Slack ainda é uma escola obrigatória para todo mundo.
--
Luís Fernando Carvalho Cavalheiro
Public GPG signature: 0x246A590B
Licenciado Pleno em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Mestrando em Medicina (Cardiologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro

[2] Comentário enviado por elionaynasciment em 15/04/2015 - 21:34h


me ajudo a esclaresce algumas coisa bom post

[3] Comentário enviado por v4rgas em 16/04/2015 - 08:32h


[1] Comentário enviado por lcavalheiro em 15/04/2015 - 13:20h

Interessantíssimo você compartilhar sua experiência conosco, Cyph3r. Isso é um daqueles momentos em que olhamos para trás e refletimos no que adquirimos com a vivência das coisas.

Eu comecei no GNU / Linux em 1996 (antes de você nascer, se meus cálculos estiverem corretos) aos dez anos com o Slackware. Naquela época era isso, o Debian, o RedHat ou alguma distribuição medonhamente arcana e complicada que não valia nem a pena usar. Um detalhe curioso que o Debian e o RedHat eram evitados por possuir gerenciamento de dependências - numa época que a internet discada a 48kbps era o sonho de consumo de muita gente, depender de conexão ativa para instalar pacotes era o caos na terra. O Slack era a distro mais usada por ser a mais simples (até hoje ela detém esse título) e por não fazer o gerenciamento de dependências, logo não depender de conexão ativa com a internet. Eu tropecei no mundo GNU / Linux, mas estou aí desde então.

Quanto à sua experiência, a melhor distro de entrada para um usuário é uma que não configure tudo automaticamente, ou seja, uma distribuição simples mas não fácil. Assim ele aprende logo tudo que precisar aprender e depois pode se sentir mais confortável com outras distros mais automáticas. Nesse ponto, o Slack ainda é uma escola obrigatória para todo mundo.
--
Luís Fernando Carvalho Cavalheiro
Public GPG signature: 0x246A590B
Licenciado Pleno em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Mestrando em Medicina (Cardiologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro


Obbg mano e obbg tbm por contribuir ao post com sua historia.....

[4] Comentário enviado por v4rgas em 16/04/2015 - 08:32h


[2] Comentário enviado por elionaynasciment em 15/04/2015 - 21:34h


me ajudo a esclaresce algumas coisa bom post


Obrigado!!!
se tiver alguma duvida ainda é so chamar.

[5] Comentário enviado por Mc.Eagle em 16/04/2015 - 15:48h

Comecei no LINUX por necessidade mesmo, em 1997 já havia tido notícias de um S.O. "alternativo" através de revistas em bancas de jornais (não possuía na época nenhum tipo de conexão à internet). Em 2003 com a "informatização" do órgão no qual eu trabalhava (uma rede com 08 máquinas e uma impressora matricial) houve a necessidade de instalação de servidores de página (sim, nós hospedávamos a própria página) e de impressão (recebíamos direcionamento através de emulador de terminal IBM3270) aí conheci, instalei e configurei no braço (graças ao VOL) servidores Slackware e Conectiva respectivamente, tudo extraído dessas maravilhosas páginas e digo isso com orgulho! De lá pra cá foram muitos anos de relacionamento, como todos com um pouco de amor e ódio, mas sempre sabendo que LINUX é um sistema no qual você pode confiar.

[6] Comentário enviado por leojaco25 em 29/04/2015 - 08:56h

Mc.Eagle, e pensar que tive um professor que disse que o Linux era uma porcaria pois ele não confiava num sistema com código aberto. E ainda era professor de auditoria. Pode isso?

Muito bom o post.

[7] Comentário enviado por leojaco25 em 29/04/2015 - 09:01h

Mc.Eagle, e pensar que tive um professor que disse que o Linux era uma porcaria pois ele não confiava num sistema com código aberto. E ainda era professor de auditoria. Pode isso?

Muito bom o post, cyph3r. Não é como minha experiência, mas é excelente. Eu comecei com o Red Hat 7, mas não funcionava direito na minha máquina à época (drivers de vídeo e som era luxo, e eu não conseguia achar nada). Comecei em 2001. Hoje eu migrei para o Mint, e mesmo sendo baseado no Ubuntu, acho muito melhor, pela interface gráfica e facilidade no gerenciamento dos pacotes. Sei que vão dizer "mas é tudo igual", só que não consigo me adaptar ao Unity.

Por esta razão, considero o Mint mais adaptável à minha realidade. E minha opção sempre foi e será o Debian. Olha só, gosto do Mint e do Debian, mas não me adapto com o Ubuntu (mesmo com o Xubuntu, que usa o XFCE).


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