GNOME vs KDE - Usabilidade ou Personalização

Nesse artigo, vou fazer uma pequena comparação entre o GNOME e KDE, para aqueles que estão estacionando no Linux agora e ficam confusos com tantas interfaces gráficas.

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Por: Fernando Sales em 28/09/2016


GNOME vs KDE



Antes que o texto denuncie, já adianto que, apesar de uma relação conturbada nas maiorias versões 4.x, eu não consigo largar o KDE.

E sim, isso é um resumo traduzido de um artigo em inglês:
Após um bom tempo utilizando GNOME (desde a v2.3), chego à conclusão que o GNOME é útil e funciona, só. Isso não é surpresa quando se sabe que o foco do Gnome por anos, foi a usabilidade. Mas a usabilidade é só uma parte da situação.

O que realmente é fascinante no KDE não é a usabilidade, e sim a quantidade e liberdade de personalizações que o sistema permite. Nesse quesito, o KDE é tão forte quanto GNOME o é, em usabilidade.

Organização vs Personalização

Você pode ver a diferença sem entrar em detalhes.

GNOME oferece aos usuários duas partes: uma área de trabalho e um menu gigante para programas, caso usuário queira, mais extensões, tudo em uma única tela.

De qualquer maneira, os widgets no painel são limitados e nenhum ícone é permitido na área de trabalho, a não ser que utilize a Gnome Tweek Tool. Isso porque o objetivo declarado do GNOME é manter o ambiente de trabalho organizado e o preço pago por esse objetivo é a falta de opções.

GNOME

Área de Trabalho padrão do GNOME:

Já em contraste, o KDE oferece a possibilidade de criar várias áreas de trabalhos diferentes, cada uma especializada em uma tarefa ou projeto particular. Cada atividade pode ter um de uma dúzia de layouts, sendo uma área de trabalho clássica ou uma visão de pastas e arquivos.

Ainda "fresco" da instalação, o KDE vem com vários painéis e inúmeros widgets.

E se não estiver satisfeito, pelo próprio KDE, você pode instalar mais widgets. Então no KDE, a ênfase, no conteúdo e design, é sobre a personalização a um grau que, mesmo com várias extensões, o GNOME não consegue alcançar.

KDE

Área de trabalho padrão do KDE:

Verificando um pouco mais a fundo, o mesmo contraste continua. O painel configurações do GNOME incluem umas 20* categorias.

Configurações do sistema do KDE, no entanto, inclui umas 30* e esses são apenas os de nível superior. Abra as configurações de alto nível do KDE, colocando-os em um nível com a maior parte de categorias do GNOME, o KDE vence por volta de 65* categorias.

A quantidade de categorias varia de versões e distribuição Linux (no caso é a openSUSE).

Em comparação, configurações do sistema do KDE incluem numerosas características não encontradas em GNOME. Enquanto GNOME limita possíveis comportamentos, KDE inclui configurações para gestos do mouse, localidades a instalação de fontes, preferências SSL, comportamentos padrão quando os dispositivos externos estão conectados, e assim por diante, em pelo menos mais uma dúzia.

Qualquer hora que você se aventurar para além das configurações básicas, no GNOME é quase garantida a ser menos flexível para as preferências do usuário em relação ao KDE.

Por exemplo, no GNOME, o desktop não é mais do que um pano de fundo que as janelas de aplicativos são colocados em cima. Os usuários não podem até mesmo controlar o uso de espaços de trabalho virtuais, a menos que utilize uma extensão para esse fim. Mas no KDE, o ambiente de trabalho torna-se uma ferramenta para trabalhar da maneira que você quiser.

Na verdade, o KDE vai a um nível de personalização que deixa GNOME muito atrás. Por exemplo, nas suas opções para as janelas, os usuários podem definir tudo, desde como janelas interagir com o mouse, para o grau de precisão o cursor tem que ser interagem e qual a combinação de botões do mouse precisa ser pressionado para redimensionar ou arrastar uma janela.

Nada no ambiente GNOME vem perto de oferecer tal detalhe de baixo nível. A premissa define a conclusão.

Se em qualquer coisa, o KDE é personalizável, então isso pode ser ruim. Usuários encontrando KDE pela primeira vez, podem sofrer uma ansiedade pelas opções, tornando-se oprimido pela variedade de opções, pelo menos, das opções não muito claras.

Felizmente, os padrões do KDE são razoáveis, permitindo aos usuários ignorar as possibilidades de configurar personalizações básicas para que estejam prontos para o uso.

Enquanto isso, muitos apreciam um ambiente de trabalho que esteja de acordo com as suas preferências, em vez de o contrário, e ficam ansiosos para uma lenta exploração das opções para saber qual é mais agradável.

O ponto não é se o GNOME ou o KDE, qual é melhor. A comparação foi estreita e talvez injusta com o GNOME.

Conclusão

Finalizando, para aqueles cujo principal valor é a ordem e conveniência, GNOME preenche as suas necessidades perfeitamente. Por outro lado, para aqueles que preferem fazer as coisas à sua maneira, o KDE é igualmente satisfatório.

Para alguns, o ambiente de trabalho ideal seria aquele que equilibrava os dois extremos, como o Cinnamon, o razorQT etc.

Mas, nenhuma área de trabalho é melhor do que as outras em absoluto. No final, sua escolha depende do que é importante para você.

   

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Comentários
[1] Comentário enviado por madrugada em 28/09/2016 - 17:54h

KDE na veia!!!

[2] Comentário enviado por Dweller em 28/09/2016 - 19:11h

Estou usando o novo Mint, Sarah, com o KDE, e cara, é lindo. Tudo bem que lembra o Windows, e pouca gente curte. Mas pra mim que sou um jovem no Linux, curto bastante!

Seu amigo, Dweller!

[3] Comentário enviado por fernando-sales em 28/09/2016 - 22:47h

Sim é lindo :-)))

E sinceramente eu tenho preguiça com essa coisa de "Ahh mas lembra o Windows! :(", ainda mais quando se trata o KDE, é só personalizar o KDE, e seus traumas coma interface do Windows somem :D.

[4] Comentário enviado por clodoaldops em 29/09/2016 - 07:48h

Nunca gostei kde. Mas não gostei da mudança p/ gnome-3. Por isso adotei MATE como meu desktop. Ainda bem tem opções.
----------------------------------------------------
http://dicaslinuxmint.blogspot.com.br/

[5] Comentário enviado por removido em 29/09/2016 - 09:34h

sim o KDE só é personalizavel quando comparado com o Gnome mesmo.

[6] Comentário enviado por Fellype em 30/09/2016 - 15:35h

Quando comecei a usar Linux, em 2004, as distribuições que experimentei (Kurumin, Knoppix, Famelix...) vinham com o KDE por padrão. Só depois de um tempo fui experimentar uma distro (SUSE) que tinha a opção de escolher entre KDE e Gnome. Mais adiante, já com o Mandriva e Debian, e inspirado por uma matéria na Linux Magazine, vi que além de KDE e Gnome, eu poderia utilizar outros gerenciadores de janelas como o Fluxbox, Blackbox, WindowMaker, ICEwm, e outros que não lembro o nome. Depois de um tempo conheci o Enlightenment, através da distro Elive. E só depois do Ubuntu (com o XUbuntu) é que fui conhecer o Xfce.
Bom, tirando Blackbox, WindowMaker, ICEwm, e os outros que não lembro o nome, usei tempo suficiente todos os gerenciadores de janelas/DE citados aqui. E, da minha lista, o mais personalizável sempre foi o KDE.
Em termos de praticidade, eu preferia o Xfce.
Em termos de leveza, o Fluxbox matava a pau... (era o melhor para o meu Pentium II-233, 256RAM...).
Quando adotei o Slackware 10.2, só usava o Xfce. Mas eu gostava muito do Konqueror como gerenciador de arquivos, e notei que ao carregá-lo o consumo de RAM aumentava muito. Foi aí que descobri que ao lançar o Konqueror todas as KDElibs eram carregadas. Então, a partir deste momento passei a utilizar apenas o KDE.
De um tempo pra cá parece que surgiram algumas boas opções, como o LXDE, Razor-qt, MATE, Cinnamon, Unity, etc... Mas hoje em dia não tenho mais paciência nem tempo (não necessariamente nesta ordem) para testar estas opções. Inclusive, no pouco contato que tive com o Unity a paciência falhou, e mandei ver um apt-get install kde-full hehehehe
Concluindo: gosto é gosto, e sempre vai ser. O melhor DE/gerenciador de janelas é o que eu mais gosto. Assim como a melhor distro é a minha distro preferida!

[7] Comentário enviado por LaisMD em 03/10/2016 - 11:47h

Sempre utilizei muito o KDE, mas é interessante saber mais sobre o gnome.

[8] Comentário enviado por gustavospace em 04/10/2016 - 23:53h

Voltei para o Mate, no estilo antigo do Gnome com uma barra em cima e uma embaixo, não tenho saudades do KDE, gosto da coisa simples, eficiente e consumindo poucos recursos.

[9] Comentário enviado por omag0 em 07/10/2016 - 09:07h

Iniciei no mundo linux com gnome e até hoje o uso. Não o considero o mais bonito, mas o mais prático em questão de atalhos. E não é tão pesado na minha máquina.
Instalei o KDE plasma. Muito bonito e elegante, mas igualmente bugado (pelo menos a versão que testei. 5.3 se não me engano).
Em minha humilde opinião, para o Gnome se tornar melhor, poderiam trocar o gerenciador de arquivos.

[10] Comentário enviado por max_speed em 07/10/2016 - 18:09h

Com KDE 3.5.10 em primeiro e em segundo colocado o KDE 4. Nesta sequencia em usabilidade. Gnome 3 é "bagunçdado" e aquele menu é confuso.

[11] Comentário enviado por fernando-sales em 07/10/2016 - 19:20h


[10] Comentário enviado por max_speed em 07/10/2016 - 18:09h

Com KDE 3.5.10 em primeiro e em segundo colocado o KDE 4. Nesta sequencia em usabilidade. Gnome 3 é "bagunçdado" e aquele menu é confuso.


A proposta da interface do Gnome é para desktops de telas grandes e/ou touch, não sei se é um proposta útil para os usuários Linuxs.

[12] Comentário enviado por fernando-sales em 07/10/2016 - 19:26h


[10] Comentário enviado por max_speed em 07/10/2016 - 18:09h

Com KDE 3.5.10 em primeiro e em segundo colocado o KDE 4. Nesta sequencia em usabilidade. Gnome 3 é "bagunçdado" e aquele menu é confuso.

Gosto do KDE 3.5 pela estabilidade e "consistência", mas considero o KDE 4+ uma evolução, principalmente pela beleza e integração dos aplicativos do "Environment". Isso eu considero importante, mesmo que consuma mais recursos como apontam os colegas acima. Uma pena que essa transição do KDE 3 para KDE 4 foi da maneira mais traumática possível.

[13] Comentário enviado por silvergmac em 20/03/2017 - 14:52h

O GNOME é mais impressionante visualmente, mas o KDE é melhor por ser personalizável torna-se mais funcional... mas por ironia do destino hoje eu uso xfce em casa e MATE no trabalho :)


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