Caro José,
eu programo há bastante tempo em Javascript e vi a evolução recente da linguagem, de uma ferramenta para pequenos programas web, para uma linguagem completa de programação utilizada em grandes projetos (Como o navegador Firefox, implementado em javascript e C++ sobre uma API imensa baseada no Gecko e em uma linguagem de interface gráfica chamada XUL (ver
https://developer.mozilla.org/en-US/).
O Google levou o Javascript para um novo patamar, ao programar aplicativos como o GMail e o Google Docs em HTML e Javascript. Esses sistemas são longe de serem pequenos ou simples scripts.
O Javascript pode ser utilizado para fazer aplicativos stand-alone (usando o XULRunner, o SpiderMonkey/TraceMonkey ou o Rhino, o Javascript desenvolvido sobre a plataforma Java).
Mas nada disso tira o mérito de sua explicação, principalmente quanto à comparação com a linguagem Java, cuja proposta é completamente diferente.
A única coisa que eu possa, realmente, discordar é que Javascript "simule" programação orientada a Objetos. Uma linguagem Orientada a Objetos não é apenas uma que tenha uma palavra reservada "class", como o Java ou o C++, mas uma que possua ferramentas necessárias para a programação orientada a objetos. Quando você diz que o Javascript não é orientada a objetos, é porque o Javascript é uma linguagem que não força utilização de determinado paradigma de programação.
Javascript é considerada Orientada a Objetos em sentido estrito e suporta totalmente o OOP através do conceito de "protótipos", como pode ser visto no link
http://en.wikipedia.org/wiki/Prototype-based . Além disso, Javascript possui poderosas capacidades dinâmicas que podem classificá-la como uma linguagem funcional, par a par com o Lisp.
Infelizmente, os maiores usuários de JavaScript são designers que possuem conhecimento restrito de programação adequado ao trabalho deles, que é fazer design, não programar. Acho que a internet seria muito melhor se mais programadores se aproximassem do JavaScript ou se mais Designers se tornassem programadores efetivamente.
Parabéns pelo seu artigo.