Captive-NTFS com kernel 2.6

Muitos, inclusive eu, utilizam esta "maravilha" que é o captive-ntfs, porém poucos conseguem fazer com que o captive funcione com os kerneis mais novos, como os da família 2.6. Na verdade trata-se de uma imcompatibilidade com o Lufs e é o que vamos tentar resolver aqui.

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Por: Wainer Chiari em 09/03/2006


O Captive



Um pouco sobre o Captive-Ntfs: O Captive-Ntfs trata-se um projeto livre, que graças aos avanços alcançados pelo Wine, consegue "montar" partições NTFS com suporte a escrita no Linux.

Como o projeto ainda trata-se de uma "emulação", ou seja, este recurso ainda não é nativo dentro do próprio Linux, alguns pontos são no mínimo discutíveis, quanto a rapidez e estabilidade do tal suporte ntfs.

Ao meu ver, nada que possa comprometer o uso normal de uma máquina Linux, utilizo o captive há algum tempo e nunca tive problemas, seja com minha partição ntfs ou com o próprio captive.

Instalação


Muitos já deram a receita de bolo, inclusive aqui no VOL, de como colocar o captive para funcionar, então não vou me aprofundar muito neste assunto, mas como não poderia deixar de dar estas instruções, vou tentar passar da maneira mais simples e rápida o possível:

Vá em:
E baixe a última versão do captive-ntfs. Foi com esta versão que foi escrita este artigo.

Você precisará também do módulo lufs (Linux Userland File System), que pode ser baixado em seu site oficial:
Com todos os arquivos em mãos, vamos à instalação propriamente dita.

Descompacte o arquivo lufs-0.9.7.tar.gz com o comando:

$ tar zxvf lufs-0.9.7.tar.gz

Entre na pasta que foi criada:

$ cd lufs-0.9.7

Vamos a compilação e instalação:

$ ./configure
$ make
$ su
# make install
# exit


Depois do lufs instalado, procederemos com a instalação do captive:

$ tar zxvf captive-static-1.1.5.tar.gz
$ cd captive-static-1.1.5
$ su
# ./install1


Fonte: Acessando o sistema de arquivos NTFS em modo de leitura e escrita com o captive-ntfs

Esta receita pode ser encontrada em vários lugares, obrigado ao amigo David Gomes, que já nos ensinou como fazê-lo. Aliás, o artigo dele é excelente e se experimentar algum problema, com certeza uma boa lida no artigo deve dar no mínimo uma "luz".

Como o escopo desse artigo é resolver o problema com o kernel 2.6, não vou entrar em detalhes a respeito da instalação e uso do captive.

Na maioria dos tutoriais e artigos que li, existia a instrução de que fossem copiados alguns arquivos do Windows, porém, aqui pelo menos, nunca precisei destes arquivos, então vamos seguir com a instalação, caso tenha algum problema é só copiar os arquivos como dito no artigo acima.

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Páginas do artigo
   1. Aviso
   2. O Captive
   3. O problema
   4. A solução
   5. Depois da gambiarra
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Comentários
[1] Comentário enviado por agk em 09/03/2006 - 14:41h

Humm, realmente muito interessante esse seu artigo, parabéns.
Eu tive exatamente esse problema com o Lufs (Linux userland File System), acho que é assim que escreve, depois de muito empenho eu consegui fazer funcionar, mas a minha decepção foi tamanha que jamais recomendei pra ninguém essa solução.
A velocidade era uma das causas, as vezes levava mais de 20 segundos para abrir umas pasta. Outro problema era renomear, copiar e deletar arquivos. Eu deletava um arquivo, e alguns segundos depois dava um ls e ele estava de volta.
Para mim pareceu uma solução completamente bugada e sem condições de uso, tanto que fiz uma partição fat32 para contornar o problema e continuei a usar a minha ntfs como readonly.
Vou testar essa solução do artigo, depois eu posto o resultado aqui.

[2] Comentário enviado por agk em 09/03/2006 - 14:44h

Verifiquei no meu Kernel 2.6.8 e já existe a linha que eu deveria adicionar.

[3] Comentário enviado por agk em 09/03/2006 - 15:03h

Fiz os procedimentos descritos no artigo, exceto recompilar o kernel, porque o módulo lufs está funcionando corretamente.
Como você colocou no fstab para carregar a partição automaticamente no e com permissão para os users?

[4] Comentário enviado por Token em 10/03/2006 - 05:11h

Prefiro usar o NTFS nativo e oficial do Kernel 2.6. Você não sabia que é possível? É mais seguro, sempre atualizável, há suporte para escrita e gravação, etc...

Tô fora de softwares de terceiros.

Para ativar o módulo NTFS no kernel.

$cat /usr/src/linux/.config|grep NTFS
CONFIG_NTFS_FS=m
# CONFIG_NTFS_DEBUG is not set
# CONFIG_NTFS_RW is not set

E depois .... "mount -t ntfs /dev/hda1 /mnt/ntfs"

Simples.

[5] Comentário enviado por agk em 10/03/2006 - 09:00h

Token, acho que você está enganado quanto ao suporte de escritado do módulo ntfs do kernel.
Segue a descrição dele contida no menu de configuração do Kernel:

CONFIG_NTFS_RW:

This enables the partial, but safe, write support in the NTFS driver.

The only supported operation is overwriting existing files, without
changing the file length. No file or directory creation, deletion or
renaming is possible. Note only non-resident files can be written to
so you may find that some very small files (<500 bytes or so) cannot
be written to.

While we cannot guarantee that it will not damage any data, we have
so far not received a single report where the driver would have
damaged someones data so we assume it is perfectly safe to use.

Note: While write support is safe in this version (a rewrite from
scratch of the NTFS support), it should be noted that the old NTFS
write support, included in Linux 2.5.10 and before (since 1997),
is not safe.
This is currently useful with TopologiLinux. TopologiLinux is run
on top of any DOS/Microsoft Windows system without partitioning your
hard disk. Unlike other Linux distributions TopologiLinux does not
need its own partition. For more information see
<http://topologi-linux.sourceforge.net/>
It is perfectly safe to say N here.

Resumindo:
Você tem suporte a gravação sim, mas apenas para alterar arquivos, ou seja, não poderá criar arquivos novos, e mesmo assim é um suporte limitado a manter o arquivo com o mesmo tamanho.
O NTFS do Kernel do Linux funciona perfeitamente para leitura, mas sinceramente, para gravação ele é praticamente inútil.
[ ]'s.

[6] Comentário enviado por removido em 11/03/2006 - 11:41h

Bem legal esse artigo, mas eu achei outra solução. Ao invés de usar o lufs, eu instalei o FUSE, que pode ser encontrado no Sourceforge. Foi bem fácil, não precisei recompilar kernel nem nada, quer dizer, pelo menos pra mim funcionou. Eu acho que vale a pena tentar.

[7] Comentário enviado por rodrigodlima em 18/03/2006 - 14:13h

Muito bom artigo!
Estou utilizando o Ubuntu 5.10 Breezer, precisei apenas baixar e instalar o Captive. Aqui funcionou perfeitamente. Não precisei instalar o Lufs. Acredito que por default, ele carregou o módulo Fuse na hora da montagem. Olha só:
rodrigo@ubuntu:~/captive-static-1.1.7$ sudo mount -t captive-ntfs /dev/hda1 /mnt/drive-c/
/usr/libexec/captive-fusermount: Notice: Created FUSE device: /dev/fuse
/usr/libexec/captive-fusermount: Notice: Loaded Linux kernel module FUSE: /sbin/modprobe fuse

Tá funcionando blz!

[8] Comentário enviado por jldomingos em 14/03/2007 - 10:37h

Sem desmerecer o captive, achei o ntfs-3g foi milhões de vezes mais fácil e estável de usar. O captive me deu muita dor de cabeça e com os fontes do FUSE e do NTFS-3G em poucos minutos consegui gravar numa partição NTFS arquivos de vídeo que totalizavam quase 200GB, onde o captive abortava no primeiro arquivo realmente grande que encontrava. Por melhor que o captive possa ser, o NTFS-3G se mostrou uma jóia pra mim. Abraço galera !


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