Intel anuncia fim de suas placa mãe

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 26/01/2013 - 16:47h

Eu tenho desktops cuja bios data de 1990 e até mesmo dois laptops Compaq Contura 430 (que são 486 DX100).
Eu considero isso como exceções à regra.
Todos eles estão "mortos para o Windows" mas funcionam no Linux.
Esses laptops pertenceram a uma grande loja de departamentos que tinha contrato de manutenção, e portanto eram muito bem cuidados.
Mesmo assim, as dobradiças com o tempo acabaram emperrando e transformando-os em verdadeiros "cascos de jabuti", onde já fiz os remendos necessários e falta dar o acabamento.
Mas o ponto é: Esses desktops de 1990 poderiam até ter dado pau seguidamente durante todo esse tempo e sempre teriam tido conserto (eu já troquei uma fonte em um deles).
Um desses laptops se desse um defeito mais grave, teria simplesmente morrido há anos.

albfneto
(usa openSUSE)

Enviado em 26/01/2013 - 16:57h

eu tive um smartphone que durou 3 meses e não deu conserto. São aparelhos delicados.

será o fim dos Desktops? e quem gosta deles muito mais que os portáteis? para mim notebook, netbook, tablet são coisas para carregar com vc e usar Internet, para processar coisas, configurar, compilar, fuçar etc... não serve muito...

sem contar que cmo fazer cálculos de energia, processar vídeos, jogar jogos pesados, num aparelho pequeno e com bateria? e o calor?

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 27/01/2013 - 10:24h

Acredito que o desktop como o conhecemos atualmente não deixará de existir.
Para que isso acontecesse, teriam de voltar aqueles terminais IBM "do século passado", ou seja, continuaria na mesma, ou "indo de cavalo a burro".
Mesmo em casa, quase como SOHO, faço coisas que seriam impraticáveis em um tablet, pois uso muito teclado, muita impressora, muito scanner, etc.
Da mesma forma contadores, advogados, médicos, consultores e empresas do varejo, isso para contar "os pequenos usuários".
A partir daí vem os escritórios médios, as clínicas, etc.
Na base exclusivamente de portáteis não dá.
Além do que, hoje estamos vivenciando um tempo de telas cada vez maiores, acima de 19 polegadas, e baixar essa nossa comodidade visual para 7 ou 10 polegadas não faria sentido algum.
Meus monitores são de 17 polegadas e já os estou achando um tanto pequenos.
Meu genro usa monitor de 21 polegadas e meu sobrinho usa a TV de 40 polegadas como saída de seu PC.
Os notebooks de 14" perto disso aí ficam parecendo "chaveirinhos".
E observemos que, visualmente falando, 14" é quatro vezes mais que 7" (êta matemática estranha!)...

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 27/01/2013 - 10:40h

Existe um outro aspecto: Se a placa-mãe der defeito no chipset da BIOS, ninguém em seu juízo perfeito irá se aventurar a consertá-la, pois não valerá a pena.
Como é infinitamente mais barato soldar o processador diretamente na placa-mâe (o processo é robotizado) do que instalar um soquete, será apenas um componente a mais a condenar a placa em caso de defeito.
Fico imaginando como seria o controle de qualidade, pois notebooks até de marcas conceituadas inexplicavelmente apresentam muitos problemas de soldas originais imperfeitas, especialmente no circuito de video (soldas "frias" ou em demasia, que derretem quando aquecidas).
As soldas "de fábrica" são facilmente identificáveis, pois são mais "duras" que aquelas que fazemos na oficina ou em casa (apresentam um teor de estanho mais elevado).
Parece que direta ou indiretamente estão querendo encurtar o tempo de obsolescência de nossos PCs, que no tempo dos XT era de oito anos.
Hoje em dia, um PC é tratado como "um eletrodoméstico qualquer".

levi linux
(usa Arch Linux)

Enviado em 27/01/2013 - 11:14h

Essa é minha preocupação.
Vejamos: um tablet é ótimo para acessar a internet, redes sociais, rodar arquivos multimídia, uso doméstico.
Porém para computação científica acho complicado.

O que me incomoda é que penso que essas mudanças vão ceifar a liberdade do usuário. Por exemplo, tenho um note com Arch e uma partição com uma instalação do Gentoo.
Como instalar Gentoo em um tablet? Tempo de compilação, aquecimento? Então eu teria um equipamento e não poderia usá-lo com total liberdade?
Não digo que seja ruim, porém é um paradigma novo, pelo menos para mim.
Se for possível rodar Slack ou Arch, devidamente, em um tablet, não tenho reclamações.

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 28/01/2013 - 11:34h

Além do que, a moderna prática do "thumb typing" (digitação com os polegares) certamente irá potencializar os casos de LER (lesão por esforço repetitivo).

Onde enfatizo: Computadores são computadores, gadgets são gadgets.
Como dizem os grandes filósofos Confúsio e Rui Babosa: "Cada um no seu quadrado".
Não dá para imaginar um estoquista ou um contador que passe o dia inteiro digitando em uma touch screen ou em algum teclado onde as teclas tenham menos de 19mm.