Linux perdeu a Má Fama...

1. Linux perdeu a Má Fama...

Alberto Federman Neto.
albfneto

(usa openSUSE)

Enviado em 23/05/2013 - 09:41h

Tenho visto nos últimos anos, Linux perdeu aquela Má Fama que tinha, de ser ruim, de não funcionar, de ser feio, de só ter tela preta etc...

ou é impressão minha? Sou só eu que acho?

não tenho visto mais aquela galera que dizia que ia voltar pro Windows, que queira reformatar e por o XP pirata etc...

tenho visto sim, gente que compra um micro com linux (algumas vêzes muito antigo e porisso dificil de atualizar) efala quelegal, que bonito, como é que eu uso isso?, eu quwro usar, quero aprender...

é uma mudança de atitude de quem ve linux a primeira vez. tem uma coisa que eu faço as vezes, eu mostro compiz ou Kwin para um winuser, ou abro uma sessão em KDE e outra em MATE, para mostrar que a tela é toda diferente... O winuser fica "abobado", impressionado, e fala... e é rápido!

perguntam se dá para fazer em windows! aí eu explico, não dá pq precisa de gerenciamento direto de memória.

Agora é opinião minha: o que vcs acham? Se a Galera Winuser quisesse criar um Compiz para Windows, podia funcionar até bem, se usassem DirectX, para gestão eficiente da memória de vídeo, ou estou errado?


  


2. Re: Linux perdeu a Má Fama...

Buckminster
Buckminster

(usa Debian)

Enviado em 23/05/2013 - 10:28h

albfneto escreveu:

Tenho visto nos últimos anos, Linux perdeu aquela Má Fama que tinha, de ser ruim, de não funcionar, de ser feio, de só ter tela preta etc...

ou é impressão minha? Sou só eu que acho?

não tenho visto mais aquela galera que dizia que ia voltar pro Windows, que queira reformatar e por o XP pirata etc...

tenho visto sim, gente que compra um micro com linux (algumas vêzes muito antigo e porisso dificil de atualizar) efala quelegal, que bonito, como é que eu uso isso?, eu quwro usar, quero aprender...

é uma mudança de atitude de quem ve linux a primeira vez. tem uma coisa que eu faço as vezes, eu mostro compiz ou Kwin para um winuser, ou abro uma sessão em KDE e outra em MATE, para mostrar que a tela é toda diferente... O winuser fica "abobado", impressionado, e fala... e é rápido!

perguntam se dá para fazer em windows! aí eu explico, não dá pq precisa de gerenciamento direto de memória.

Agora é opinião minha: o que vcs acham? Se a Galera Winuser quisesse criar um Compiz para Windows, podia funcionar até bem, se usassem DirectX, para gestão eficiente da memória de vídeo, ou estou errado?


Não funcionaria.
O DirectX é um conjunto avançado de APIs (interface de programação de aplicativo) de multimídia interno dos sistemas operacionais Windows que amplia os recursos de multimídia de um computador. O DirectX permite o acesso aos recursos de placas de vídeo e áudio de um computador, o que habilita os programas a fornecerem recursos gráficos 3D realistas e efeitos de áudio e música intensos.

Ou seja, ele é gerenciado pelo sistema operacional, e o Windows não tem um bom gerenciamento de memória. E criar um Compiz para Windows seria criar uma camada a mais de gerenciamento.

Para o Windows ter um bom gerenciamento de memória só alterando o kernel dele, e isso é praticamente impossível. Seria como mudar todo o sistema operacional.

Por isso que a Microsoft exige que os fabricantes de hardware estejam sempre criando processadores e máquinas potentes e por isso que o Windows exige bastante memória.

A questão é que o Linux é um sistema do tipo "faça você mesmo" e as pessoas hoje em dia, em se tratando de informática, querem rapidez, o que, a meu ver, não tem propósito.

Se falássemos em facilidade, até concordo em usar Windows em vez de Linux. Porém, hoje temos o Ubuntu, o Mint, o OpenSuse, que são sistemas muitos fáceis de usar.


3. Re: Linux perdeu a Má Fama...

Alberto Federman Neto.
albfneto

(usa openSUSE)

Enviado em 23/05/2013 - 11:14h

o que ví na net e em livros, e conversando com um meu amigo da fac, que é Matemático e programador em C++, ele fala que no Windows, para manter a compatibilidade e poder rodar programas, software antigo paea windows, windows gerencia memória em blocos de 256K e no Linux é direta, gerencimento direto.

o que vc tá falando é que seria tb necessário para Compiz, gerenciamento direto da RAM Do micro, e que o DirectX só consegue, só faz no win, gerenciamento direto da memória de vídeo, é isso?


4. Re: Linux perdeu a Má Fama...

litereart
4tentativa

(usa Linux Mint)

Enviado em 02/06/2013 - 16:29h

Oi, albfneto!

Respondendo diretamente a questão do 'Linux perdeu a máfama", acabei de publicar uma resposta enorme no tópico "Linux muito antigos".

Vejo o Linux num momento muito propício para atingir novos usuários e expandir a comunidade. Até o governo federal anda, discretamente, incentivando o software livre...

Mil beijos




5. Re: Linux perdeu a Má Fama...

ian cléver sales fernandes
ianclever

(usa Arch Linux)

Enviado em 02/06/2013 - 18:32h

Na verdade até tem o compiz-fusion para windows, mas pelo que vi nos vídeos é uma bosta, ativa poucos efeitos.
E de certa forma perdeu a má fama sim, muitos hoje até admitem que funciona, mas o que ainda tem se tornado um grande impecílio para a migração para o GNU/Linux hoje vem sendo falta de saber onde procurar ajuda, também falta de profissionais capacitados(proporcionalmente) para ensinar, cursos especializados, pelo menos aqui no meu estado não tem nenhum curso especializado em GNU/Linux.
E outro o vício em alguns programas proprietários que só existem na plataforma windows.
Mas de certa forma, vagarosamente está havendo um progresso sim, porém a resistência ainda é grande, mesmo nos profissionais da área de tecnologia.
Notei isso nesse evento que eu fiz, e na convivência.
Para você ter uma idéia veja o que o chefe de uma assistência técnica daqui falou, para o meu colega que trabalhava la:

compraram uma meia dúzia de computadores porcaria, e vinha com um GNU/Linux instalado, segundo meu colega até legalzinho, meu colega disse:

-(meu colega)E aí tem GNU/Linux instalado, é bom .... e aí vamos deixar assim?
-(chefe)Não ! Coloca windows.
-(meu colega)Mas deixa pelo menos um, vai que alguém pede, tal ...
-(chefe)Não! O povo daqui é burro, mau conhece windows vai conhecer GNU/Linux!




6. Re: Linux perdeu a Má Fama...

Clodoaldo Santos
clodoaldops

(usa Linux Mint)

Enviado em 02/06/2013 - 19:23h

Distros fáceis e bonitas como LinuxMint-MATE e Mageia-KDE seriam minha sugestão p/ virem instalados em desktops e notebooks



7. Re: Linux perdeu a Má Fama...

Andre (pinduvoz)
pinduvoz

(usa Debian)

Enviado em 02/06/2013 - 19:50h

Depende...

Muita gente compra computador com Linux que não foi instalado como deveria, e isso faz com que a má-fama ainda exista.

Mas,felizmente, até as distros ruins estão melhorando e, por conta disso, o Linux pré-instalado também melhora.


8. Re: Linux perdeu a Má Fama...

Sergio Teixeira - Linux User # 499126
Teixeira

(usa Linux Mint)

Enviado em 02/06/2013 - 20:54h

O que no início era uma vantagem do Windows, com o tempo passou a tornar-se em desvantagem.
Windows não trabalha baseado no hardware (como todos os demais OSes fazem), mas em sucessivas camadas de software como drivers, APIs, LIBs, DLLs, OCX, VBX e outros.
Faltando b]uma[/b] delas, ou estando desatualizada ou incompatível (o que é mais frequente), a coisa simplesmente não funciona.

Essas camadas, facilitadoras para quem programa (economiza muito trabalho) têm porém a sua contraparte, que é a extrema vulnerabilidade, o que fa ser praticamente impossível ao usuário mediano usar Windows sem um bom antivirus, um antitrojan e outros dispositivos.

Em função dessas camadas de software, no frigir dos ovos tudo no Windows acaba trabalhando por emulação, não por gerenciamento direto.
Outra desvantagem: Cada desenvolvedor de software pode modificar a seu bel prazer algumas dessas camadas, gerando malfuncionamentos de tal natureza que fatalmente levarão o micro à oficina.

Windows ainda se apodera do HD por inteiro, e mesmo em uma instalação "limpa" já grava dados nas trilhas e setores finais.
Como grava dados no lugar que esteja mais próximo, ou mais acessível no momento, tende a fragmentar esses dados com grande facilidade, e a sobrecarregar os motores e as cabeças do drive de HD.

Em função disso, consome consideravelmente mais memória que os demais sistemas operacionais, e como consequência, em igualdade absoluta de condições, se torna inevitavelmente mais lento.

Linux sempre levou vantagem quanto a velocidade, leveza, segurança e confiabilidade.
Atualmente, o que ainda pesa é - sem dúvida alguma - a parte gráfica.

No leste europeu e em muitos lugares dos Estados Unidos, ainda é comum as pessoas usarem Linux em modo texto, costume muito diferente daqui do Patropi, onde usuários são atraídos por interfaces bonitas, e não pela funcionalidade em si.
Nada de mais, estão simplesmente exercendo seu direito de preferência.
Claro que, ocorrendo os dois - funcionalidade e beleza - um usuário Linux pode se considerar "no céu"...

Atualmente, existem instaladores gráficos para diversas distros Linux, onde um usuário que saiba "o essencial do essencial" é capaz de fazer sozinho a instalação sem maiores problemas.
Nesse ponto é que a alegada dificuldade no uso do Linux cai por terra.
Muitas dessas "dificuldades" e os demais "obstáculos" eram estrategicamente sugeridos ou insinuados por técnicos de hardware e por vendedores cuja capacitação estava visivelmente limitada ao mundo Windows, e que não estavam nem aí para procurar aprender mais alguma coisa.

A verdade é que Linux provoca muito menos manutenção de hardware, não exigindo as constantes reformatações, as reinstalações, e tudo aquilo que patrocina "o leite das crianças" dos técnicos...

Sendo mais objetivo: Um técnico de hardware que se disponha a atender somente a máquinas Linux, simplesmente terá de mudar de profissão, pois estatisticamente raríssimos serão os micros que irão para o "conserto", para "manutenção" ou qualquer outro nome que se dê a isso..


9. Re: Linux perdeu a Má Fama...

ian cléver sales fernandes
ianclever

(usa Arch Linux)

Enviado em 03/06/2013 - 00:05h

Então o que eu imaginava é realmente verdade Teixeira?(só por curiosidade eu sou técnico também, mas pelo que vejo no seu curriculo aqui na viva o GNU/Linux estou longe de chegar ao menos a metade de seus conhecimentos até porque você tem bem mais anos de prática que eu). Tenho 17 anos então obviamente não acompanhei o inicio do GNU/Linux, etc, então realmente isso que GNU/Linux é dificil vem sendo plantado a muitos e muitos anos(só por curiosidade)?


10. Re: Linux perdeu a Má Fama...

Sergio Teixeira - Linux User # 499126
Teixeira

(usa Linux Mint)

Enviado em 03/06/2013 - 03:35h

Então o que eu imaginava é realmente verdade Teixeira?(só por curiosidade eu sou técnico também, mas pelo que vejo no seu curriculo aqui na viva o GNU/Linux estou longe de chegar ao menos a metade de seus conhecimentos até porque você tem bem mais anos de prática que eu). Tenho 17 anos então obviamente não acompanhei o inicio do GNU/Linux, etc, então realmente isso que GNU/Linux é dificil vem sendo plantado a muitos e muitos anos(só por curiosidade)?


Talvez você não tenha alcançado a época dos comandos do MS-DOS.
O grau de dificuldade/facilidade era exatamente o mesmo, e os usuários viviam felizes.

Essa cultura de que "Linux é difícil" foi implantada gradativamente por preguiçosos e também por pessoas mal intencionadas.

E antes do MS-DOS da Microsoft havia o CP/M da Digital Research, muito mais poderoso e que dava acesso às "entranhas" da máquina.
CP/M era extremamente portável, e havia versões específicas para vários processadores totalmente diferentes como o Z-80 da Zilog e o 6502 da Motorola.

Pode-se dizer que o MS-DOS é uma cópia descarada e muito simplificada do CP/M para 16 bits, pois os comandos que permaneceram eram exatamente os mesmos, apenas de forma mais amigável.
Por exemplo, o comando COPY e os demais comandos de movimentação de arquivos tinham uma sintaxe inversa:
Para copiar um arquivo do volume A: para o volume B:
No CP/M: COPY B: A:
No MS-DOS: COPY A: B:

Lançada a versão "CP/M 86", esta porém, devido às tradicionais práticas comerciais da Microsoft, ficou relegada a um segundo plano: É que o Windows, ao reconhecer que o SO de base não era o da Microsoft, apresentava uma mensagem "fake" de ERRO.
Na verdade, não havie erro algum, mas a presença daquela mensagem irritava bastante os usuários e tirou a credibilidade do SO da Digital Research, que acabou fechando as portas.
(Windows quando começou era apenas uma camada gráfica que rodava sobre o sistema operacional, e não um sistema operacional em si; Depois do Windows 98 a coisa começou a mudar, e a ficar gradativamente mais difícil usar comandos do DOS que ainda permanecem por ali).

Também se instalou naquela época uma cultura de denominar erroneamente o "volume" como se fosse "drive".
Esse erro era comum entre os primeiros windowsistas, que ainda não tinham uma noção muito clara do que era "formatar" e "particionar".
Como em geral formatavam o drive inteiro, o "drive" assumia o nome do "volume".

Para que se tenha uma idéia, o Windows tem alguns automatismos que são indesejáveis.
Em modo DOS podíamos formatar um volume de várias formas, e sempre havia solução para tudo, enquanto o Windows sempre foi muito engessado para fazer a mesma coisa.

Vieram da Austrália várias caixas de disquetes usados de 3 1/2" formatados como "Apple" (2MB, em vez dos 1,44 do DOS) e o Windows simplesmente os desconhecia (o formato da Apple não gravava aqueles arquivos ocultos que são normais na mídia de Windows, e com isso ganhava-se bastante espaço).
Seriam portanto centenas de disquetes inúteis.

Através do uso do DOS, eu rapidamente os reformatei, sendo que alguns deles, que estavam defeituosos, eu diminuí sua capacidade para 720MB.
E naquela época, 720MB ainda dava para gravar muita coisa...

Resumindo, o Linux em modo texto faz rigorosamente a mesma coisa que CP/M fazia, porém com outros comandos.
A dificuldade portanto somente era enxergada por aqueles que não desejavam de forma alguma aprender nada de novo.

Diga-se de passagem, nos tempos dos micros de 8 bits, havia pelo menos 4 sistemas operacionais diferentes para os TRS-80 (o nosso CP-500), e era muito comum os usuários terem conhecimento de pelo menos dois deles.
Parece que então a preguiça era menor.

E como a maioria das pessoas tende a se acomodar sem procurar novas informações, essas lendas antigas têm prosseguido até os dias de hoje.

À medida em que GNU/Linus se torna tão ou mais amigável que Windows (depende), não vejo por que ter preconceito contra qualquer coisa que não seja da Microsoft.

Fui totalmente leigo em Linux até o ano de 2006, quando comecei a frequentar o VOL.
Hoje continuo leigo, porém já deu para fazer uma porção de coisas, instalar um monte de distros, promover alguns "kernel panics", etc.
E acho Linux relativamente fácil e muito mais intuitivo.

Minha filha é usuária de Windows 7, mas quando chega aqui em casa, encara a distro que estiver na máquina sem fazer perguntas.
Tudo o que ela faz no Windows, o faz igualmente no Linux.
Apenas reclama que a cada hora tem uma distro diferente...

E realmente é meio chato estar mudando de Ubuntu para OpenSuse e para Linux Mint ou DSL, pois as coisas são bem diferentes de uma distro para outra.
Mas isso também ocorre no Windows: Que semelhança existe entre o Windows 3.11, o 95, o Vista e o Seven?
Ou entre o MS Word 6.0 (para mim a versão melhor, mais rápida e mais poderosa de todos os tempos) e a versão atual? Nem os arquivos gerados são iguais, ou pelo menos compatíveis.
A propósito, se usarmos aquele recurso de gravação automática, nossos arquivos de texto ficarão imensos: É que eles gravam cópias de si mesmos dentro do próprio arquivo.
Havendo alterações, o Word grava o arquivo original seguido novamente de todo o texto e mais as alterações efetuadas, e assim sucessivamente.

Vamos supor que eu tivesse usado a gravação automática até a palavra "sucessivamente"; como eu editei o texto após a gravação, o Word grava tudo até o "sucessivamente", e inicia nova gravação dentro do mesmo arquivo, com todo o texto repetido, e mais tudo o que houver até "aqui".
Façam a experiência!

Quem tem um texto muito grande e pretende editar uma apostila, se houver pouco espaço o PC vira uma carroça.
O truque portanto é forçar a gravação manualmente, pois assim as sucessivas "cópias de segurança" são eliminadas, permanecendo o texto integral.
Na gravação automática, os arquivos podem ficar de 4 a 5 vezes maiores.

Mas para um windowsista inconsciente, isso "não tem a mínima importância".


11. Linux perdeu a Má Fama...

Edwal F. Paiva Filho
nicolo

(usa Ubuntu)

Enviado em 03/06/2013 - 12:51h

Não fiquem tristes,
Estão se esforçando para restaurar a má fama do Linux. A Canonical se esforça e esse Unity que já causou um racha no Ubuntu. Hoje o Ubuntu oficial está até perdendo para a soma das variantes Lubuntu, Xubuntu, Kubuntu, Ubuntu Gnome, e Ubuntu Studio. Niguém aguenta os esforços do Unity.

Mais esforços com o Gnome shell, o Debian se engajou na corrida para restaurar a má fama do Linux.
A má fama não será perdida por falta de esforços.





12. Re: Linux perdeu a Má Fama...

Sergio Teixeira - Linux User # 499126
Teixeira

(usa Linux Mint)

Enviado em 03/06/2013 - 14:03h

Mas vão se esforçar assim no raio que os parta!...
Ô lôko, meu!
rsrs



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