Comparando desempenho de distros, arquiteturas ou ambientes gráficos - Método universal

Este artigo reporta um método universal para comparar desempenho de distros, ambientes gráficos e arquiteturas (32 e 64 bits), operando em condições de controle de variáveis, através do uso de boot em ambiente live-DVD.

[ Hits: 16.260 ]

Por: Alberto Federman Neto. em 29/05/2015 | Blog: https://ciencialivre.blog/


Materiais e métodos



A. Materiais

A.1. Computador utilizado:

O mesmo computador foi utilizado em ambos os testes. Um AMD, Phenom, 8 núcleos, 64 bits, processador "Bulldozer", FX-8120, com 16 gigas de memória RAM, DDR3.

Esse computador é reportado como tendo performance comparável aos Intel Core I5:
A.2. Distribuição Linux utilizada:

Escolhemos usar live- DVDs de Ubuntu Versão 14.10, 32 e 64 bits.

Porque Ubuntu? Embora eu não seja um usuário de Ubuntu, o escolhi por alguns motivos: ele é facilmente disponível e é um Linux "padrão". É o Linux mais conhecido pelos usuários e o mais usado no Brasil.

Ainda, não seria possível usar Sabayon (minha distro favorita) visto que as versões de 32 bits não existem mais. Ficaria sem termos de comparação.

Portanto, ambas as ISOs (32 e 64 bits) de Ubuntu 14.10, com ambiente gráfico Unity, foram baixadas destes endereços:
E "queimadas como imagem", em DVDs virgens de mesma marca (Elgin), mesma velocidade (4X), no mesmo programa (K3B, versão 2.0.3, em Sabayon Linux 15.06 atualizado, com KDE 4.14.7), de maneira clássica e conhecida.

Em ambos os live-DVDs feitos, a gravação dos dados foi verificada no próprio K3B.

B. Métodos

B.1. Boot dos live-DVDs:

Separadamente, um por vez, foram carregados os Boot dos live-DVDs de Ubuntu.

Como os DVDs são semelhantes e carregados no mesmo computador, a maior parte das condições e variáveis envolvidas são iguais, portanto, são controláveis. A única diferença entre os DVDs, seriam as arquiteturas 32 e 64 bits.

Cumpre salientar que por trabalharmos em ambiente live Boot, live-DVDs, os experimentos foram feitos em condições independentes do disco rígido e portanto, de nada adiantaria configurar a máquina para condições de máxima performance.

Fazer isso implicaria em configurar programas que estão no disco rígido, o que seria ineficiente em nossos Experimentos, pois isolamos e uniformizamos o maior número de variáveis, para podermos comparar (veja Introdução).

B.2. Suite, conjunto de testes de desempenho, benchmark:

Poder-se-ia empregar pequenos pacotes de Benchmark ou "Estressadores de CPU" como Geekbench, Bashmark, Hardinfo, CPUBurn ou scripts feitos para isso:
Porém, a maior e mais completa suite de benchmark, é considerada a "Phoronix":
O site OpenBenchmarking descreve os inúmeros testes constantes da Phoronix:
Além das versões presentes nos repositórios da principais distros, a Phoronix tem uma versão pré-compilada, que roda "standalone", independente da distro usada, bastando expandir e executar:
Pela facilidade e pela necessidade de mantermos a maior parte da variáveis sob controle, em ambiente live Boot, utilizamos essa versão de Phoronix.

Portanto, a suite Phoronix, versão 5.8 "Development", foi baixada e expandida para o diretório adequado e usada nos Experimentos (veja Páginas 4 e 5).

Se você quiser, você pode baixar a "Phoronix Test Suite" e salvá-la, guardá-la em um pendrive. Desse modo, bastará copiar para as distros que vai testar, no ambiente live, mesmo.

Em resumo, os testes deste artigo foram feitos no mesmo micro, com a mesma distro (DVDs gravados da mesma maneira), com boot de live-DVDs semelhantes, fora do disco rígido, com a mesma suite de benchmark.

Podemos então, comparar as performances de Ubuntu, 32 e 64 bits, em condições análogas e muito semelhantes. Isso minimiza eventuais erros. Percebem que os testes foram feitos em condições em tudo análogas, para poderem ser comparados?

Página anterior     Próxima página

Páginas do artigo
   1. Procedimento prático
   2. Introdução
   3. Materiais e métodos
   4. Preparativos para realizar os experimentos
   5. Experimentos, testes e resultados
   6. Discussão e conclusão
Outros artigos deste autor

Ambiente gráfico MATE no Sabayon Linux

Resolvendo problemas de rede em Linux

Utilização de Webcams Antigas no Sabayon Linux com Kernel 5.7 - 2020

Estudo comparativo de alguns gerenciadores e aceleradores de download

Sabayon Linux: Migrando KDE4 para KDE5

Leitura recomendada

Instalando e usando impressora e scanner na multifuncional HP F4180 (e série F4100) no Linux

Adaptação 2 em 1 de cabo de par trançado 10/100

Linux no Palm TX!

Instalando Linux em notebooks - uso de cheatcodes

Conheça tudo sobre os hardwares que compõem o seu computador com um simples comando

  
Comentários
[1] Comentário enviado por removido em 29/05/2015 - 14:17h

Mais um grande artigo do mestre Alberto.

Favoritado!

[2] Comentário enviado por xerxeslins em 29/05/2015 - 14:50h

Interessantíssimo!

:)


--
Só digo uma coisa: num digo é nada. E digo mais: só digo isso.

[3] Comentário enviado por clodoaldops em 29/05/2015 - 16:52h

Vai ter muita gente usando este artigo para tese de mestrado em TI.
Eu só uso 32bits no netbook pq o processador é 32bits.
Belo trabalho!

[4] Comentário enviado por PX em 02/06/2015 - 17:12h

Legal, adoro beachs, faltou só testar o famigerado dual-channel rsrsr, queria saber se muda tanto com ou sem dual.
Quanto a memória RAM acho que muito ou pouca não modifica a performance por si só mas sim a latência e frequência e também o tipo - ddr2 para ddr3 tem bastante diferença ao meu ver - das mesmas assim como o dual channel, a menos que sejam jogos ou aplicativos "pesados" como Tera e Photoshop que possuem em ordem texturas e filtros aos montes.

Tem também o superpi:

versão linux >> http://ubuntuforums.org/showthread.php?t=60264

versão windows >> http://www.superpi.net/Download/


Contribuir com comentário




Patrocínio

Site hospedado pelo provedor RedeHost.
Linux banner

Destaques

Artigos

Dicas

Tópicos

Top 10 do mês

Scripts