Para um administrador de redes que está fazendo (ou está pensando em fazer) um planejamento, ou ampliação, de uma rede de computadores, com certeza, está tendo dores de cabeça na hora de distribuir os endereços de IP entre os Hosts.
É cálculo daqui, quebra de rede ali, que no fim das contas, pode não dar um resultado à altura do trabalho executado. Em redes IPv4 isto é muito comum, devido à falta de endereços disponíveis que estamos enfrentando em todo o mundo.
Como sabemos, o protocolo IPv4 é composto de 2^32 endereços. Isso totaliza 4.294.967.296 números de endereços IP. Parece bastante, mas levando em consideração a ascensão explosiva de usuários da Internet, não temos um endereço para cada habitante da população mundial.
Abaixo, temos uma figura que demonstra como estes endereços foram distribuídos pelo mundo ao longo dos anos:
Restringindo este problema à uma instituição, organização ou ISP, vemos que um planejamento para a distribuição de endereços IP para todos os membros da rede se dá de forma complicada, porque na maioria das vezes, é necessário utilizar de métodos que "economizam" endereços válidos para que a rede funcione normalmente.
Supondo que um
AS tenha um bloco de endereços IPv4/20, ou seja, 4096 possíveis endereços IP válidos na Internet. Tirando os endereços identificadores de rede, endereços broadcast, e endereços para a gerência desta rede, este número diminui e acaba se tornando pouco para a distribuição aos Hosts.
É necessário quebrar a rede, criando VLANs e até mesmo utilizar o NAT, para que não faltem IPs aos membros deste
AS. Isto dificulta o planejamento para uma possível ampliação da rede do AS, assim como a organização contínua de IPs delegados à sub redes ou a Hosts.
Exemplo: se uma sub-rede do
AS necessite de mais endereços IP para uma ampliação de sua infraestrutura, pode ser que a continuação desta rede já esteja alocada à outra sub-rede. Isso é um princípio de bagunça na distribuição de endereços, que pode resultar em uma bola de neve, devido à escassez de endereços.