Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

37. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Buckminster
Buckminster

(usa Debian)

Enviado em 03/05/2013 - 18:48h

Do jeito que essa daí fala parece que se o homossexualismo for considerado como doença de novo, os homossexuais serão internados em um hospício, o que não é verdade.

Cada um terá o direito de querer se tratar ou não, assim como o alcoolismo.

Estão fazendo uma tempestade num copo de água.

E, como nós já conversamos antes, o problema todo aqui é a destruição do Direito de Família.

E se a OMS resolver tirar a pedofilia da lista de doenças (o que já estão querendo fazer)?

Daí o próximo passo será legalizar ela.


  


38. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Luciano
Rei Tenguh

(usa Arch Linux)

Enviado em 03/05/2013 - 19:04h

Francamente não considero uma tempestade em copo d'água um político afirmar opiniões filosóficas pessoais como algo a descarecterizar a ciência frente a medicina. Acho seríssimo. E se torna ainda mais sério quando esse político não vê - ou não quer ver - todo o histórico jurídico de seu próprio país quanto a isso.

Quando os manicômios eram centros de tortura, o argumento também era o de que trataria-se quem quisesse. Mas as pessoas, em especial menores de idade, não tem poder de dizer "não" as famílias, e vira o que já virou uma vez.

Vale também lembrar que eram duas caraceterísticas sociais principais nos EUA da década de 60:
1- Todo mundo achava que o governo e a polícia deviam resolver todos os problemas, inclusive os morais.
2- Era a coisa mais comum do mundo uma mulher ser lobotomizada e virar zumbí por demostrar os "problemas psicológicos" ao pedir o divórcio.

Pessoalmente, eu tive um amigo que foi o exponencial da estória contada no filme brasileiro "Bicho de Sete Cabeças": o cara era um gênio com números; os cálculos que fazia de cabeça eram invejáveis, e suas conversas com o economista que morava no m,esmo prédio deixavam qualquer um de cabelos em pé.
Até que um dia o ignorante do pai pegou ele fumando um baseado e internou o coitado, pra tratamento psicológico. Bom, eu teria de gesticular pra conseguir expressar o jeito que ele saiu desse "tratamento". Ele PIROU, ficou bôbo, retardou-se, virou pinél.

Duas coisas poderia ser diferentes para que aquela bela mente não tivesse sido completamente destruída: ele estaria salvo se ou o seu pai tivesse fumado ao menos um baseado na vida ou se o Estado cumprisse a sua parte de proteger o cidadão evitando que alguém fosse internado pra "tratar" algo só porque desagradava alguém.

________________________________

É perigoso, amigo Buckminster. MUITO perigoso.
Penalidades (mesmo que chamadas de "tratamento") a pessoas que não representam perigo aos demais são uma das atitudesa mais perigosas a que um sistema pode se propor; ao lado, em intensidade, do perigo constante e diário a que a democracia se mantém desde sempre.


39. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Andre (pinduvoz)
pinduvoz

(usa Debian)

Enviado em 03/05/2013 - 19:05h

Buckminster escreveu:

E se a questão da maioridade penal é exatamente estender-lhes à esfera penal direitos e deveres que eles JÁ possuem na esfera civil, o contrário também é válido.


A maioridade penal é absolutamente independente da maioridade civil. Tanto é assim que desde 1940, ano em que foi promulgado o Código Penal ainda em vigor (obviamente, com muitos "remendos"), a responsabilidade penal começa aos 18 anos. E no Código Civil de 1916, que vigorou até janeiro de 2003, a maioridade civil vinha fixada em 21 anos.

Só a partir da entrada em vigor do Código Civil de 2002 é que as "maioridades" coincidem (18 anos para as duas).


40. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Andre (pinduvoz)
pinduvoz

(usa Debian)

Enviado em 03/05/2013 - 19:08h

Cara, absurdo existir uma lei que proíbe um psicólogo de tratar homossexualismo como doença (e se existe, eu desconheço).

Isso é matéria para os Conselhos de Psicologia, Regionais e Federal, no máximo.


41. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Buckminster
Buckminster

(usa Debian)

Enviado em 03/05/2013 - 19:12h

pinduvoz escreveu:

Buckminster escreveu:

E se a questão da maioridade penal é exatamente estender-lhes à esfera penal direitos e deveres que eles JÁ possuem na esfera civil, o contrário também é válido.


A maioridade penal é absolutamente independente da maioridade civil. Tanto é assim que desde 1940, ano em que foi promulgado o Código Penal ainda em vigor (obviamente, com muitos "remendos"), a responsabilidade penal começa aos 18 anos. E no Código Civil de 1916, que vigorou até janeiro de 2003, a maioridade civil vinha fixada em 21 anos.

Só a partir da entrada em vigor do Código Civil de 2002 é que as "maioridades" coincidem (18 anos para as duas).


Os tempos são outros pinduvoz. Hoje em dia vivemos em uma confusão onde ninguém mais se entende. E assim vão criando leis, uma atrás da outra.

O cara vai envelhecendo e ficando cansado de dar opiniões em coisas que são simples, mas que parecem que querem complicar.

Uma vez eu até acompanhava as mudanças no Direito Penal e no Direito Civil, mas são muitas leis que o cara teria que dedicar uma vida inteira e ainda assim não conseguiria entender todas.


42. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Buckminster
Buckminster

(usa Debian)

Enviado em 03/05/2013 - 19:14h

Rei Tenguh, homossexualismo é uma questão de ordem pessoal. O Estado não pode interferir em questões de ordem pessoal.
Em uma utopia isso seria possível, mas não no mundo em que vivemos.


43. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Luciano
Rei Tenguh

(usa Arch Linux)

Enviado em 03/05/2013 - 19:18h

Simn é matéria; já foi mais do que discutido, é coisa tida como seríssima no CFP:

O percurso foi o seguinte:
1- "Doença" é o que causa sofrimento e atrapalha a vida.
2- Pessoas eram submetidas a "tratamentos" contra o homo sexualismo (que não é doença) e por conta disso adquiriam patologias clínicas REAIS.
3- Então, baseado em discussões e estudos CIENTÍFICOS (e não morais) chegou-se a conclusão que o tratamento MÉDICO contaria no inverso: que a pessoa aceitasse a própria natureza, sem pesar sobre ela opiniões morais de outros, para EVITAR patologias psicológicas reais.
4- Então, a medicina fez seu papel de curar e o estado de proteger: a medicina tomou o rumo da auto-aceitação por seus paciêntes e o Estado proibiu que opiniões ético-morais adentrassem o campo da saúde, o que estava causando sofrimento a inocentes por conta de imposições filosóficas (o que é o oposto ao Estado de direito)

_________________

Perdão, postamos juntos. Mas acho que minha opinião já foi postada,por coincidência :) É dever do Estado proteger contra a imposição moral de qualquer um outro sobre outrem, e também é dever do Estado cuidar da saúde pública.

Sim, o homo sexualismo é de ordem pessoal. Mas as reações [de outras pessoas] a ele são relacionadas também aos direitos civis, e os fundamentos da discussão são (e devem ser) da ordem da ciência e da medicina. E o que considera o homo sexualismo um "problema" são questões de ordem filosófica e moral, e NÃO científicas; nesse âmbito - o médico/científico - não tem motivo nenhum pra ser considerado como "doença"


44. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Buckminster
Buckminster

(usa Debian)

Enviado em 03/05/2013 - 19:28h

Mas os psicólogos e psiquiatras são proibidos atualmente de tratar o homossexualismo.

Como um homossexual poderá se tratar se não encontra um médico que possa tratá-lo?

Está entendendo como isso é um ciclo?

Essa discussão em torno desse tema está gerando uma confusão dos diabos no País.


45. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Andre (pinduvoz)
pinduvoz

(usa Debian)

Enviado em 03/05/2013 - 19:28h

Buckminster escreveu:

pinduvoz escreveu:

Buckminster escreveu:

E se a questão da maioridade penal é exatamente estender-lhes à esfera penal direitos e deveres que eles JÁ possuem na esfera civil, o contrário também é válido.


A maioridade penal é absolutamente independente da maioridade civil. Tanto é assim que desde 1940, ano em que foi promulgado o Código Penal ainda em vigor (obviamente, com muitos "remendos"), a responsabilidade penal começa aos 18 anos. E no Código Civil de 1916, que vigorou até janeiro de 2003, a maioridade civil vinha fixada em 21 anos.

Só a partir da entrada em vigor do Código Civil de 2002 é que as "maioridades" coincidem (18 anos para as duas).


Os tempos são outros pinduvoz. Hoje em dia vivemos em uma confusão onde ninguém mais se entende. E assim vão criando leis, uma atrás da outra.

O cara vai envelhecendo e ficando cansado de dar opiniões em coisas que são simples, mas que parecem que querem complicar.

Uma vez eu até acompanhava as mudanças no Direito Penal e no Direito Civil, mas são muitas leis que o cara teria que dedicar uma vida inteira e ainda assim não conseguiria entender todas.


É minha área. Tenho obrigação de saber isso.



46. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Buckminster
Buckminster

(usa Debian)

Enviado em 03/05/2013 - 19:31h

pinduvoz, porque sempre nas discussões sobre a redução da maioridade penal sempre aparece o argumento de que se um jovem de 16 anos pode votar, também pode ser responsabilizado penalmente?

Uma das fontes do Direito são os usos e costumes.


47. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Luciano
Rei Tenguh

(usa Arch Linux)

Enviado em 03/05/2013 - 19:39h

Bunckminster, vamos usar de dialética:

POR QUE alguém deveria ser "tratado" de algo que NÃO tem as carecteristicas que definem algo como doença?
Isso é um FATO: não causa sofrimento físico e, psicologicamente, não atrapalha a vida social nem o dia-a-dia. Então, não é doença.]
Então, qual outro motivo justificaria um "tratamento"? Algumas pessoas considerarem filosoficamente que é contra a natureza humana não conta; isso não é motivo de "tratamento". (Graças aos Céus)

Ou, em outras palavras: se NÃO caracteriza-se como doença por nenhum princípio da medicina nem da ciência, vai "curar" o que? Vai "curar" uma característica por que não é 'aceita"? É simples: não é doença, não tem o que ser "curado".

Eu tenho um desvio de cépto (nariz "tortinho"). Daí que isso é um disturbio, certo? Mas só que ninguém nem vê, as pessoas até surpreendem-se quando eu mostro. E aí? Vai dizer que eu "preciso" de tratamento pra isso porque alguém pode achar "feio"? Eu MATO FDP que ousar me submeter a um bisturi pra alterar minha natureza só porque não gosta dela.

______________________

Mas, voltando a dialética, eu deixo essa pergunta: POR QUE deveria ser considerado como doença? Repetindo: não causa sofrimento físico e não incapacita psicologicamente; entaão, DA ONDE que pode vir a idéia de "doença"?


48. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Andre (pinduvoz)
pinduvoz

(usa Debian)

Enviado em 03/05/2013 - 19:46h

O que tratar, como tratar e quando tratar são questões que não devem ser objeto de lei, até porque há leis que transferem a regulamentação de profissões importantes para conselhos profissionais, que, na verdade, são autarquias especiais.

Assim, temos a OAB para tratar do exercício da profissão de advogado. Temos também os Conselhos Regionais de Medicina, Psicologia, Odontologia, Engenharia e Arquitetura etc. E para todas essas "autarquias especiais" há uma centralização na forma de uma entidade federativa nacional. Exemplos disso são a OAB do Brasil e o Conselho Federal de Medicina.

Há também uma classificação internacional de doenças, reconhecida por resolução do Conselho Federal de Medicina. Acredito que deve haver uma classificação também para os distúrbios psicológicos, que certamente não inclui o homossexualismo. Tratá-lo como doença, então, seria infração ética, mas... é possível tratar as consequências do homossexualismo, pois muitos homossexuais não se aceitam e sofrem por conta disso.






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