GustavoValerio
(usa Void Linux)
Enviado em 17/10/2015 - 16:25h
erisrjr escreveu:
MrBlackWolf escreveu:
É o seguinte pessoal. Dinheiro é o que fez o Linux crescer, não a paixão da comunidade. Só temos o que temos no Linux hoje porque empresas precisam dele.
Parem de encarar o SystemD como uma espécie de gnomo do demônio. Se ele tem algum problema foi ter abandonado o padrão KISS e ter vários bugs, com exceção das distros baseadas em RedHat.
Se a comunidade fosse tão purista deveria usar o Triskel.
Obviamente software livre e mesmo o Linux não existem apenas devido as empresas, sem os conceitos criados mesmo antes do Linux, possivelmente pouco do que temos hoje existiria. Mas o interesse e participação das empresas, também contribui para o desenvolvimento e relevância de muitos softwares, incluindo software livre, de código aberto e o próprio Linux:
http://www.linuxveda.com/2015/02/18/more-than-80-of-linux-kernel-development-is-paid-by-companies/
*Lembrem que as empresas são criadas, administradas e funcionam através de
pessoas, que agem segundo suas crenças e princípios, que podem também estar alinhados em maior ou menor grau com os ideais do software livre.
A fragmentação das distribuições e comunidades (Cada qual aparentando acreditar ser a solução perfeita), a falta de padrões efetivos, ou "alguém" que possa defini-los, ouvindo todos os envolvidos (Alô Linux Foundation) torna o sistema suscetível a aderir na falta de padrões "de direito", aos definidos pelo "mercado", devido a questões técnicas e mesmo comerciais.
Não posso julgar a Red Hat pois eles precisavam de uma ferramenta para suas demandas e tendo recursos (Financeiros e de pessoal), criaram uma. Até onde leio o systemd traz varias "facilidades"* e por isso vários projetos estão o adotando.
*Claro que isso sempre é discutível, algo que para você é simples pode parecer dificílimo para mim.
Não conheço o Lennart Poettering e quem mais esteja desenvolvendo o systemd, então não posso julgar suas intenções. Acredito que se não fossem eles com o systemd, outro software seria lançado com o mesmo proposito.
O Linux esta em ambientes muito grandes e complexos, algo muito além dos nossos desktops e mesmo alguns ambientes para servidores que muitos de nós estamos acostumados e me parece que é pensando principalmente nesses ambientes, que o systemd é desenvolvido.
Quanto ao Lennart Poettering ter vivido no Brasil, eu acho um fato "curioso". Se ele falar e principalmente ler em português, acredito que no lugar de xingá-lo "gratuitamente", poderiam tentar obter respostas para algumas questões técnicas em que tenham duvidas e talvez até de conceito sobre o systemd.
Algumas coisas para ler antes:
http://0pointer.de/blog/projects/the-biggest-myths.html
http://without-systemd.org/wiki/index.php/Arguments_against_systemd
http://uselessd.darknedgy.net/ProSystemdAntiSystemd/
Por fim, repito o que postei no outro tópico:
Enquanto não houver algum indicio no código de algo muito suspeito, não posso criticá-lo por nada além do aparente "tamanho"(Embora não seja "obrigado" a usar todos os seus componentes) e repito, não vejo motivo para
panico. para sair correndo ao ouvir/ler o nome systemd.
Era de se esperar algo novo frente as mudanças e novas tarefas que um ambiente Linux precisa gerir (Virtualização, contêineres, clusterização e ambientes muito grandes e complexos para computação em nuvem) e feliz ou infelizmente, este "algo" é por hora o systemd.
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Vai Corinthians!
Cara, seu comentário só não foi perfeito porque tem uma coisa que estragou tudo:
Vai Corinthians! :)
Brincadeiras à parte. Concordo com quase tudo que você falou.
Não tenho nada contra o Systemd nem o "pussyaudio" (rs).
O que me irrita é a forma que muitas distros (pra não dizer a maioria) estão implantado isso.
Praticamente forçando os usuários a usar tais soluções.
Bem que os desenvolvedores de tais distros poderiam criar dois instaladores (com e sem Systemd - Pulseaudio), ou ainda dar a opção na instalação, mesmo tendo o Systemd como padrão..
Tomemos por exemplo o Manjaro.
Segundo a documentação, caso queira instalar um app que tenha dependência do Systemd está bem claro.
É possível escolher instalar por exemplo um software para OpenRC ou Systemd, pois o nome do pacote é diferenciado.
Segundo li, se eu instalar o Tor:
Dessa forma para Systemd:
sudo pacman -S tor
Dessa forma para OpenRC:
sudo pacman -S tor-openrc
Viu que não é difícil?
Ao meu ver, isso é um tipo de preocupação com o usuário, além do respeito e reconhecimento da liberdade que nós, usuários de Linux fazemos questão de ter e apregoar.
Imagine uma distro do porte do Debian ou Ubuntu assim?
Se uma distro como o Manjaro consegue, obviamente as distros com recursos maiores também conseguiriam, mas faltou-lhes bom senso e respeito com os usuários.
Embora o Systemd e Pulseaudio tenha trazido melhorias e vantagens (na opinião de alguns), as distros têm de manter vivo o princípio da liberdade, o qual permite ao usuário usar o quer e como quiser na sua distro, que porventura será instalada em sua máquina.
Abandonei o Debian por isto, hoje tenho o Devuan numa máquina e o Slackware em outra.
Não vou mais usar distros que não valorizam a liberdade do usuário.
Ah, mas dá para usar outro INIT no Debian e Ubuntu.
Sério?
Tenta ai fera!
Tenta usar o Debian a partir do 8 e/ou Ubuntu a partir do 15 sem nenhuma
lib do Systemd!
Não dá! Eles estão empacotando as coisas e fazendo-as depender do Systemd, mesmo quando não seria necessário.
Udisks, Udisks2, Policykit e outras.
Aproveito e parabenizo o pessoal do Manjaro pelo esforço, embora não use, reconheço o esforço da distro para manter a comunidade viva.
Debian, onde perdestes a tua filosofia?