Distribuições LTS X Pacotes recentes [RESOLVIDO]

1. Distribuições LTS X Pacotes recentes [RESOLVIDO]

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(usa Nenhuma)

Enviado em 27/03/2022 - 12:01h

Já pararam para pensar que o conceito de estabilidade de uma distribuição LTS, pode ser algo enganoso?

Para enfatizar esse argumento, considere que o uso final da última versão estável de um software é sempre a mais indicada pelos seus desenvolvedores.

No decorrer do tempo, em uma distribuição LTS, os pacotes antigos vão se distanciando cada vez mais da dita estabilidade, pois as versões mais recentes destes pacotes já corrigiram os bugs existentes nessas versões mais antigas.

É importante ressaltar que um software nunca está pronto, e nesse sentido, sempre haverá correções a serem feitas, funcionalidades para agregar, etc.

E por isso, a última versão estável de um software é sempre a mais indicada, e que nada garante que permanecer em uma versão antiga o seu sistema fique livre de bugs.

Nesse sentido, vejo que as distribuições ditas LTS não são realmente estáveis, e que as distribuições que oferecem os pacotes mais recentes, como o Arch, Fedora, e Ubuntu (versão regular), conseguem sempre obter as últimas correções.

Em resumo, tanto as LTS (Ubuntu LTS, Debian) quanto as distribuições não LTS (Fedora, Arch, Ubuntu regular), possuem bugs, mas as distribuições não LTS tem a vantagem de ter correções de bugs, enquanto que as LTS o usuário ficará preso nestes bugs até que a próxima versão do sistema seja lançada.

Como exemplo, no Android, a loja de aplicativos Play Store atualiza automaticamente os apps para a última versão estável, publicada pelos desenvolvedores.

Acredito que seria inviável manter um "Android LTS", com apps como Facebook, Instagram, Twitter, WhatsApp, presos em versões antigas e sem correções.

Ai eu vejo mais vantagem as pessoas usarem uma distribuição com pacotes mais recentes.

O que pensam disso? Faz sentido?


  


2. MELHOR RESPOSTA

LinuxWalker
Delusion

(usa Debian)

Enviado em 27/03/2022 - 19:19h

Penso que estabilidade é relativa ao uso, mas no conceito LTS significa ausência de mudança.
LTS tem bugs? sim, mas são conhecidos e maioria são logo contornados. Qual seria a diferença para um modelo de atualizações frenéticas tipo fedora/arch? Nessas, você tem correções de bugs, mas também novos bugs não conehcidos, é a sua chance de você mesmo descobrir as soluções; por isso mesmo são ótimas distros para quem desenvolve, mas não recomendadas para quem precisa da máquina para trabalhar em outra área que não seja desenvolvimento de software.
É uma escolha ficar preso a bugs conhecidos ou receber correções desses, junto com outros bugs não conhecidos, principalmente no suporte do kernel às particularidades de sua máquina.
Imagine o cenário onde você depende da sua máquina para apresentar um projeto usando softwares específicos. Você usa rolling release bleeding edge, tem os últimos pacotes, tudo parecia bem da última vez que você atualizou, mas agora que você buscou um recurso, descobriu que ele parou de funcionar porque mudou o kernel, drivers atualizaram etc e na atualização não mostrou, só agora que você precisa é que você descobre. Broxante, não?
Naquela velha partição você tem uma distro LTS e sabe que lá vai funcionar, com os velhos bugs ou não...
Portanto, é tudo uma questão de o quanto você está disposto a se aventurar e arriscar. No final das contas, estabilidade é uma ilusão, o que existe é previsibilidade.

3. Re: Distribuições LTS X Pacotes recentes [RESOLVIDO]

Clodoaldo Santos
clodoaldops

(usa Linux Mint)

Enviado em 27/03/2022 - 12:17h

Não posso falar nada do Arch pq nunca usei
Quanto ao Ubuntu eu tenho enfrentado menos problemas com as versões LTS
Quanto ao Fedora eu considero bastante estável e acho que se comporta como uma verdadeira Rolling Release com "milhões de atualizações" semanais e com upgrade de versões pouco problemáticas.
Hoje numa máquina 100% Intel eu acho que Fedora dá menos problemas que Ubuntu, além de usar Gnome e programas mais atuais.



4. Re: Distribuições LTS X Pacotes recentes [RESOLVIDO]

Ricardo Groetaers
ricardogroetaers

(usa Linux Mint)

Enviado em 27/03/2022 - 22:06h

Presumo razoavelmente que:
- LTS significa Longo Tempo de Suporte e não Longo Tempo Sozinho.
- As atualizações de softwares e componentes do sistema são comuns e rotineiras em versões LTS durante o tempo de vida da versão.
- A lenda diz que melhorias e novidades implementadas nas versões não LTS são portadas para a versão LTS em vigor depois de testadas.


5. Re: Distribuições LTS X Pacotes recentes [RESOLVIDO]

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(usa Nenhuma)

Enviado em 27/03/2022 - 22:48h


Delusion escreveu:

Penso que estabilidade é relativa ao uso, mas no conceito LTS significa ausência de mudança.
LTS tem bugs? sim, mas são conhecidos e maioria são logo contornados. Qual seria a diferença para um modelo de atualizações frenéticas tipo fedora/arch? Nessas, você tem correções de bugs, mas também novos bugs não conehcidos, é a sua chance de você mesmo descobrir as soluções; por isso mesmo são ótimas distros para quem desenvolve, mas não recomendadas para quem precisa da máquina para trabalhar em outra área que não seja desenvolvimento de software.
É uma escolha ficar preso a bugs conhecidos ou receber correções desses, junto com outros bugs não conhecidos, principalmente no suporte do kernel às particularidades de sua máquina.
Imagine o cenário onde você depende da sua máquina para apresentar um projeto usando softwares específicos. Você usa rolling release bleeding edge, tem os últimos pacotes, tudo parecia bem da última vez que você atualizou, mas agora que você buscou um recurso, descobriu que ele parou de funcionar porque mudou o kernel, drivers atualizaram etc e na atualização não mostrou, só agora que você precisa é que você descobre. Broxante, não?
Naquela velha partição você tem uma distro LTS e sabe que lá vai funcionar, com os velhos bugs ou não...
Portanto, é tudo uma questão de o quanto você está disposto a se aventurar e arriscar. No final das contas, estabilidade é uma ilusão, o que existe é previsibilidade.


Boa resposta. Previsibilidade faz mais sentido ao meu ver, visto que pacotes mais recentes podem trazer novos bugs ainda não mapeados pela comunidade, o que pode impedir o uso do sistema em uma máquina de produção.
Nesse sentido, podemos considerar que as distribuições LTS possuem um filtro mais crítico de bugs, deixando de fora os bugs desconhecidos e mantém aqueles já explorados e reportados pela comunidade.

Entretanto, temos que considerar que distribuições não LTS possuem ramificações (versões beta e dev) para testes e descobertas de bugs críticos em pacotes, os quais são impedidos de chegar na ramificação principal da distribuição se houver algum bug crítico que afeta muitos usuários.
Assim é com o Fedora e o Arch, ambos possuem repositórios de testes. Obviamente, alguns bugs não identificado nas ramificações de testes podem passar para a ramificação principal, afinal testes automatizados ou manuais podem falhar. Pelo menos no Fedora, esse tipo de bug é corrigido muito rapidamente.


6. Re: Distribuições LTS X Pacotes recentes

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(usa Nenhuma)

Enviado em 27/03/2022 - 22:56h

ricardogroetaers escreveu:

Presumo razoavelmente que:
- LTS significa Longo Tempo de Suporte e não Longo Tempo Sozinho.
- As atualizações de softwares e componentes do sistema são comuns e rotineiras em versões LTS durante o tempo de vida da versão.
- A lenda diz que melhorias e novidades implementadas nas versões não LTS são portadas para a versão LTS em vigor depois de testadas.


Somente alguns pacotes são atualizados nas versões LTS. Pacotes maiores e que possuem diversas dependências, são deixados de fora. Por exemplo, GNOME, KDE, Xfce, etc.

O Ubuntu 20.04.4 LTS (última atualização) ainda utiliza o GNOME 3.36, lançado em 2020.
Considerando o lançamento recente do GNOME 42, muitos bugs da versão 3.36 já foram corrigidos nessa versão.






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