Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 15/09/2012 - 09:04h
O salário nominal de um professor é
menor ainda que o salário nominal de um operador de telemarketing receptivo (que é quem ganha menos que os demais operadores).
Mas, por incrível que pareça, nem nos Estados Unidos um professor ganha "bem".
"Ah, mas lá ganha melhor que aqui". Claro que sim, se considerarmos o valor pago em US$, mas
não se considerarmos o custo de vida atual nos dois países.
Dá a nítida impressão de que os governos não dão a mínima para os profissionais da educação.
O único lugar onde professor ganha "melhor" (e que não é a mesma coisa que "ganhar bem") é na África.
Quanto à greve do metrô de Paris, temos de notar que lá eles não ficam fazendo greve tradicional, folclórica, a toda hora, como aqui.
Por sinal, foi exatamente lá, na
Place de Grève, que inventaram a greve...
Só que as greves na Europa são greves inteligentes, que atingem a quem devem atingir, e não apenas à pobre população já sofrida.
Eu me lembro, quando entrei no Banco e que logo após teve greve, a cara de satisfação dos participantes pelo fato de não estar fazendo nada, praticamente passeando para lá e para cá, na
certeza de que seus salários seriam integralmente pagos no fim do mês (que é quando se pagavam os salários naquela época).
Era tudo - e ainda é - uma grande aventura, uma grande brincadeira, uma verdadeira forma de lazer.
Mas apenas
para eles, pois o povo sempre sofreu, e muito, com esse tipo de
lazer inconsequente.
Será que os grevistas
acham mesmo que estão atingindo em alguma coisa o governo ou os banqueiros?
Eles não são burros e sabem que não.
Os impostos continuam sendo devidos da mesma forma.
Nossas contas vencem e
nós é que nos tornamos inadimplentes.
E os banqueiros ficam hospedando o nosso dinheiro e enriquecendo ainda mais.
Enquanto para nós é sofrimento, para eles tudo é festa.