estamos criando uma religião em volta do open source?

Fabricio.Er
(usa Debian)

Enviado em 06/08/2010 - 00:23h

ao responde um tópico cheguei a pensar que estamos agindo de forma parecida a religiões dogmáticas que se interferem na vidas das pessoas que não são dessa religião.

sera que nós defensores, xiitas ou fanáticos não estamos tentando impor o nosso pensamento a outras pessoas?

criei esse tópico para discutirmos essa questão e repensarmos um pouco sobre como estamos agindo.

------
eu acredito que a filosofia do Open Source(não apenas no software mas em muitas outras áreas) é muito benéfica para a humanidade, mas que as vezes estamos agindo de forma "errada" e tentando impor a liberdade para pessoas que querem se manter "acorrentadas". para nós pode parecer que estamos tentando abrir os olhos delas e fazer algo bom livrando-as dessas correntes. mas se essas pessoas não quiserem se livrar da corrente por ela ser "boa" para eles nós estamos fazendo um "mal" a elas.

então o que devemos fazer?

em relação as indivíduos devemos agir de forma menos "autoritária" e tentar convence-las mostrando os pontos fortes e também os pontos fracos(sim os pontos fracos pq se não mostrarmos eles as pessoas poderão ter surpresas desagradáveis e ninguém gosta de surpresas desagradáveis) da filosofia Open Source(mais fortemente representada pelo GNU/Linux).

e relação aos governos devemos cobrar um posicionamento neutro e procurar o que é melhor para o povo(que é o que eles deveriam fazer mas... vocês sabem o resto) em varias áreas a curto, médio e longo prazos principalmente a meio e a longo prazos pois eles tem um impacto maior.

Fabricio.Er
(usa Debian)

Enviado em 06/08/2010 - 00:42h

sempre há uns que não gostam de pensar por ai.

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 06/08/2010 - 00:42h

Concordo Fabrício.

Mas as pessoas são assim, o fudamentalismo é uma de nossas passionalidades e estupidez.
Mostrar direção a alguém é perda de tempo quando "o solo a ser plantado a boa semente é estério".
Também sou contra toda forma de imposição baseada no 'melhor pra todos'. O livre arbítrio deve ser respeitado e execrar alguém que tem/fez escolhas diversas às nossas é no mínimo primitivo ou política, dependendo da pessoa que tenta convencer outrem.

Dê uma olhada na sessão de screenshots, um membro postou um tema baseado no Win7, pode ver, já tem uma crítica lá! Que besteira.

O bom do Open Source é isso, oferecer liberdade clara, aberta e indistinta.

Gostei do tópico!

edivandoflf
(usa Ubuntu)

Enviado em 06/08/2010 - 09:22h

Concordo, Nós devemos mostrar o lado do software livre, mas não obrigar as pessoas a usarem. Deixar que elas escolham qual e o melhor sistema.

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 06/08/2010 - 09:51h

O fundamentalismo está presente em várias áreas da sociedade. No mundo Linux não podia ser diferente. Cabe a cada um discernir o que é liberdade

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 06/08/2010 - 10:25h

Realmente, em certas vezes a coisa descamba para o lado do fanatismo.

Hoje em dia minha máquina roda 100% Linux, mas estou cercado de máquinas Windows que fazem as mesmas coisas - ou bem menos - que eu faço, mas cujos usuários estão terrivelmente mal informados, a ponto de ter medo sequer de experimentar.

Claro que eu falo do open source, das vantagens do Linux, etc., mas sem procurar forçar ninguém a mudar de plataforma.
Da mesma forma como ao evangelizar, procuro mostrar os caminhos de Cristo e não de "minha igreja".
A escolha ficará por conta de cada um. A responsabilidade também.

Portanto, acho que apresentar o Linux é bom, o open source também.
E embora uma pequena parte dos usuários não queira simplesmente praticar a pirataria pura e simples (tem gente que acredita piamente que sua cópia de Windows NÃO é pirata) não tem - digamos - coragem para tomar uma decisão tão importante.

Sempre tive uma desconfiança e desconforto diante dessa palavra "REligião".
Para mim o correto seria "ligião" ou "ligação".
Afinal, nas coisas espirituais Deus jamais se afastou de nós e jamais rompeu a ligação anterior (então náo haveria COMO ou mesmo O QUE re-ligar).
E quanto ao open source, somente agora estamos nos juntando e agregando simpatias e esforços. Somente agora estamos efetivamente nos ligando.

fanatismo=off

marun
(usa Debian)

Enviado em 06/08/2010 - 10:49h

voce esta descrevendo exactamente o que esta acontecendo

albfneto
(usa openSUSE)

Enviado em 06/08/2010 - 10:58h

Vou dar minha opinião. Como em todas as classes,profissões, religiões, etc...temos toda as personalidades, tem amenos, tem Xiítas, tem gente que usa linux porque gosta, outros por motivo técnico, alguns por serem defensores da Liberdade e do Software Livre, moderados ou não moderados..
Não dá para generalizar, em todos os locais, há de tudo.
Por exemplo, nós usamos o termo Xiíta, mas... Xiíta, para nós, pode não ser só o Muçulmano Xiíta

. De uma certa forma, tem Xiíta Linuxer, tem Xiíta Católico, Evangélico, tem Xiíta Carismático, na Religião, no Linux, até Windows Mac Users tem seus Xiítas!
Não acho que estejamos criando uma Religião,porque até entre nós, nem todos são radicais!
Eu por exemplo, se a pessoa quer usar Windows, use e seja Feliz! Se não gosta nem de chegar perto de computadores, tá bom também...
Para lembrarmos que todos os lugares tem seus Xiítas, vocês lembram daquele Carinha dos vídeos que xingava Linux?
Para ele, Linuxer é um Cara super Nerd que não gosta de mulheres, nõa tem mais o que fazer a não ser compilar Kernel e comunista (oque para ele,é ruim, é o fim do Mundo!),
ele, de uma certa forma, é um Xiíta, só que é um Xiíta do Windows!

Eu vou darum exemplo diferente de não xiitismo, eu tenho uma amiga, gaúcha, que é Adventista, e no entanto, é Socialista, é de esquerda.
Antigamente, somente se associava a esquerda às posições ateístas ou agnósticas, e não é bem assim!

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 06/08/2010 - 14:25h

Conheci um cidadão português (ou seja,"carioca nascido em Portugal") que era dono de um estabelecimento muito próspero e que tinha idéias notadamente socialistas, coisa de coração mesmo, e não de filosofia barata ou demagogia.
Tinha ótima argumentação, e ao mesmo tempo era um excelente ouvinte;