paulo1205
(usa Ubuntu)
Enviado em 18/03/2019 - 17:26h
O GNOME tem por trás de si a força da Red Hat, e isso acaba levando outros grandes grupos na mesma leva.
Eu nunca consegui gostar do GNOME. Mesmo nas fases mais buguentas do KDE, sempre me senti mais em casa com ele do que com o GNOME. Eu acho realmente uma pena que quase nenhuma distribuição de maior porte o suporte — e parece que a Red Hat/Fedora nem vai mais oferecê-lo como opção de instalação à parte, para economizar o esforço necessário para manter um segundo ambiente gráfico, além daquele que ela definiu como seu padrão.
Na empresa em que eu trabalho, o desktop padrão para
workstations com Linux era, até pouco tempo atrás, o KDE, mas as decisões da Red Hat têm pesado para trocar esse padrão. O motivo para se preferir KDE antes é muito prosaico, e mostra, para mim, como o GNOME peca mesmo nas coisas mais simplórias: o GNOME não oferecia (ou pelo menos não de modo simples) a opção de redimensionar ou arrastar as janelas sem redesenhar todo o seu conteúdo, ao passo que o KDE permite de modo muito simples mexer apenas com as bordas da janela, provocando redesenho apenas quando o usuário soltava o botão do mouse. Como as estações com Linux rodavam uma aplicação que manipulava massas de visualização de dados de dezenas de gigabytes que recalculava e redesenhava toda a imagem 3D cada vez que a janela era redesenhada, o GNOME provocava esse recálculo a cada posição intermediária por onde o mouse tivesse passado durante a operação de redimensionamento o movimentação da janela, o que, não raras vezes, fazia a sessão gráfica do usuário “congelar”, aguardando múltiplos recálculos do mesmo dado, não raramente sendo mais fácil dar reset na máquina do que aguardar as operações se completarem.
Como eu parei de ter contato direto com os usuários dessa aplicação, eu não sei se as novas versões corrigiram isso em nível de aplicação, e muito menos sei se o GNOME passou a oferecer a opção simples permitir redimensionamento e translado sem emitir centenas de eventos de atualização de conteúdo. Mas o comportamento original, restringindo o controle do usuário com a atitude de “nós desenvolvedores sabemos o que é melhor para você” me marcou muito negativamente.
... “Principium sapientiae timor Domini, et scientia sanctorum prudentia.” (Proverbia 9:10)