Implementando um kernel GNU/Linux mais seguro

Nesse artigo iremos mostrar como é possível implementar pequenas filtragens através da compilação do kernel GNU/Linux utilizando o pseudo-sistema de arquivos /proc sem ter um conhecimento avançado de ferramentas específicas de firewalling, como o Netfilter/Iptables, Ipchains, Ipfwadm entre outras.

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Por: Wagner M Queiroz em 03/02/2005


Resumo



Nesse artigo iremos mostrar como é possível implementar pequenas filtragens através da compilação do kernel GNU/Linux utilizando o pseudo-sistemas de arquivos /proc sem ter um conhecimento avançado de ferramentas específicas de firewalling como o Netfilter/Iptables, Ipchains, Ipfwadm entre outras.

O objetivo é deixar o GNU/Linux mais seguro contra algumas técnicas de ataques que serão abordadas ao longo desse artigo. Serão mostradas as contramedidas e será utilizado o script /etc/sysctl.conf para que as configurações feitas fiquem permanentes mesmo que o computador seja reiniciado.

Foi utilizada a distribuição Red Hat 9 com o kernel versão 2.4.20-8 para testes e exemplos usados para o desenvolvimento desse artigo.

Introdução


O kernel GNU/Linux pode ser configurado utilizando as ferramentas Iptables, Ipchains, Ipfwadm entre outras para fortalecer a segurança do sistema. Entretanto, existem diversos parâmetros no kernel que nos permite melhorar a segurança sem sequer possuir conhecimentos avançados em ferramentas de firewall.

O sistema de arquivos /proc é uma das janelas para se configurar o kernel GNU/Linux. Este diretório é pouco explorado por usuários comuns, porém muito útil, pois contém informações importantes sobre o sistema. O /proc é gerado pelo próprio kernel durante a inicialização do GNU/Linux, por esse motivo que ele é chamado de pseudo, por ele não ser real [3].

Nesse artigo iremos especificamente comentar sobre o diretório /proc/sys/net/ipv4/, onde utilizaremos o comando sysctl e o script /etc/sysctl.conf para a configuração dos parâmetros de segurança do kernel GNU/Linux.

É aconselhável que os parâmetros utilizados no kernel listados nesse artigo sejam implementados em conjunto com as regras de firewall e que antes de começar a alterar qualquer variável do kernel exposta nesse artigo, faça primeiro em um computador teste para depois fazer no computador em produção, pois assim você estará evitando problemas futuros.

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Páginas do artigo
   1. Resumo
   2. O pseudo-sistema de arquivos
   3. O sysctl
   4. Implementado segurança no kernel
   5. Conclusão
   6. Referências bibliográficas
   7. Sobre o autor
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Comentários
[1] Comentário enviado por errado em 03/02/2005 - 02:19h

Caramba! Eu tinha acabado de ler um texto sobre /proc e sysclt enão tinha entendido muito bem...Com esse artigo publicado, já dei um salto enorme no entendimento ;)

Parabéns!

[2] Comentário enviado por dark_slack em 03/02/2005 - 03:35h

Muito 10 seu artigo. Muito bom mesmo.

[3] Comentário enviado por reimassupilami em 03/02/2005 - 10:31h

cara, massa mesmo teu artigo viu... isso só ressalta a importância de cuidarmos da segurança dos servidores... nem conhecia todos esses ataques que você mencionou...

com certeza vou dar uma estudada no artigo e pôr tudo em prática...

só uma coisa que não ficou muito clara pra mim: o que eu devo fazer pra que as configurações sejam refeitas quando reinicio a máquina?

[4] Comentário enviado por wmqueiroz em 03/02/2005 - 23:58h

Antes de tudo, fico muito grato a todos pelos comentários e elogios! Vlw mesmo!!

Sobre a questão de reimassupilami... dê uma lida nesse artigo nas partes:

2. O pseudo-sistema de arquivos
3. O sysctl

[]´s
Wagner Queiroz

[5] Comentário enviado por Carlos_Cunha em 05/10/2012 - 14:43h

Olá!
Muito bom artigo, vi em outros post e sites as mesmas "proteção" so que menos eficientes e via regras de iptables....
Aprendi lendo seu artigo

:-D

Abraço

[6] Comentário enviado por px em 10/07/2013 - 21:44h

Grande referência para meus estudos, obg por compartilhar com a comunidade.

[7] Comentário enviado por wldnet1 em 08/09/2015 - 14:49h


Ótima contribuição amigo. Gostei muito auto explicativo.


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