Sobre minimalismo: quantidade de pacotes e espaço ocupado em disco [RESOLVIDO]

Delusion
(usa Debian)

Enviado em 01/02/2017 - 19:27h

povo;

Meu archlinux tem 625 pacotes, ocupando 9.71 GB de espaço no disco.
Meu debian-stable tem 1445 pacotes, ocupando 4.73 GB de espaço no disco.

Oq acontece? Os pacotes do Archlinux são maiores? ou eles simplesmente já são compilados com as dependências para dar a ilusão de minimalismo?

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 01/02/2017 - 20:26h

Sim, eles não tiram os headers de desenvolvimento e (pelo que lembre) o debug info, eles tambem não separam pacotes então 1 pacote no arch pode ser 20 no debian, ou 1 no gentoo com varias USEflags.


Pacotes no arch são compilados com todas as dependencias, o objetivo do arch não é minimalismo e sim reduzir o custo de manter o sistema para desenvolvedores do arch

homemsemnome
(usa Debian)

Enviado em 01/02/2017 - 20:37h

Mas mano, qual o objetivo de se manter um sistema simplesmente por mantê-lo? Em um outro tópico você postou um link onde os desenvolvedores do Arch tacaram o f***-** para a galera no que se referia a implantação do SystemD. Segundo eles, essa mudança traria benefícios aos desenvolvedores. Mas afinal, qual a lógica de se trabalhar em um sistema cujo objetivo é facilitar esse trabalho de manutenção do mesmo? Quero dizer, se não for para servir os usuários dessa distro, eu não consigo entender o porquê de se trabalhar nela. '-'

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 01/02/2017 - 20:46h

Pros desenvolvedores do arch ? manter um sistema que as pessoas podem usar, eles só fazem decisões que fazem com que o trabalho deles fique mais facil.


Sim, é mais facil manter um sistema com systemd porque qualquer problema voce taca pros devs do systemd.


???

homemsemnome
(usa Debian)

Enviado em 01/02/2017 - 20:52h

Entendi o que você quis dizer, mas é que tipo, é meio estranho ver um time de desenvolvedores tomando decisões onde o seu conforto passa por cima do que a comunidade anceia. Mas captei a mensagem. Valeu.

Delusion
(usa Debian)

Enviado em 01/02/2017 - 21:59h

Obrigado ru4n e laika.
Então,
1. no modelo Arch, pode ser que eu esteja instalando o mesmo pacote 200 vezes? (se ele for parte de outros 200 pacotes diferentes).
2. a estória de que o Debian tem excesso de dependências é pura lenda, já que é apenas um modelo de empacotamento menos camuflado?

sobre minimalismo, eu já havia lido aquele polêmico e-mail do developer arch onde ele explica sobre. Mas o que não estava claro é que é impossível construir um sistema minimalista a partir do arch. É isso?

Mauriciodez
(usa Debian)

Enviado em 01/02/2017 - 22:05h

meu Debian tem 1519 e 2,79gb ... não da pra eu comparar com nada pq não tenho outra distro com os mesmíssimos pacotes
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" Nem sempre é amigo aquele que te tira do buraco !!! ( Saddam Hussein )"

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 01/02/2017 - 23:06h

Se o pacote Y depende de uma única biblioteca compartilhada que esta incluída no pacote X, então o pacote X se torna uma dependência obrigatória e será instalado uma única vez (lembrando que o pacote X inclui: binários, includes, bibliotecas, docs, etc). Ou seja, o pacote Y depende apenas da libAB.so, que faz parte do pacote X. Então o pacote X será instalado.

O pacote Z depende de um binário que está no pacote X, então o pacote X não precisa ser instalado - pois foi já instalado como dependência do pacote Y.

O Arch, Slackware, e Gentoo não alteram o pacote fornecido pelos desenvolvedores; por isso que não há essas divisões encontradas no Debian e nas distros RPM.



O Debian tem a divisão de pacotes, que separa as bibliotecas compartilhadas dos binários, docs, man pages, includes, etc. Para cada um desses tipos de arquivos, há um pacote diferente.

Mas além disso, o Debian também mantém pacotes com diferentes versões. É comum achar pacotes com libX2, libX2-3, libX3-0, libX3-2. Alguns pacotes tem dependências quebradas justamente por conta dessas versões.

Outra coisa é que existem pacotes iguais com nomes diferentes. Pode ser que encontre a mesma biblioteca em dois pacotes com nomes diferentes, como por exemplo: os pacotes libXAB e libXAC contém a /usr/lib/libX2.so. Por isso que muitas vezes ocorre o erro comum de: "... manteve pacotes quebrados", pois o dpkg verifica que há um arquivo instalado pelo pacote libXAB no sistema e o mesmo arquivo é encontrado no pacote libXAC, ocasionando um erro.

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removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 02/02/2017 - 01:51h

Não acho polemico, é so um dev do arch falando sobre como o archfunciona, a polemica vem do fato das pessoas acharam noprimeiro lugar que o arch é feito pra agradar os usuarios.

Dá pra usar o ABS e remover maioria das coisas e fazer um sistema minimalista, mas a esse ponto eu pegaria Crux com ports,tacaria um Gentoo com Musl libc, ou Alpine

Delusion
(usa Debian)

Enviado em 02/02/2017 - 13:12h

Agradeço a todos que participaram, suas respostas foram muito esclarecedoras.
Devo dizer que a forma de empacotamento do Debian subiu no meu conceito. Passo a ver toda a problemática com dependências no Debian a partir de agora como uma coisa boa.
Por outro lado, entendi ainda menos o foco do Archlinux; não é distro comercial, não é para a comunidade...
e, ainda, a velha falácia de um ArchUser escolher "só os pacotes que eu quero no meu sistema" deixou de fazer sentido para mim.
Acredito que, dos princípios proclamados na wiki do Arch, modernidade(1.2) e pragmatismo(1.3) definem melhor essa distro.
Maaaasss...
isso nem de longe é crítica ao Arch, ainda a considero uma ótima distro, essa é apenas a percepção de um user final (que inclusive não tem importância para a distro, rsrs).
Obrigado mais uma vez.

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 02/02/2017 - 13:23h

A impressão do excesso de dependências no Debian é um reflexo dessa política de divisão de pacotes.

As distros mais simples, de compilação, são quase que faça você mesmo, tais como o Arch e Slackware, que mantém softwares Vanilla.

Se o desenvolvedor não separa ou não faz divisões em seu software, entre biblioteca e binários, então no Slackware/Arch é assim que ele vai ser; um único package.

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