Capital Intelectual

Neste material pretendo fazer uma abordagem sobre um tema de fundamental importância paras as organizações da atual economia, o conhecimento, sua geração e aplicação. O conhecimento é a utilização do fluxo de informações de forma a gerar um resultado específico. A nossa moeda de troca agora é o conhecimento!

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Por: Rafael Lebrão Martins em 16/11/2007


Resumo



No atual cenário globalizado da economia mundial, com o desenvolvimento tecnológico, a evolução da informática, das telecomunicações, as empresas estão cada vez mais internacionalizando suas operações e relações econômicas.

Nesse contexto global de mercado, o dinamismo, o planejamento e a criatividade dos funcionários são fundamentais para uma vantagem competitiva sustentável. Para tanto, torna-se evidente o valor primário dos recursos humanos e da informação no processo de ascensão e reconhecimento do know-how dessas empresas.

Agora, a luta pela sobrevivência no mercado não mais se sustenta em máquinas, infra-estrutura, mas sim no Capital Intelectual gerado por uma organização. "Em todos os setores as empresas bem-sucedidas são as que têm as melhores informações ou as que controlam de forma mais eficaz - não necessariamente as empresas mais fortes" (Stewart, 1998).

Introdução

O valor de mercado no atual contexto econômico não mais se determina pelos fatores habituais de produção como terra, capital e trabalho. Cada vez mais o valor agregado de diversos produtos deixa de ter relação com máquinas, com a quantidade de matéria-prima envolvida e sim com o valor da informação agregada a estes. Essa valoração do conhecimento, o alto fluxo de informações são as características marcantes da sociedade Pós-industrial.

"Admitir o Conhecimento como recurso econômico impõe novos paradigmas na forma de valorizar o ser humano e na forma de valorizar uma organização, pois gera benefícios intangíveis que alteram o patrimônio" (Antunes, 2000). O Capital Intelectual tem a capacidade de gerar retornos financeiros mais rápidos para as organizações e, baseado em tal evidência, se observa o aumento dos investimentos nesse intangível, a preocupação em gerir o Capital Humano e o relacionamento com os clientes. Todos esses fatores subjetivos são hoje, o maior diferencial competitivo no mercado.

O presente artigo tem por objetivo fazer uma abordagem sobre a importância do Capital Intelectual dentro das organizações, salientando desde a estrutura aos aspectos relativos à geração de lucros futuros e ao diferencial alcançado no mercado com seu bom aproveitamento. Abordarei a Sociedade do Conhecimento e seus aspectos básicos, o papel da informação e do conhecimento nessa sociedade, e sua influência na economia; o Capital Intelectual, aspectos estruturais, recursos humanos e relacionamento com clientes; e por fim, a Gestão do Conhecimento, a importância da gestão dos recursos humanos e da informação para uma vantagem competitiva.

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Páginas do artigo
   1. Resumo
   2. Sociedade do conhecimento
   3. O capital intelectual
   4. Gestão do conhecimento
   5. Referências bibliográficas
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Comentários
[1] Comentário enviado por fulllinux em 16/11/2007 - 11:34h

Ótimo artigo, lindo... lindo... lindo...

Nunca pensei em ser um capital aplicado em uma empresa!

"A gestão do Conhecimento vem agregar valor ao Capital Intelectual e proporcionar um fluxo de informações e experiências entre os funcionários fazendo com que o potencial destes seja aproveitado pela organização e se converta em diferencial competitivo de sucesso."

"As organizações necessitam apoiar-se no Recurso Humano do conhecimento, não mais no Recurso Humano da força braçal; a tecnologia, à medida que, por um lado, supre este fator, por outro demanda pelo potencial humano da inteligência."

É extamente como você declarou... Capital intelectual... e muitas vezes sendo aproveitados por empresas, pois você tem capacidade e a expõe enquanto a empresa lhe paga uma mixaria!

Parabéns, Abraço.

[2] Comentário enviado por nicolo em 16/11/2007 - 16:10h

Está bonito......, parabéns. Mas.... esse assunto, além de não ser de informática, tem uma visão de mundo particular. Todos os autores são alinhados filosóficamente com implicações doutrinárias. Esse tipo de assunto não tem a inocência que aparenta.

[3] Comentário enviado por rafael martins em 16/11/2007 - 16:33h

Olá, nicolo. O assunto tem a ver com CONHECIMENTO... o que estamos fazendo para acumulá-lo, para melhorar nosso nível intelectual.. E acho que a nossa profissão é uma das que mais exigem capacidade intelectual e, acima de tudo, aprimoramento constante. O artigo pretende despertar em nós o interesse pelo aprendizado contínuo... Saber transformar um fluxo qualquer de informações em conhecimento que possa ser utilizado para algum fim.. Quem trabalha com Pesquisa e Desenvolvimento faz exatamente isso, na pesquisa você trabalha com o fluxo de informações e no Desenvolvimento, você transforma essas informações em "alguma coisa"... Não quero impor minhas idéias ou as de qualquer estudioso, mas sim, fazer com que vocês pensem sobre isso..

[4] Comentário enviado por nicolo em 17/11/2007 - 20:11h

Rafael,
Compreendo sua visão do assunto. Os autores não são originais. Em 1890 foi escrito... o progresso se faz com a plebeização da cultura (Vontade de Potência). Já se sabia que só os homens pensam. O livrinho "O principe "de (+ ou -1490) já dizia que só os cérebros excelentíssimos entendem por si. Em 1920 os italianos (Mosca) já sabiam que só uns poucos cérebros realmente contam. Isso é uma teoria com forte conteúdo político. O conhecimento não é algo simples (Psicologia para Administadores de Empresas -Kenneth H. Blanchard e Paul Hersey ).
Capital intelectual é mais conhecido como PATENTE, direito de privilégio. Nada inocente. Isso é uma doutrina.
Trabalhador do conhecimento soa como piada. Já trabalhei em planejamento, todos os trabalhadores entram como recurso, com tag e custo. Empresa que deixa o conhecimento na cabeça do empregado vira refém, por isso existe PATENTE, banco de dados, procedimentos de qualidade, etc.
Mais : Tecnologia disponibilizada é coisa velha, quem sabe, não tem nada e quem não sabe é ignorante.
Então, quem tem o conhecimento? Pela definição doutrinária só o primeiro mundo.
Não trabalho em informática, mas sei que o pessoal da informática se entusiasma com facilidade, principalmente porque a maioria é muito jovem, e tem vocação para acreditar sem verificar a consistência.
O Dr Karl Jung (aquele cara da equipe do Freud) escreveu:
Consciência.... é um montão de coisas que puseram na sua cabeça e você acredita que foi a sua inteligência.
É mais ou menos isso......
PS: Aprimoramento constante é um conceito religioso oriundo do Calvinismo (1610). Não tem nada de novo. Capisce?????


[5] Comentário enviado por fulllinux em 17/11/2007 - 20:50h

Karamba, o cara viajou a partir do momento e o grau de sua intelectualidade, na contra partida que o artigo do Rafael totalmente embasado apenas veio a agregar em Consciência. Consciência essa bem descrita pelo Dr Karl Jung, assim como o amigo Edwal colocou acima:

"Consciência.... é um montão de coisas que puseram na sua cabeça e você acredita que foi a sua inteligência."

Agregando na capacidade de minha consciência, tenho a certeza que isso acabará me proporcionando raciocínio lógico e me colocando ainda mais ativo em minha intelectualidade e isso se chama sim, INTELIGÊNCIA.

Portanto Rafael, seu artigo um tanto quanto extenso, pode ter levado alguns leitores a distração em determinados momentos, não se perturbe se alguém vir a distorcer o assunto.

Mais uma vez parabéns pelo artigo!

[6] Comentário enviado por rafael martins em 17/11/2007 - 21:04h

Obrigado, Fulllinux.. Cada um tem um ponto de vista mesmo, mas estou impressionado com o do nosso colega Nicolo...

"Então, quem tem o conhecimento? Pela definição doutrinária só o primeiro mundo."

O conhecimento é o único recurso ilimitado que nós temos e independe de classe social, de status, etc...

Sinceramente, fiquei surpreso com esse trecho:

"Não trabalho em informática, mas sei que o pessoal da informática se entusiasma com facilidade, principalmente porque a maioria é muito jovem, e tem vocação para acreditar sem verificar a consistência."

Espero que os colegas do VOL não leiam isso!!! rs..

[7] Comentário enviado por adrianoturbo em 17/11/2007 - 22:29h

O estudo é o escudo resumindo tudo não se vence só.

[8] Comentário enviado por valadares em 19/11/2007 - 01:43h

Ola rafael,

Parabéns pelo artigo. Dificil ver um tema como esse tao bem explicitado em uma comunidade como esta.

Nicolo,
Boas colocações, mas discordo de alguns pontos do seu comentário.

"Trabalhador do conhecimento soa como piada. Já trabalhei em planejamento, todos os trabalhadores entram como recurso, com tag e custo. Empresa que deixa o conhecimento na cabeça do empregado vira refém, por isso existe PATENTE, banco de dados, procedimentos de qualidade, etc."

Um dos pontos colocados pelo rafael fala sobre gerir conhecimento dentro de uma organizacao (PF, m corrija se eu estiver errado rafael.). Como transformar o conhecimento tácito de seus funcionarios em conhecimento explicito, agregando assim valor tanto empresa quanto empregado (se nao me engano, externalização ... segundo Nonaka.). Mas estamos vivendo uma era que isso vai um pouco mais além. Na era da colaboração (segundo alguns autores), a empresa busca o conhecimento e a inovação além de suas fronteiras. O conceito de patentes, proprietario, etc ... acredito eu, em breve nao existira mais.

No livro wikinomics, O autor Dan Tapscop cita vários exemplos de empresa que buscam e compartilham conhecimento além de suas fronteiras.

Enfim, nao sei se fui claro, mas a essa hora e com o sono que estou não consigo melhorar o texto rsr

Abços a todos e mais uma vez, parabens rafael e nicollo

[9] Comentário enviado por rafael martins em 20/11/2007 - 11:54h

Olá, Valadares. Obrigado pela sua contribuição. Foi um comentário válido e claro, sim... Você captou a mensagem certinho..

Um abraço...


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