O dia em que o KDE me surpreendeu

Escrevi este artigo como uma indicação para os novatos no GNU/Linux que desejam experimentar o ambiente KDE, ou para quem não gostou da mudança do Ubuntu. Relatei aqui minha experiência pessoal, de um usuário que há muito tempo não usava o KDE, mas que se surpreendeu com o novo visual e facilidades de uso.

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Por: Djair Dutra C. Jr. em 08/08/2012


O dia em que o KDE me surpreendeu



Não vou mentir que a mudança do Ubuntu para a nova interface Unity, me desagradou.

Alguns itens eram mais intuitivos, e a área de trabalho bem mais fácil de configurar com atalhos, pastas, etc. Sempre gosto de novidades, e também sei que para muita gente, esta nova interface é excelente, mas pela maneira como eu trabalhava meus scripts, aplicativos e atalhos, tive uma lentidão maior nesta adaptação.

Por isso, desde a mudança, eu usava ainda a versão antiga, mas dividida com uma instalação com o Unity ainda tentando dar uma chance a ele, enquanto me adaptava.

Foi quando decidi experimentar a nova versão do KDE, e me surpreendi positivamente (depois de uns 6 anos sem vê-lo). Usei muito o KDE no Red Hat e depois com Conectiva há muito tempo. Mas, após sua descontinuação e com o surgimento do Ubuntu, acabei adotando o GNOME como interface gráfica preferida, e o usava até então.

O novo KDE me surpreendeu porque está mais limpo, simples, intuitivo e assustadoramente fácil de usar e instalar os aplicativos. Após a instalação, que já não deu nenhum trabalho, me deparei com a nova interface gráfica.

O menu K está mais fácil de usar e localizar os programas. Para acessar a Internet, o navegador Rekonq já faz tudo, mas aconselho a instalação do Firefox ou do Chrome, que são instalados numa facilidade absurda.

Antes, porém, aconselho atualizar a base de repositórios, pois alguns drivers, o Flash Player e máquina virtual Java, não vêm nos pacotes definidos por padrão.

Para atualizar estes repositórios extras, abra o:
Menu K > Aplicativos > Sistema > Gerenciador de Pacotes


Depois disso, entre em:
Configurações > Configurar as fontes de aplicativos


Nesta janela, em "Aplicativos Kubuntu", marque as opções 3, 4 e feche a janela para iniciar automaticamente o download dos repositórios.

O melhor de tudo, é que nem precisei executar comandos no terminal (com apt-get) ou usar o gerenciador de pacotes para instalar o que eu queria.

Para abrir o Firefox normalmente, em:
Menu K > Aplicativos > Internet > Firefox


Ele fará um download, e após concluído já está instalado e configurado. Nos meus testes, ele já configurou automaticamente o Flash player e a máquina virtual Java, mas caso isso não aconteça, abra o menu do Firefox:
Ferramentas > Complementos > Plugins


E faça uma busca pelos nomes shockwave flash e java.

Outra facilidade que encontrei, foi na instalação do Google Chrome. Após entrar no site do Google, cliquei no botão de download do Chrome (canto superior direito) e iniciei o download escolhendo a opção 32 bits ".deb" (para Debian/Ubuntu).

Após o download, na pasta /home/usuario/downloads, bastou clicar no ícone do instalador que ele instalou sem nenhum problema, colocando, inclusive, o ícone no local apropriado para navegador do menu do KDE.

Gostei muito da facilidade de usar o K3B, que já vem pronto para usar. E do Amarok, que reproduziu minhas músicas normalmente. Gostei também do Gradon Player, para reprodução de vídeos.

Quanto ao substituto do Messenger, o Kopete é a solução, mas é muito limitado. Para quem procura mais recursos para o mensageiro, é melhor procurar e instalar o aMSN, que é bem mais completo.

Outro ponto positivo que encontrei, foi a instalação da suíte de aplicativos LibreOffice 3, que também veio completinha. Percebi que até o tempo de boot está mais rápido.

Por fim, minha avaliação é extremamente positiva sobre o KDE. Em outros tempos, após terminar a instalação do sistema operacional, era necessário iniciar uma bateria de instalações e alguns comandos no terminal.

Hoje, esta interface está bem mais intuitiva e desenvolvida para agradar até mesmo quem não conhece GNU/Linux.

Aproveite para executar os gerenciadores de pacotes e procurar por aplicativos que possam incrementar seu trabalho, ou diversão, no KDE.

Existem softwares gratuitos para desenhos 3D, desenhos vetoriais, players de vídeo e música, jogos, aplicativos para Internet, escritório e mais uma infinidade de softwares.

Aconselho o KDE para quem quer experimentar o GNU/Linux sem compromisso, e pelo que pude ver, está garantida a satisfação.

Obs.: Este artigo foi escrito em cima de uma experiência com o Kubuntu 12.04 32 bits, instalado no HD.

Quando utilizei um LiveCD (sem instalação), nem todas as opções citadas neste artigo estavam marcadas, ou pré-configuradas, com a mesma facilidade.

   

Páginas do artigo
   1. O dia em que o KDE me surpreendeu
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Comentários
[1] Comentário enviado por dtux em 08/08/2012 - 11:30h

O KDE ou o Kubuntu...... o gerenciamento de pacotes vem com o tipo da distro(Ubuntu, Debian, Suse) , mas o KDE é excelente em qualquer distro, eu utilizo no meu Slackware normal....
Agora a interface Unity desagradou a muita gente rsrssr
Falowww..

[2] Comentário enviado por lucaspatis em 08/08/2012 - 12:18h

O Kubuntu 12.04 tá muito bom mesmo, KDE melhorou muito, tem softwares de alta qualidade e o Kubuntu introduziu funcionalidades para melhorar a vida do usuário. É tudo muito simples desde a instalação. Sou muito fã do ambiente e fico feliz pela aceitação e reconhecimento que ele vem ganhando. E vem aí a versão 5.0, tenho medo de grandes mudanças, mas acho que eles já aprenderam a lição direitinho. No momento continuo usando o Ubuntu 12.04 com Gnome + Unity, porque o KDE é muito viciante para mim, principalmente as personalizações. rsrsr

[3] Comentário enviado por matiasalexsandro em 08/08/2012 - 17:12h

ainda continuo com o gnome-shell. o KDE, pelo menos comigo aconteceu, quando vc copiar ou move uma pasta (diretório) para outra unidade ele copia/move todos os diretórios para depois copiar/mover todos os arquivos para as respectivas pastas. isso me desagrada pq se o sistema cair vc nao sabe pra onde qual das pastas estao faltando arquivos. no gnome ele copiar diretorio e logo ja joga os arquivos dentro da pasta melhor assim. pq vc tem a dimensao real de quanto vc copiou/colou.

o KDE tambem consome mais bateria do q o gnome. se é mais pesado nao sei.

Logicamente nao desmotivar a ninguem usar o KDE. até pq gerenciador de janelas é igual um carro. eu posso preferir um Opala 89 enquanto vc pode preferir um Celta e assim vai.

Mas foruns assim é legal pq conta as experiencias dos usuarios tanto dos lados positivos quanto negativos das interfaces.

valeu Malacker pelo forum

[4] Comentário enviado por ianclever em 08/08/2012 - 18:54h

Você já deve conhecer pois, já usa linux faz tempo, experimente ativar os efeitos dele e rode-os e surpreenda-se mais ainda, instale o compiz para gastar menos recursos, mas ele tb tem.

E tem várias outras coisas, a única coisa na minha opinião que ele peca é de não ter a opção de formatar já embutida quando vc clica com o auxiliar do mouse.

Quanto ao libre office as distros pecam de não asar a ultima versão, vc achou mais rápido né? isso pq as distros usam a versão 3.4.x
experimente a versão 3.5.x, vc vai ver que é metade do tempo da anterior.
e na hora de usar Unity é preferível o KDE mesmo, pois em termos de peso é praticamente a mesma coisa, e o KDE tem muito mais efeitos legais, além de ser 100 vezes mais simples e prático de configurar que o Unity.
quanto a Recursos para rodar todos os recursos é preciso 2GB de RAM, isso é comprovado(já testei), mas com 1GB é possível rodar boa parte dos efeitos(já testei), e com 512 MB de RAM tb, mas pesa um pouco, exceto se desativar os efeitos e por para usar o xrender, mas roda(já testei) isso é fato.

[5] Comentário enviado por removido em 08/08/2012 - 20:38h

Sim o KDE me surpreendeu, está muito mais lento e interface confusa!

[6] Comentário enviado por rodrigo.kiyoshi em 09/08/2012 - 10:22h

Eu instalei o KDE 4.9.0 no Ubuntu que tenho instalado no meu velho Vostro 1000. Além de mais rápido que a interface Unity, a versão 4.9.0 está excelente em termos de acabamento, facilidade de uso etc. Enfim, não volto mais para o Unity! :)

[7] Comentário enviado por pinduvoz em 09/08/2012 - 11:33h

A eterna discussão sobre o que é melhor: KDE ou Gnome (ou XFCE, LXDE, Fluxbox, OpenBox e por aí vai).

Cada um usa o que gosta e ponto final, dispensada a propaganda ("puchar a sardinha") para não causar celeuma.

[8] Comentário enviado por SpartaBull em 09/08/2012 - 17:23h

Concordo plenamente com tudo que foi escrito...

querem se surpreender mais???

instalem o BIG LINUX !!!
pra mim ele tah com o melhor KDE de todos, me surpreendeu bastante! O mais incrivel: vem tudo já configurado e instalado O.O
e quando eu falo TUDO é TUDO mesmo !!!
não precisei fazer mais nada depois da instalação...
pode ser que pra alguem falte algo, mais 98% dos programas usados por todos tenho certeza q jah está instalado!
gostaria que voces testassem também pra ver se foi só eu que gostei dele!!

vlw galera!!
o/

[9] Comentário enviado por ianclever em 09/08/2012 - 23:40h

realmente, eu posso afirmar pois sou usuário fiel do big, as únicas coisas que já instalei foi para fim de estudos. O Bruno fez um excelente trabalho.

[10] Comentário enviado por haereticus em 10/08/2012 - 08:47h

Problema do KDE é os bugs. São tensos usava o kubuntu 4.8 como distro secundária, depois atualizei para 4.9 e continuavam a assolar o sistema.

Prós - É lindo é sim, belissimo visual para desktop.
Contras - Bugado e lento.

Mesmo num core2quad q8400, 4 gb de ram, 5750 1gb da radeon.

[11] Comentário enviado por wagnao em 10/08/2012 - 11:16h

Achei interessante a grande quantidade de comentarios desfavoraveis a interface Unity, pois eu era um usuario do m$, e tendo me mudado para o linux a pouco tempo, meu primeiro linux instalado foi o Ubuntu 11.04 que é exelente, após a atualização para a versão 11.10, tive a agradável surpresa com a interface Unity; confesso que tive de "aprender" a pensar de modo diferente. Mas nada que fosse extressânte, e após pouco tempo ja estava totalmente adaptado a ela, que acho sensacional; intuitiva, limpa, e muito facil para se achar tudo o que se queira no computador. Se vierem mudanças, que venham, pois acredito que aos poucos a grande maioria acabará sendo incorporada; e linux é isso mesmo, mudança, e personalização, pois nos dá a liberdade de personalizar e ajustar como gostamos e como melhor podemos desfruta-lo.
Um abraço a todos

[12] Comentário enviado por superlinux-br em 11/08/2012 - 09:51h

KDE+Konqueror,aí fica legal.

[13] Comentário enviado por heraldoluciano em 11/08/2012 - 15:21h

Também me surpreendi bastante com o novo KDE.
Ainda estava com o Ubuntu 11.04 com o Gnome e instalei o 12.04 e o KDE. Ficou incrivelmente mais rápido, mesmo num netbook. A configuração de dois monitores também é muito mais fácil.
Atualizei para a versão 4.9 e ficou ainda melhor, principalmente o Dolphin com novas opções no menu.
Uso e recomendo.

[14] Comentário enviado por emccomputadores em 12/08/2012 - 11:29h

O kde sempre foi meu favorito, e com este artigos garantiu ainda mais a minha satisfação.

[15] Comentário enviado por ricardospimentel em 15/09/2012 - 00:34h

Lendo este artigo pude ver que não fui o único a me afastar da bela interface KDE. A utilizava bastante nos tempos do Mandrake 6, 7 e 8 e também na era do nosso querido Kurumin do grande Morimoto.

O que muito gosto da interface do KDE, desde o KDE 2, é de seu grande capricho e atenção a pequenos detalhes que fazem grandes diferenças, bem como se poder trocar o local onde fica o relógio do sistema, sempre achei isso fantástico e vivia deixando-o do lado esquerdo, aliás, ainda hoje faço isso.

Hoje uso o Mate, do Mint Debian Edition que me atraiu tanto por sua simplicidade quanto à sua grande eficiência no uso de múltiplos monitores, que é melhor que no KDE 4.8. Ainda gosto demais do KDE e é o que gostaria de utilizar como gerenciador principal, aliás, estou escrevendo dele neste instante, numa edição Mint Debian Edition com KDE.

No Mint, que é baseado no Gnome 2, é possível arrastar com o mouse a posição de cada monitor e as configurações são um pouquinho mais práticas de se aprender sozinho. É verdade que o suporte a múltiplos monitores existe em ambos e que ainda assim a coisa funciona, mas o que me chateou um bocado é que no KDE, se vc desplugar o segundo monitor e esse monitor for o principal naquele instante, todas as janelas de diálogo ficarão ali, além da barra de tarefas e tudo o mais, mas ainda assim se o meu pequeno monitorzinho iluminado a Leds ficar como o principal, o mesmo ocorre, pois, claro, já testei isso.

Como vivo plugando e desplugando o monitor do meu querido Lenovo Thinkpad X200 para levá-lo a outros locais, eu precisaria que esse recurso fosse mais eficáz no KDE, que no Mate funciona muito bem, tão bem quanto o mal querido Windows, o engolidor de memórias.

Uso o Mint Debian Edition com o Mate e tudo fica demais com o Compiz & Emerald juntos, mas o KDE é tudo um pouco melhor, pois gosto de seus barulhinhos do sistema e também dos appletzinhos da barra de tarefas, e é claro que não poderia me esquecer do SuperKaramba!

Ricardospimentel


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