Terceira experiência com o Basic Linux

Neste artigo quero demonstrar o por quê de minha insistência em pesquisar essa interessante distribuição voltada para micros antigos e que possivelmente estariam jogados em algum canto por aí. Existem atualmente distribuições excelentes e infinitamente mais fáceis de serem instaladas, mas nem sempre funcionam naqueles micros.

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Por: Sergio Teixeira - Linux User # 499126 em 09/04/2008


Introdução



Não é tão pequeno o número de distribuições chamadas de "minimalistas", que cabem em 1, 2, 4, até 16 disquetes. Cada uma delas visa atender a necessidades muito específicas, porém muitas delas são um tanto desinteressantes.

Dentre essas, experimentei a Samel Linux (1 disquete), que é baseada no Basic Linux e que afinal de contas corresponde ao disco 1 do BL. Como só tem o kernel e as coisinhas mais intimamente relacionadas com ele, seu uso fica restrito a dar boot em máquinas cujo Linux esteja com problemas.

Também o Diskcotix (1 só disquete), que tem uma interface mais bonitinha, apresenta vários itens em seu menu, mas que ao meu ver não funciona como deveria. Não consegui navegar na internet de jeito nenhum (a configuração é padrão, portanto deveria funcionar).

Não vou falar da Terabeauts (também 1 só disquete) porque apesar de todos os meus esforços, não consegui instalar até hoje. Mas um de nossos colegas do VOL já deu um voto favorável a ela.

Qualquer que seja a distribuição GNU/Linux voltada para computadores fora-de-linha, não haverá as facilidades que temos ao instalar distros modernas como Kurumin, Ubuntu e outras em PCs modernos.

Portanto, é necessário realmente arregaçar as mangas e "partir para a briga".

No tocante ao Basic Linux, a descrição dos processos de instalação e configuração deixa bastante a desejar, pois não são feitas de uma forma didática, além do que o Basic Linux foi adaptado para que pudesse, a partir de uma distribuição pequena, expandir-se.

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Páginas do artigo
   1. Introdução
   2. Formas de instalar, formas de apresentar
   3. Existe muito para ser escolhido
   4. Qual forma de instalação escolher?
   5. Conclusão: As aparências enganam!...
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Comentários
[1] Comentário enviado por nicolo em 09/04/2008 - 12:30h

Fiquei tão curioso quanto perdido. Estou tentando ressucitar um velho Toshiba modelo 99 AMD k6II-450 MHz, com 192 Mb ram e 30Gb HD. Até agora nenhuma distro minimalista funcionou. As atuais como slack 11 instalam mas ficam muito lentas.
Fico esperando umas dicas mais .... digamos práticas, tipo mão na massa.

[2] Comentário enviado por hugoeustaquio em 09/04/2008 - 13:38h

Nicolo, você pode ter um bom uso do slackware 12 nessa máquina. Claro que não pode utilizar kde. Tente utilizar o fluxbox. Aqui no VOL mesmo já foram publicados vários tutoriais sobre como desativar alguns serviços no slackware para deixa-lo mais leve, sobre como configurar o fluxbox. Te aconselho também a utilizar o idesk para colocar ícones no desktop do fluxbox. Também tem tutorial para isso aqui.

Desabilite principalmente o HAL. Procure rodar programas leves, é claro.

[3] Comentário enviado por Teixeira em 09/04/2008 - 22:02h

nicolo:

Com a configuração de seu PC, em termos de Basic Linux, acho que você seria melhor servido com a versão BL-2 que já vem com bibliotecas mais modernas e é diretamente compatível com a versão 7.0 da Slackware.

Enquanto isso, BL-3 tem uma série de adapatações e de reduções, para poder ficar pequeno em uma distribuição.
Até as rotinas para instalação no HD são diferentes.
Por isso cabe em dois disquetes.

A diferença que notei com relação a outras distros minimalistas é que o Basic Linux pode ser expandido direta e gradativamente até onde o hardware suportar sem comprometer o processamento.

Basic Linux trabalha inicialmente com BusyBox e JWM, que perfazem uma boa dupla.
Mas nada impede que use o FluxBox, desde que se tenha as bibliotecas certas.
Pessoalmente, não vejo grande diferença entre o Busy e o Fluxbox, sendo que todos dois são bastante leves.
No Fluxbox "cru" o aspecto visual muda um pouco, mas continua pobre.

Apenas como comentário, e pelo que tenho lido por aí, certos K6 se apresentam um tanto problemáticos em relação a determinadas distros Linux.

Acho que nisso reside mais uma vantagem do Basic Linux, pelo fato de ser "filho" da Slackware, permitindo assim personalizar ao máximo a instalação.

Ou seja, se não deu certo de um jeito, certamante dará de outro.

[4] Comentário enviado por tsanches em 09/04/2008 - 22:37h

Muito legal seu artigo teixeira,

Eu não conhecia essa distro, achei super interessante, parabéns pela contribuição!

Ate,
TSANCHES

[5] Comentário enviado por dk_millares em 10/04/2008 - 08:45h

Primeiramente queria parabeniza-lo Teixeira pelo interessante artigo, que notei que estão escassos aqui no VoL.
Acho muito interessante reutilizar hardware antigo e encarar desafios deste tipo.
Um amigo e eu usamos netBSD 2.1e 3.0 em um pentium 100mhz com 32mb e rodava perfeitamente blackbox, browser dillo, cliente de irc rhapsody e até abiword.
Ainda não usei versão atual do netBSD que é 4.0; mas se não conhece aconselho que teste qualquer versão que seja pois é um otimo sistema operacional principalmente para quem está em busca de desafios e algo diferente.

[6] Comentário enviado por Teixeira em 10/04/2008 - 09:12h

dk_millares:
Obrigado pelas suas palavras e pela sua dica.
Vou incluir o netBSD na minha lista de distros-a-pesquisar.
Estou olhando quase sempre pelo ponto de vista do usuário final, ou seja, um produto "pronto" que seja rápido, funcional e agradável à (primeira) vista.
[ ]'s

[7] Comentário enviado por izavos em 10/04/2008 - 22:31h

Caro senhor Sergio Teixeira:

Gosto da sua serie de artigos sobre o Linux mais alternativo que o habitual ! Ressuscitar por assim dizer uma quantidade enorme de computadores e equipamentos jogados fora por conta de um conceito de obsolescência um tanto duvidoso é na minha opinião um grande mérito. Lembro do meu computador “Apple 2e” de 8bits que tinha um pequeno e notável sistema operacional chamado de “ProDos” lembrando nada a ver com “Dos” e afins derivados de sistema IBM-PC. Pôs bem esse sistema brilhante pequeno e esperto jamais apresentou qualquer problema, pôs o mesmo sempre se alocou nos endereços mais altos da memoria disponível no computador. Rápido e muito eficiente, mesmo em verões melhoradas mantinha suas características. Bem diferente do que acontece hoje com sistemas gigantes pesados que mais dão dor de cabeça do que eficiência! Acho que não necessito dizer nomes aja Vista! Uma pergunta que faco a todos: O que vocês vão fazer com esse monte de equipamentos que serão jogados fora pelo mundo inteiro??? Os mais nocivos poluentes como metais pesados diverso são jogados fora contaminado tudo e a todos. Me declaro fa de computadores com o de $100,00 ou eeepc da Asus que já deveriam estar no mercado a mais tempo. Menos matéria prima , menos lixo pelo mundo e mais eficiência usando Linux em suas varias facetas. Linux e eficiência, inteligencia e não força bruta de processadores em “Megahertz”. Acredito que iniciativa como a sua são mais importantes do que mostrar mais uma nova distro mais sim mostra novas forma de fazer coisas novas.

Meus Parabéns !

[8] Comentário enviado por Teixeira em 11/04/2008 - 11:25h

prezado izavos:

Agradeço por seu comentário.

Também eu fui usuário dos Apple II que, com toda a limitação que pudessem apresentar (em especial no tocante ao armazenamento e no Basic meio-fraco), já permitiam fazer coisas que hoje em dia são consideradas "novidades" ou "avanços tecnológicos", e ainda consumindo 30 vezes mais memória para isso...

Escrevi muitos aplicativos comerciais para aqueles micros.

Também fui usuário dos micros da linha Sinclair, que lamento imensamente terem saído de linha.
O Basic Sinclair era inteligentíssimo e aceitava diversos comandos em uma mesma linha, como por exemplo

IF A<Z AND A(A) =M-Z OR A>5 AND A(A) =6 THEN LET C=C+Z

com o importante detalhe que um programa em Basic, do tipo Space Invaders, rodava dentro de apenas 1kb ram
(isso mesmo= 1024 BYTES),
os quais ainda eram compartilhados com o video!
Pela linha acima, percebe-se que um micro de apenas 1kb ram aceitava
matrizes, vetores e a necessária indexação.
O processador Z-80 tinha nada menos que 256 indexadores.
O imenso mini-computador (!!!) no qual eu trabalhava tinha apenas 4.

Naquelá época, TODOS os usuários de micros tinham de arregaçar as mangas de alguma forma, geralmente pesquisando em revistas especializadas, copiando código, adaptando programas, trocando idéias com os amigos, etc.

Bem, o tempo dos processadores de 8 bits se foi.
Hoje em dia teríamos sérias dificuldades em conseguir peças de reposição para aquelas máquinas.

Mas a partir dos 386 sx já existe possibilidade de algum reaproveitamento, pois o Linux foi desenvolvido tendo como base essa tecnologia (que na época era recente).
Isso ainda porque as primeiras motherboards eram muito resistentes (mesmo as que aqui chegavam via Paraguai e na maioria eram produtos de segunda-linha dos respectivos fabricantes asiáticos).

O projeto do Basic Linux atende a pessoas do mundo inteiro, não apenas do leste europeu como eu supunha inicialmente, mas também da Austrália, Nova Zelândia, Itália, Espanha, Estados Unidos, Rússia, etc., países que estão bastante atualizados com as assim-chamadas novidades tecnológicas.

Percebo no perfil dos usuários do BL o profissional de informática que está mais preocupado com resultados de processamento confiável, que com gráficos muito refinados e outros "enfeites".


[9] Comentário enviado por relsi.ramone em 14/04/2008 - 19:29h

Blza Teixeira, muito tri o artigo meu! Eu tb sou interessado nessas distribuições minimalistas, no meu caso o interesse maior foi pelo DSL, que roda bem em máquinas antigas. Eras isso. Parabéns novamente ai pelo artigo!!

Um abração!!

Relsi
http://relsiramone.blogspot.com



[10] Comentário enviado por Teixeira em 15/04/2008 - 12:01h

Obrigado, Relsi.

E também parabéns pelo texto em seu blog, que fala da primeira mulher programadora do mundo inteiro, a condessa Ada Lovelace.

É até irônico constatar que ela já programava lá pelos idos de 1835 - SEM computador - e hoje em dia existem tantos copiadores de software alheio e que botam a maior banca e se acham os tais...

[11] Comentário enviado por luckyo em 13/05/2008 - 12:10h

Boa tarde!
Eu possuo um HP Jornada 690e Windows CE 2.11, Processadro SH3 de 133Mhz, e Compact Flash de 512Mb!
Ja consegui instalar o OPie Linux e o IceWM (Versões Portáteis), www.jlime.com mais baixei o NetBSD 3.1 e 4.0 só que eu não acho o Boot loader para eles vc teria idéia decomo faço para instalar ou criar o boot loader? Desde ja grato Lucas

http://www.netbsd.org/ports/sh3/

[12] Comentário enviado por hugoeustaquio em 13/05/2008 - 16:52h

luckyo, você está com problemas para instalar um 'boot manager' que possua suporte ao HP Jornada, ou simplesmente quer adaptar algum 'boot manager' que venha com o Opie para oferecer um menu de onde você possa iniciar o NetBSD? Ou você quer descobrir se é possível fazer isso usando o 'hpcarm'?

[13] Comentário enviado por luckyo em 13/05/2008 - 17:03h

Boa tarde!
- Sim, estou com problemas para instalar um 'boot manager' que possua suporte ao HP Jornada 690e SH3 133MHz.
- Eu até consegui instalar 2 distribuições do Jlime, mais li na net que o NetBSD é bem completo e robusto.
- Gostaria de instalar ele no meu Hand (Processador SH3 no Compact Flash 512Mb) igual faço com as distribuições Jlime só que eu não sei como fazer isso, se pelo site deles não tem um boot loader ou manager para baixar.
- Esse 'hparm' acho que só funciona em processadores 'StrongArm'!

Aceito qualquer sugestão que possa me ajudar!
Desde ja grato Lucas!

[14] Comentário enviado por ejz@ig.com.br em 12/06/2008 - 09:15h

Galera . Dá pra instalar o Jlime no HP 620 LX ???
Alguem me ajuda a instalar. Tenho um cartão CF de 2GB. Um aplaca de rede que recebo e envio e-mails pela conexão da NET. Tudo funciona. Só que meu Rwindows é o CE 2.0 ( muito fraco ).

[15] Comentário enviado por coelhoposa em 07/12/2011 - 21:18h

Era o chamado processo "Plug and Pray": Plugue e reze para dar certo... kkkkkkkkk


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