Biblioteca Linux - Mais além do desktop

Esse artigo contém uma boa parte dos comandos do Linux e suas opções, recomendado para usuários iniciantes no sistema, pode-se chamar de biblioteca de comandos.

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Por: Perfil removido em 19/10/2007


Para que introdução? Vamos ao que interessa!



Comandos de inicialização:

Login: Cancela a sessão do usuário atual e inicia uma nova sessão. Exemplo:

$ login
Logout ou Ctrl + D: Finaliza a sessão do usuário atual. Exemplo:

$ logout

Comandos para desligar e reiniciar o computador (Só funcionam com o usuário root):

Desliga o computador:

# halt

Reinicia o computador:

# reboot

Comandos de ajuda - como o próprio título diz, servem para exibir ajuda sobre algum componente ou comando.

$ man
Consulta as páginas de um manual.

man (opções) comando

Opções:
  • -a : Exibe todas as paginas de um manual;
  • -h : Mostra uma mensagem de ajuda.

Exemplo:

$ man -a ls

Mostra todas as páginas do manual do comando ls, quando quiser sair do manual basta apertar a letra "Q".

info: Mostra as informações do comando.

info [opções] comando

Opções:
  • -h : Mostra uma mensagem de ajuda.

Exemplo:

$ info ls

LS

O comando ls exibe arquivos ou o conteúdo de um ou vários diretórios.

Sintaxe:

ls [opções] [arquivo]

Opções:
  • -a: Exibe arquivos ocultos;
  • -A: Não exibe os diretórios . e ..;
  • --author: Mostra o autor (criador) de cada arquivo;
  • -b: Exibe caracteres de escape octais no lugar dos caracteres que não podem ser vistos, como o espaço em branco;
  • --block-size=[tamanho]: Exibe o tamanho dos arquivos em múltiplos do número de bytes especificado nesse parâmetro;
  • -B: Não exibe arquivos de backup (terminados com ~);
  • -c: Lista os arquivos por ordem da data da última modificação;
  • -C: Exibe a listagem em colunas;
  • --color=[quando]: Controla quando as cores devem ser usadas para distinguir os tipos de arquivos. Os valores aceitos são:

    never: Não usa cores pra nenhum tipo de arquivo;
    always: Usar cores para todo tipo de arquivo;
    auto: Seleciona quais arquivos serão exibidos em cores.

  • -d: Exibe o diretório especificado, e não o seu conteúdo;
  • -f: Ativa os parâmetros -a e -U e desabilita os parâmetros -l, -s e -t;
  • -F: Acrescenta um caracter gráfico ao final de cada arquivo para identificar o seu tipo;
  • -G: Não exibe informações dos grupos a que os arquivos pertencem;
  • -h: Exibe os tamanhos dos arquivos em uma forma legível (2K, 21M, 1G);
  • --si: Semelhante ao -h, mas usa múltiplos de 1000 bytes ao invés de 1024;
  • -H: Exibe os arquivos para os quais os links simbólicos apontam, ao invés de listar só o link;
  • -i: Exibe o número de índice (I-node) dos arquivos;
  • -I: Não exibe entradas que contiverem o padrão informado;
  • -k: Equivalente a --block-size=1k;
  • -l: Listagem detalhada, com diversas informações sobre os arquivos;
  • -L: Quando listar links simbólicos, lista o local para onde o link aponta, e não o link propriamente dito;
  • -m: Lista os arquivos em linhas, separando cada item com uma vírgula;
  • -n: O mesmo que o parâmetro -l, mas mostra as UID's e GID's ao invés dos nomes dos grupos;
  • -o: O mesmo que o parâmetro -l, mas não exibe as informações sobre o grupo;
  • -p: Adiciona um caracter para identificar o tipo do arquivo. O mesmo que -F, mas não utiliza o caracter * (asterisco);
  • -Q: Exibe os nomes das entradas entre " (aspas duplas);
  • -r: Organiza a lista na ordem inversa;
  • -R: Lista recursivamente o conteúdo dos diretórios e subdiretórios do diretório atual;
  • -s: Exibe o tamanho de cada arquivo, em múltiplos de blocos (especificados com o parâmetro --block-size=[tamanho]);
  • -S: Organiza a lista de acordo com o tamanho do arquivo;
  • -t: Lista pela data de modificação;
  • -u: Organiza a listagem pela data do último acesso;
  • -U: Não organiza a listagem, exibindo os arquivos na seqüência em que estão gravadas no diretório;
  • -w: Ajusta o tamanho da tela para o número de colunas especificado;
  • -X: Organiza a listagem em ordem alfabética;
  • -1: Lista apenas um arquivo por linha;

Em [arquivo], devemos informar quais arquivos (arquivos, diretórios, dispositivos, links, etc.) devem ser listados. Se não for informado nada, será listado o conteúdo do diretório atual (.).

Pode-se também utilizar curingas para filtrar os arquivos que serão listados. Por exemplo, podemos usar ls *.sxw para listar somente os arquivos terminados em .sxw.

cd

O comando cd, sigla de change directory (selecionar diretório), serve para acessar um determinado diretório.

Sintaxe:

cd [diretório]

Lembrando a lista dos diretórios do sistema:
  • ..: Diretório acima do atual. Se você estiver no diretório /home/aluno/ e quiser acessar o diretório /home/, digite cd ... Se quiser acessar o diretório /home/davidson/, digite cd ../davidson/;
  • ~: Diretório pessoal do usuário atual, ou seja, /home/[usuário]/;
  • -: Diretório anterior. Se você estava no diretório /etc/ e mudou para o diretório /home/, digite cd - para voltar ao diretório /etc/.

Se for usado sem parâmetro, ou seja, apenas cd, você será redirecionado para o diretório pessoal do usuário atual.

mkdir

O comando mkdir, abreviatura de make directory (criar diretório), é usado para criar um novo diretório.

Sintaxe:

mkdir [opções] [novo diretório]

Opções:
  • -m: Especifica as permissões que do novo diretório terá;
  • -p: Cria todos os diretórios e subdiretórios necessários;
  • -v: Exibe uma mensagem para cada diretório criado.

Em [novo diretório] devemos colocar os diretórios que queremos criar. Não é necessário digitar o caminho completo, caso queiramos criar um diretório dentro do diretório atual. Podemos criar vários diretórios com um único comando, bastando separá-los com espaços. Se quiser que o nome do novo diretório tenha espaços em branco, escreva-o entre aspas duplas, dessa forma:

$ mkdir /home/davidson/"diretório com espaços em branco"

rmdir

Esse comando é utilizado para apagar um diretório vazio.

Sintaxe:

rmdir [opções] [diretório]

Opções:
  • -p: Remove os diretórios-pai do diretório selecionado, se possível. Assim, o comando rmdir -p a/b/c/ vai apagar o diretório a/b/c/, depois o diretório a/b/ e por fim o diretório a/, se possível;
  • -v: Mostra os detalhes da remoção dos diretórios.

Podem ser especificados mais de um diretório por vez. O rmdir só remove diretório vazios.

pwd

O pwd, sigla de print working directory (exibir diretório de trabalho), exibe o diretório atual. É equivalente a echo $PWD.

Uso:

$ pwd

cat

O comando cat concatena arquivos e imprime na saída padrão (exibe na tela). Em arquivos, usamos o cat para listar seu conteúdo na tela. Com o uso de direcionadores, podemos usá-lo para unir diferentes arquivos em um só, dentre outra funções.

Sintaxe:

cat [opções] [arquivo]

Opções:
  • -b: Numera as linhas, com exceção das linhas em branco;
  • -E: Mostra um "$"? (cifrão) para indicar fim de linha;
  • -n: Numera todas as linhas, incluindo as em branco;
  • -s: Não mostra mais do que uma linha em branco. Se houver duas ou mais linhas em branco consecutivas, elas são truncadas e apenas uma é mostrada;
  • -T: Substitui tabulações pelos caracteres "^I"?;
  • -v: Substitui os caracteres não imprimíveis por símbolos, exceto tabulações e final de linha.

Exemplos de uso:

$ cat [arquivo1 arquivo2 arquivo3 ... arquivoN] > [arquivo]

Isso pode ser usado em qualquer tipo de arquivo, inclusive arquivos binários. É prática comum utilizar isso para juntar arquivos de vídeo grandes, como filmes, que muitas vezes são divididos em várias partes.

Veja no exemplo abaixo, como unir as 2 partes do filme Matrix em um único arquivo:

$ cat the-matrix_part-1.mpeg the-matrix_part-2.mpeg > the-matrix.mpeg

Vale lembrar que tal procedimento não é corretamente executado com arquivos AVI.

tac

O tac faz o mesmo que o cat, mas exibe o arquivo pela ordem inversa, ou seja, começando pela última linha e terminando com a primeira.

Uso:

tac [arquivo]

touch

O comando touch é usado atualizar as informações sobre as datas de último acesso e última modificação de um arquivo.

Sintaxe:

touch [opções] [arquivo]

Se o arquivo não existir, ele é criado, por padrão. Isso faz o touch ser muito utilizado para criar arquivos vazios, através do comando touch [arquivo].

Opções:
  • -a: Modifica apenas a data do último acesso;
  • -c: Não cria arquivos, caso eles não existam;
  • -m: Modifica apenas a data de modificação;
  • -t: A data e hora a ser utilizada para o último acesso ou última modificação. O formato utilizado é MMDDhhmm (mês, dia, hora e minuto);

cp

O cp, abreviação de copy (copiar), é utilizado para copiar arquivos e diretórios de um local para outro, com o mesmo nome ou com nome diferente.

Sintaxe:

cp [opções] [origem] [destino]
  • -b: Cria um arquivo dos arquivos de destino se eles estiverem para ser sobrescritos;
  • -P: Quando tratar de links simbólicos, copia o link, e não o local para onde o link aponta;
  • -f: Operação forçada. Se um dos arquivos de destino não puder ser aberto, apaga-o e repete a operação;
  • -i: Pede confirmação antes de sobrescrever um arquivo;
  • -L: Quando tratar de links simbólicos, copia o local para o onde o link aponta, e não o link;
  • -p: Preserva as propriedades do arquivo (permissões, dono e datas); --preserve=[propriedade]: Escolhe quais propriedades preservar, separadas por vírgula. Podem ser:

    mode: Preserva as permissões;
    ownership: Preserva a informação de dono do arquivo;
    timestamp: Preserva as datas de acesso e modificação.

  • --no-preserve=[propriedade]: Escolhe quais propriedades não devem ser preservadas. As opções são as mesmas que do parâmetro --preserve;
  • -R ou -r: Modo recursivo, copia todos os arquivos e subdiretórios do diretório especificado. Esse parâmetro deve ser usado para copiar diretórios inteiros;
  • --target-directory=[diretório]: Especifica para qual diretório devem ser copiados os arquivos/diretórios especificados;
  • -u: Copia apenas os arquivos novos. Se um arquivo que estiver sendo copiado já existir no diretório de destino, sua cópia será ignorada;
  • -v: Mostra os detalhes da cópia dos arquivos.

Exemplos de uso:

Para copiar o arquivo file.gz para o diretório /tmp/:

$ cp file.gz /tmp

Para para fazer uma cópia do arquivo file.gz com o nome file-copia.gz:

$ cp file.gz file-copia.gz

Para copiar os arquivos file1, file2 e file3 para o diretório /home/davidson/doc/:

$ cp file1 file2 file3 /home/davidson/doc

Para copiar o diretório img/ para o diretório /tmp/upload/:

$ cp -r img /tmp/upload

Para copiar os arquivos file1, file2 e file3 e o diretório img/ para o diretório /tmp/upload/:

$ cp -r file1 file2 fil3 img /tmp/upload

mv

Utilizamos o mv mover ou renomear arquivos.

Sintaxe:

mv [opções] [destino]

Opções:
  • -b: Cria um backup dos arquivos de destino, se eles forem sobrescritos;
  • -f: Força as operações, sem fazer perguntas caso seja necessário sobrescrever arquivos e outros;
  • -i: Modo interativo, pede confirmação para sobrescrever arquivos;
  • --target-directory=[diretório]: especifica o diretório de destino para os arquivos;
  • -u: Só move os arquivos novos. Se o arquivo que está sendo movido já estiver presente no diretório de destino, ele é ignorado;
  • -v: Mostra os detalhes do processo de movimentação.

Exemplos de uso:

Para mover o arquivo file1 para o diretório /home/davidson/doc/:

$ mv file1 /home/davidson/doc

Para mover o diretório /home/davidson/doc/ para /tmp/upload/:

$ mv /home/davidson/doc /tmp/upload

Para renomear o arquivo package.tar.gz para pacote.tar.gz:

$ mv package.tar.gz pacote.tar.gz

Para mover o arquivo file1 e o diretório img/ para o diretório /tmp/upload/:

$ mv file1 img /tmp/upload

rm

O rm é utilizado para excluir arquivos.

Sintaxe:

rm [opções] [arquivo]

Opções:
  • -f: Modo forçado, não pede confirmação para realizar as operações;
  • -i: Pede confirmação antes de remover qualquer arquivo;
  • -R, -r: Exclui recursivamente todo o conteúdo do diretório e o próprio diretório. Quando quiser excluir um diretório que não está vazio, utilize esse parâmetro;
  • -v: Mostra os detalhes das exclusões.

ln

Esse é o comando utilizado para criar links, simbólicos ou absolutos.

Sintaxe:

ln [opções] [alvo] [nome do link]

Opções:
  • -b: Se houver um arquivo com o mesmo nome do link que está sendo criado no diretório de destino, cria um backup do arquivo existente;
  • -d: Permite ao administrador do sistema (root) criar um hardlink (link absoluto) para um diretório;
  • -f: Força a criação dos links;
  • -n: Trata um link simbólico pra um diretório como se fosse um arquivo normal;
  • -i: Pergunta antes de remover arquivos existentes;
  • -s: Cria um link simbólico;
  • --target-directory=[diretório]: Especifica em qual diretório o link deve ser criado;
  • -v: Exibe o nome de cada link antes de criá-lo.

Exemplos de uso:

Se você quiser criar um link simbólico para o arquivo /home/davidson/doc/ no diretório atual, com o mesmo nome do diretório real (no caso, doc):

$ ln -s /home/davidson/doc

Se você quiser fazer a mesma coisa, mas preferir que o link criado tenha o nome "documentos":

$ ln -s /home/davidson/doc documentos

Se você quiser criar um link absoluto (hardlink), oculte o parâmetro -s:

$ ln /home/davidson/doc

clear

Limpa a tela do terminal.

Uso:

$ clear

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   1. Para que introdução? Vamos ao que interessa!
   2. Um pouco mais avançado 01
   3. Um pouco mais avançado 02
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Comentários
[1] Comentário enviado por maran em 19/10/2007 - 19:55h

a uma boa iniciativa cara...

[2] Comentário enviado por edirlf em 19/10/2007 - 20:42h

eu achei show de bola esse artigo!! bem objetivo.
parabéns cara

[3] Comentário enviado por VonNaturAustreVe em 19/10/2007 - 23:41h

ficou muito bom,pratico e rapido,vai ajudar muita gente.

[]'s

[4] Comentário enviado por Teixeira em 20/10/2007 - 19:40h

Muito bom, andreiipiuco!
Já copiei para consulta offline.
Gostaria de colaborar, esclarecendo que "find" em inlgês não é propriamente "procurar" (que seria "search"), mas sim "localizar", "encontrar", embora no frigir dos ovos seja quase a mesma coisa.
Os termos ingleses utilizados em informática nem sempre são sinônimos perfeitos.
Outros exemplos que me lembro agora são "sort" e "merge" que significam genericamente "ordenar".
A diferença é que "sort" é "classificar" ou "colocar em ordem", enquanto "merge" é simplesmente incluir no meio, como se faz com uma carta no baralho.

[5] Comentário enviado por mrazec em 22/10/2007 - 13:24h

Muito bom artigo, de uma olhada no ótimo guia de referencia para Slackware em Portugês http://www.linuxhome.eti.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=573&Itemid=1

[]'s
Razec

[6] Comentário enviado por cirocolares em 23/10/2007 - 12:58h

Gostei desse artigo, muito direto e claro...
Parabéns!

[7] Comentário enviado por thiagoreis3p em 23/10/2007 - 19:33h

Excelente.. to iniciando e sei que vai quebrar varias...
abraço...

[8] Comentário enviado por andrade.ti em 23/10/2007 - 21:27h

Carinha, seu artigo ficou simplesmente NOTA 10! Esta me ajudando a estudar para as provas da LPI. Valeu...

[9] Comentário enviado por davidsonpaulo em 06/11/2007 - 10:52h

Faltou citar a fonte:

http://www.vivaolinux.com.br/artigos/verArtigo.php?codigo=5024

[10] Comentário enviado por cvs em 06/11/2007 - 11:54h

heuehueheue...
ja era malandro...

[11] Comentário enviado por removido em 08/11/2007 - 20:12h

quero deixar claro que peguei algumas informacoes de outros artigos, porque cada um falava um pouco de cada coisa, intao resolvi reescrever em um so.

[12] Comentário enviado por Teixeira em 31/03/2008 - 13:19h

Mas é isso mesmo!

Nenhum desses comandos é "novo".

O que o amigo fez foi colecionar as informações já existentes e enriquecê-las segundo o seu próprio "feeling" e passá-las adiante.

Nem sempre as primeiras informações sobre um determinado assunto são objetivas ou realmente esclarecedoras.

Se algo pode ser melhorado, isso certamente deve ser feito.

E se já era bom, deve ser divulgado.

Acho que seu trabalho não desmerece em nada aos demais artigos e dicas já publicados no VOL ou em outros sites.

Sempre que possível, em especial em nossa comunidade, será importante citar as fontes.




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